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segunda-feira, 1 de julho de 2013

No regrets - Capítulo vinte e um

- Filha... Você e o Justin estão... juntos? – Minha mãe perguntou quando entrou no meu quarto com a maior delicadeza do mundo
- Oi?
- É, eu vi vocês abraçados.
- Você ficou me olhando chegar?
- Hm.. É que... Ah, fiquei sim. E aí, vocês estão juntos ou não? – Minha mãe tendo um dos ataques de adolescente repentinos dela.
- Não. Mãe, eu conheço esse menino desde que eu era um bebê. Que graça teria namorar ele?
- Ah, sei lá. Os jovens de hoje em dia.
- Vai dormir, vai, mãe. Tá na hora já. – Minha mãe disse boa-noite pra mim e saiu do quarto. Aqui vai um clichê e não me odeiem por isso, mas eu juro que tentei dormir, mas eu não consigo tirar o meu pensamento do Justin. O que diabos ele está fazendo comigo? Peguei o livro Anna Karenina que eu ainda não terminei de ler por conta da escola e inúmeras reuniões do CD. Li umas sete vezes a mesma página porque não estava conseguindo me concentrar. Só consegui pegar no sono quando já eram três e meia da manhã.
* * *
No dia seguinte, acordei com a maior cara de doente. Amanhã vai ser a festa de ano novo
- Pai, me leva na festa de Ano Novo da Cristie?
- Precisa perguntar? Eu sempre te levo mesmo. – Ele respondeu e tomou um gole do café.
- Acordou tarde, filha. Por quê?
- Fui dormir tarde. Não consegui pegar no sono.
- Imaginei... Está gostando do livro que o seu professor te deu pra ler? – Minha mãe perguntou
- Sim. É interessante. – Respondi. – E o professor também é muito legal.  – E lindo, e gostoso, e inteligente, eloquente, educado... Minha mãe já sabia que ele era isso tudo porque eu tinha contado pra ela, mas o meu pai não precisa saber.
* * *
Meu telefone tocou indicando mensagem, que fui ver, de Justin.
Para de ser lerda. Teu pai tá te esperando aqui já pra levar a gente.
Hm, chato. Fica me apressando, que coisa. Sempre que a gente vai a uma festa alguma pessoa desagradável fica me apressando, parece que o mundo vai acabar. Eu já tinha colocado essa roupa:




















Eu posso parecer uma doida e perua, mas quando os meus olhos encontraram esse vestido, eu nem experimentei, apenas pedi o meu tamanho e levei embora.
- Filha. Lembre-se do que eu sempre digo. – Meu pai disse
- Juízo?
- Isso. – Ele piscou pra mim
- Tchau, pai. - Eu disse quando saí do carro junto com o Justin
- Filha! – Meu pai me chamou. – Se for fazer... Aquilo... Toma. – Ele esticou um pacote de camisinha pra mim. Cara, isso é definitivamente constrangedor. O meu pai me dando uma camisinha. Cara, que bizarro. Como eu não tinha o que fazer e nem ideia do que dizer porque isso não é uma coisa muito normal, peguei o pacote e dei para Justin.
- O que você está sugerindo? – Ele perguntou com um meio sorriso no rosto.
- Nem vem. Meu pai é maluco, guarda isso no seu bolso?  - Ele guardou, ainda sem entender bem.
Dançamos, bebemos, brincamos e rimos. Tudo normal, mas ainda estava faltando alguma coisa. Alguma coisa que eu não consegui identificar o que era, não sei se era por causa dos míseros dois copos de drinks alcoólicos ou porque era realmente um incógnita. Alguma coisa ou alguém. Mas todos estavam ali, todos que eu me importava, Brett, Chris, Beatrice, Chad, Justin... Justin. Ele estava ali, mas não sei por que, o “estar ali” não era o bastante. Era preciso mais do que isso. E, por mais que eu quisesse negar, por mais que eu quisesse adiar tudo isso, eu sei que, no fundo, eu gosto dele.
* * *
Depois que chegamos da festa, ficamos conversando na varanda da minha casa. Quando acabamos, ele se levantou.
- Feliz ano novo, linda. – Ele me abraçou forte, de longe, o melhor lugar para se estar naquele momento era dentro dos braços dele. Aquela sensação maravilhosa de estar protegida de qualquer coisa... Por que ele fica fazendo isso, cara? Por que não diz logo o que sente? Por que simplesmente não me beija e depois fugimos sem ter que dar explicações para ninguém sobre porque estamos juntos, cara?
- Feliz ano novo, Justin. – Ele me soltou e eu entrei em casa. Tirei os saltos, segurei-os na mão e subi para o meu quarto. Troquei de roupa e prendi o meu cabelo num coque olhando para o quadro de fotos do meu quarto, do lado do meu dreamchatcher. Justin que fez pra mim, nesse dia também fizemos uma lista do que fazer antes de morrer. Tenho a lista e leio até hoje. Já riscamos ficar bêbados e também riscamos comprar comida no drive-trough do McDonalds de bicicleta e também usar um nome falso no Starbucks da nossa lista, mas ainda tem coisas tipo: entrar para Princeton, ir para o Tomorrowland na Bélgica, participar da campanha Free Hugs e mais algumas coisas. Tenho uma montagem de uma foto nossa quando éramos pequenos e uma mais recente com a mesma posição da anterior, eu amo essa. Eu fiquei parada com a mão na cintura olhando as fotos por alguns minutos, examinando os detalhes até ficar cansada e depois, fui dormir.
* * *
- Então, como vocês bem sabem, temos três aulas de línguas estrangeiras aqui na Waverly. Temos o português, o espanhol e o francês. Bom, a partir disso, o Conselho Pedagógico resolveu fazer uma viagem de intercâmbio e para não haver problemas, vocês mesmos vão escolher o destino. Eu vou entregar um papel e vocês vão assinalar o destino e colocar o nome de vocês. O mais votado vai ser escolhido. Apenas as turmas de terceiro ano vão, então, nem mesmo tentem incluir outros alunos. Essa viagem tem o objetivo de passeio e aprendizado da língua estrangeira e ajudar nas provas para o ingresso na faculdade que vocês escolherem. – A Sra. Stevens entregou os papéis para nós. Era mais ou menos assim:
Nome:                                          Turma:
(  ) Portugal, Lisboa
(  ) Brasil, Rio de Janeiro
(  ) Espanha, Madrid
(  ) França, Paris
A sala estava um alvoroço total, cada um consultando o amigo ao lado qual que vão escolher. Eu acho um absurdo deixar os alunos escolherem o destino de uma viagem ao exterior, mas não vou discordar.
- Justin, qual você vai escolher? – Perguntei
- Brasil, lógico.
- E você, Ash? – Perguntei pra ela que estava lendo as opções.
- Brasil. Tem tantos caras lindos lá. E roupas maravilhosas.
- Bia e Day?
- Brasil. – Elas responderam um uníssono e sorriram.
- Acho que vai ser Brasil, hein. – Eu disse
- Claro! Meu país é maravilhoso, vocês vão amar. – Dayane se gabou

- É lindo mesmo. – Noah disse desenhando um corpo feminino com as mãos no ar. Assinei o meu nome e marquei o Brasil. Tenho um pressentimento que essa viagem vai ficar dando o que falar por algum tempo. Preciso perguntar se o Austin também vai.

É isso, gatinhas, mais um aí pra vocês, espero que tenham gostado. E comentem, por favor. Beijos adocicados, Gi!

2 comentários:

  1. nuss mt bom msm !! Amando e tendo um infarto aki ao msm tempo!! anciosa para o prox. cap. !! continua Gi !-Lays

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