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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

No regrets - Capítulo trinta e oito

16 dias para Princeton – 14 dias para a mudança
Justin P.O.V.

- Mãe, já comprou as passagens?
- Ainda não... Vou comprar amanhã.
- Não esquece.
- E o primeiro depósito da mensalidade?
- Já fiz. Filho, calma. Você está uma pilha de nervos.
- Mãe. Eu vou pra faculdade, eu tenho que estar.
- Calma, filho. A parte mais difícil já passou.
- É verdade... – E disse e me joguei no sofá. Tem algum tempo que eu não faço isso. Esses dias, eu a Giovanna temos corrido para tudo quanto é lugar pra comprar as coisas que faltam para o nosso apartamento. É legal falar isso. Nosso apartamento. Sei lá, nós somos apenas duas crianças apaixonadas e vamos morar sozinhos...
- E você e a sua namorada? – Minha mãe perguntou sentando-se do meu lado.
- Ah, normal, por quê?
- Ah. Só quero saber, mesmo...
- Não. Você quer chegar a algum lugar com isso. Fala...
- Ah, você me conhece bem...
- Fala, mãe...
- Vocês já... – Ela deixou a pergunta no ar.
- Já. Você não sabia? – Isso soou com mais naturalidade do que eu queria que soasse.
- Não... Você não me contou... E como foi... A sua primeira vez?
- Não foi com ela.
- N-não?
- Foi com a Cristie... Você não conhece. Numa festa que ela deu na casa dela.
- Mas você gostava dela?
- Ah, ela era bonita...
- Filho...
- Ah, mãe. Eu tinha 15 anos. Eu gostava da Giovanna, mas a Cristie é muito gostosa e estava me dando mole...
- Meu filho é um galinha...
- Não é galinha. É cara com os hormônios funcionando.
- Entendi. Mas com a Giovanna?
- Ah, ela estava triste e eu fui consolar ela e acabou rolando.
- Você se aproveitou da situação dela, não, né? – Ela perguntou espantada.
- Claro que não. Ela concordou. Não a obriguei a fazer nada que não quisesse. – Não acho que ela precise saber que eu traí a Dayane. Vai me condenar para o resto da vida. Depois da história do Theodore, ela odeia os caras que traem a mulher.
- Acho bom mesmo. – Ela disse e ficou um pouco em silêncio. – Sabe que eu ainda acho loucura vocês irem morar sozinhos?
- Acha?
- Acho. Vocês ainda são duas crianças. Mas eu concordei porque achei que é o certo a fazer. Quer dizer, é pelo futuro de vocês.
- Exatamente. Que bom que você entendeu. Eu quero passar o máximo de segurança para o tio Theodore.
- Verdade. Ele ama demais a filha pra deixar na mão de qualquer um... Se fosse outro menino, eu acho que ele não deixaria. É porque ele te conhece desde que você nasceu. Você e a Giovanna foram criados juntos. – Ficamos conversando por mais um tempo até dar a hora de o meu pai passar aqui em casa pra ele, a minha namorada e eu irmos comprar a geladeira. Não é geladeira exatamente. É um frigobar grande.

Giovanna P.O.V.
14 dias para Princeton – 12 dias para a mudança


- Mãe, já foi pegar o meu passaporte permanente?
- Já, filha. Está na minha bolsa. Deixa lá porque você vai perder e eu vou ter que tirar a segunda via e não vai ter como entregar a tempo. – Ela disse pra mim.
- Entendo o seu ponto de vista. Mas lembra de levar aquela bolsa para o aeroporto.
- Tá bom filha. Ainda faltam 14 dias...
- Eu sei... Já comprou meu material? – Eu perguntei.
- Você comprou ontem comigo, menina. Calma. Você está muito nervosa.
- Claro que eu estou nervosa, mãe. Tem que estar tudo certo. Tem que dar tudo certo. – Eu disse andando na frente da televisão enquanto eu tinha certeza que a minha mãe estava tentando ver o America’s got talent, mas eu estava atrapalhando. – O que eu posso fazer por você?
- Sei lá, mãe.
- Quer ir ao shopping? – Ela perguntou.
- Não...
- Quer comer pizza?
- Não...
- E fondue?
- Seria uma boa... – Já estava frio pra comer fondue.
- Quer ver algum filme?
- Um bem meloso, por favor...
- Tudo bem. – Ela disse e se levantou para fazer o fondue. Ah, a minha mãe sempre sabe o que eu quero. Isso me lembrou de que eu vou ter que aprender a cozinhar alguma coisa se não, eu e Justin vamos morrer de fome.

11 dias para Princeton – 9 dias para a mudança

- Você vai, né? – Brett perguntou.
- Claro...
- Ótimo, estou indo me arrumar. – Brett tinha acabado de me ligar. Era a despedida dela. Amanhã ela já estaria em Havard. Vamos até a casa dela e vai ter uma Pizza Night. Os nossos amigos de infância vão. Chaz, Chad, Justin, Beatrice que finalmente recebeu a resposta de Havard e foi aceita por pouco. Não acredito que a garota de cabelos vermelhos bombeiro vai morar na Inglaterra, casar com um inglês, ter filhos ingleses, tomar chá das cinco e ter sotaque britânico. Logo ela. Toda hippie. Quero ver sobreviver no Reino Unido.
Eu e Justin fomos andando até a casa de Brett conversando sobre como esperamos que seja a nossa vida em New Jersey, terra do Frank Sinatra e Whitney Houston e do incrível Jon Bon Jovi, sem falar dos Jonas Brothers, minha banda preferida quando era mais nova.

- Eu vou pendurar o dreamcatcher que você fez pra mim num prego que você vai colocar em cima da nossa cama, tá?
- Como assim, eu vou colocar?
- É... Eu não sei furar parede. E ia ficar muito bonito. A parede pintada de branco com o dreamchacther colorido nela, como um destaque. – Ele olhou pra frente tentando visualizar a cena.
- Você se daria bem como designer de interiores.
- Também acho. Tenho um senso de decoração apurado. Ainda mais agora, depois que a gente passou os últimos meses visitando casas de construção, de decoração...
- Eu ainda não estou acreditando nisso...
- A gente morando junto?
- É...
- Também não. – Demos alguns passos em silêncio. – É tão louco. Temos só 17 anos e só em fevereiro do ano que vem nós vamos fazer 18 e seremos maiores de idade.
- É verdade. Mas eu acho que estamos preparados para isso. De verdade. É um passo grande e arriscado, mas é uma coisa que tem que correr o risco.
- Entendo. A gente fala de riscos que isso trás... Mas quais são eles, exatamente?
- Se a gente não der certo, se não conseguirmos manter um apartamento, por menor que seja... Essas coisas. – Pensei um pouco no que ele disse. Ele tem razão, mas os riscos estão aí para serem corridos. Nenhuma ideia que não seja louca no começo vale à pena ser executada.

* * *

- Tá, mas eu continuo achando meio impossível alguém fazer uma coisa dessas na maior cara de pau. E depois de te contar isso, o que aconteceu? – Chaz perguntou tomando um gole da sua cerveja. É, cerveja. Eu não gosto muito, mas eu bebo só pra socializar e também porque eu não fico bêbada com cerveja.
- Ah, depois a gente parou de se falar. Eu não fui mais a aula dele e ele se demitiu...
- E ainda é covarde. – Justin complementou.
- Me deixa adivinhar... O Justin ficou morrendo de ciúmes e ficou um bom tempo sem falar com você? – Chaz perguntou
- É... – Franzi a testa – Como você sabe?
- Digamos que eu tenho o dom de adivinhação pela análise de comportament...
- Eu contei pra ele. – Justin interrompeu Chaz.
- Ah. – Eu disse.
- Isso, corte o barato do amigo... – Chaz retrucou e bebeu um gole da sua cerveja.
- Pode falar pra gente, o Justin é o muito brocha, né? – Chad perguntou, de repente.
- Cara, por favor, morre ali rapidão, só pra eu testar uma coisa. – O Justin falou.
- Chad, você é um idiota... – Brett disse. – Então, quer dizer que o casal vai morar junto em New Jersey?
- Exatamente... – Confirmei e Justin passou o braço ao meu redor e eu recostei em seu ombro. Estávamos sentados nos sofás de couro preto em volta da mesinha de centro cheia de garrafas de cerveja vazias e algumas cheias e caixas de pizza quase vazias.
- Eu ainda não acredito que vamos morar sozinhos... Ela nem sabe cozinhar. – Justin disse.
- Eu sei fazer arroz... E brigadeiro.
- Ok, então a nossa dieta vai ser arroz e brigadeiro.
- E você vai trabalhar aonde? – Beatrice perguntou.
- Eu vou trabalhar no Starbucks. E o Justin vai dar aula de violão pra uma escola primária.
- Escola primária? Que gracinha! – Brett disse.
- Deve ser muito fofo mesmo. – Bea disse bebendo mais um gole da cerveja dela. - Não acredito. Cada um seguindo a sua vida num rumo diferente... – Bea bebeu mais um gole. Essa louca vai ficar bêbada.
- Mas nós vamos continuar amigos... Pra sempre, cara. Eu vou fazer piadinhas quando vocês estiverem se casando... – Chaz disse.
- Eu posso imaginar você bêbado no meu casamento dançando em cima da mesa. – Bea disse.
- Não. Porque eu vou estar com a noiva. – Bea cuspiu um pouco da cerveja dela e olhou para o Chaz. Ele disse que se casaria com a Bea?
- Como assim?
- Tá... Não é o momento perfeito pra falar isso, ainda mais agora que você vai para Havard, mas... É, que euamovocê. – Ele disse rápido
- Você me... O que?
- É. Eu te amo. Desculpa a demora falar, mas é essa a verdade. Mas eu sei que você vai seguir um destino totalmente oposto do meu e eu só tinha que dizer isso, antes de você ir embora. Então, eu vou tratar de desencanar. – Todo mundo da sala olhou para Beatrice esperando uma reação escandalosa, já que é a Beatrice. Mas, ao invés disso, ela abaixou a cerveja e beijou o Chaz. Eu pensei que ela o odiasse.
- É o que eu posso te dar agora.


* * *

Hey gatas! Desculpa, eu sei que demorei, estava enrolada com algumas coisas da escola. Mas, eu estou de volta, vocês n]ao vão conseguir se livrar de mim. Para me redimir, vou falar outra coisa sobre a nova IB, Scars: Quem é Lovatic e Directioner além de ser Beliebers vai adorar porque vai ter deles na história. Estou planejando o máximo para que fique perfeita e vocês gostem mais que essa. Tem um ar mais pesado e trata de coisas mais sérias, nada como um suspense. Mas emfim, espero que tenham gostado do capítulo, beijinhos de chocolate, Gi!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

No regrets - Capítulo trinta e sete

De tarde, no dia seguinte eu fui pra casa. Minha mãe falou para eu anotar as coisas do apartamento que ela viu pela internet e ela ia ligar pra lá. Depois do jantar, o Justin veio pra cá e ela ligou.
- Então o aluguel é 660 dólares por mês?... Certo. Então, quantos metros quadrados?...  52 m²... É de um quarto só, né? Tudo bem... Eu vou ver aqui com a minha filha e o namorado dela e nós ligaremos pra você caso aceitemos a proposta. Obrigada. – Ela desligou o telefone. – Então, filha... O Justin viu as fotos?
- Sim... Eu mostrei pra ele.
- E o que você achou, querido?
- Olha, eu achei bem legal. Nas fotos dá exatamente para duas pessoas. Só que a gente vai ter que comprar uma cama nova...
- Bom, isso são detalhes. – Minha mãe disse. – Mas vocês estão certos de que querem realmente fazer isso, né? – Ela disse olhando séria para nós.
- Sim. – Dissemos depois de uma breve olhada um para o outro.
- Então tudo bem... Temos que ir para lá para assinar alguns papéis.
- Tudo bem...
* * *
* * *
20 dias para Princeton – 18 dias para a mudança
Já se passaram duas semanas desde que assinamos os papéis. Fomos para lá e tivemos que dormir num hotel porque o nosso voo foi cancelado por causa da névoa que encobria a cidade impossibilitando qualquer avião de voar. No dia seguinte, e Justin procuramos nos classificados os lugares que estavam contratando pessoas. Ele conseguiu um emprego numa escola primária como professor de violão e eu consegui um emprego num Starbucks que fica perto do apartamento que vamos alugar. O apartamento não é tão grande quanto nas fotos, mas também não é menor que nas fotos. Mas eu gostei do emprego do Justin, ensinar violão numa escola para criancinhas é muito gratificante. Eu, pelo menos, acho muito fofo. Eu achei uma sorte fodid* a dele de conseguir emprego de professor de violão sem nem mesmo ter começado uma faculdade. Mas já que os nossos pais que vão pagar Princeton, nós os fizemos concordar que nós quem pagaríamos o aluguel, que não é tão caro e sobraria dinheiro pra comprar comida e pagar algumas contas.
O apartamento é mesmo só para dormir e finais de semana, já que nós passaremos a maior parte do dia na faculdade e no trabalho. O meu turno no Starbucks é de noite, não durante a madrugada, mas de cinco da tarde às dez da noite. O dele é de tarde então ele estuda de manhã e de noite, no horário que eu estou trabalhando. Então, só nos veremos na faculdade pela manhã. Não é exatamente o que queríamos, mas é o que dá pra fazer agora. Nós não vamos aceitar qualquer ajuda financeira dos nossos pais porque eles já estão pagando a faculdade, que mesmo com alguns descontos por causa das nossas boas notas, ainda é cara. Temos apenas mais três semanas para arrumarmos as nossas coisas e voarmos para vivermos o resto das nossas vidas, como a minha mãe costuma dizer.
Os nossos pais são outro caso. Eles sabem que isso tudo é para o nosso futuro, mas eles estão tristes porque iremos finalmente fazer o nosso “voo solo”. Já até peguei a minha mãe chorando enquanto estava fazendo comida... Justin também conversou com a tia Pattie que apoia a nossa decisão, mas também acabou chorando enquanto conversava com ele. O meu pai está triste também, mas não demonstra chorando assim como as nossas mães. Ele anda muito mais carinhoso comigo. Sempre que eu saio ele diz que me ama, está até me dando beijinho de boa noite. O Jeremy é tipo o nosso melhor amigo, está indo fazer tudo com a gente. Já ajudou a escolher a nossa cama que é uma de casal normal. Isso foi meio constrangedor porque o tio Jeremy disse coisas do tipo:
- Essa cama tem os pés bem firmes? Esse menino puxou o pai, sacomé, né? – Ele disse para o vendedor cutucando Justin nas costelas. O Justin nessa hora não sabia se enfiava a cabeça nos travesseiros de pena de ganso ou nos de elástico de astronauta, coitado. O pai dele é muito engraçado, mas às vezes fala algumas coisas que o Justin tem vontade de voar no pescoço dele, como:
- Você sabia que quando o Justin tinha uns oito anos ele tinha medo de nunca conseguir namorar uma menina e uma vez chorou a noite toda por causa disso? – Eu ri dessa junto com o Jeremy, mesmo com o Justin nos fuzilando com os olhos e com vontade de jogar dois mil litros de ácido sulfúrico na nossa cara. Mas no fundo, nossos pais tem uma maneira diferente de mostrar que nos amam.
Agora eu estou encaixotando algumas das minhas coisas, porque faltam três semanas para eu ia para Princeton É difícil colocar tudo que você quer dentro de algumas caixas. Minha mãe está me ajudando.
- Vai querer levar isso, filha? – Ela perguntou segurando o meu dreamcatcher que o Justin fez pra mim há não sei quanto tempo atrás.
- Claro que eu vou levar. Coloca naquele saco de plástico vazio ali. – Apontei para a ponta da minha cama.
- Esse?
- Não. O pequeno. – Ela pegou o saco, colocou o dreamcatcher e me entregou. – Vou pendurar com um prego em cima da nossa cama.
- Ah, é de casal, né? – Minha mãe perguntou desviando o olhar e lacrando uma caixa com fita adesiva.
- É...
- Ah.
- Ah, mãe, você sabia que a gente...? – Deixei a pergunta no ar.
- N-não...
- Não?
- Não. A senhorita não me disse nada.
- Ah, o que você quer saber?
- Quando foi isso?
- A minha primeira vez? – Eu perguntei.
- É.
- Vem, senta. – Abri um pouco de espaço na cama a nos sentamos uma ao lado da outra e depois comecei a contar pra ela. – Lembra-se aquele Dia de Ação de Graças que você e o papai brigaram? – Ela assentiu.- Eu fui para a casa de inverno da Brett. Sabe? Então. Eu fiquei realmente muito triste e o Justin sabia que eu ia estar lá porque ele me conhece muito bem, então ele foi pra lá também. Ele estava me consolando, até cantou uma música que ele sabe que me deixa calma. E daí... Rolou.
- Ah, filha. Isso já tem dois anos. Por que não me contou antes?
- Não sei... Achei que você não precisava saber.
- Claro que sim. Você pode contar qualquer coisa pra mim, entende? Qualquer mesmo. Eu sou sua mãe. Se eu não souber, como vou poder te defender quando precisar. Tem mais alguma coisa que você precisa me contar? – Deixa eu ver... Eu dormi com o meu professor de história. Serve isso? Não... Não é importante. Pensei.
- Acho que não. Era só isso.
- Então tudo bem. Mas juízo, hein, filha. Não aparece grávida, pelo amor de Deus e que você tem aos seus pais. E... Com o Justin... Você gostava dele, né? Não foi só por fazer, né?
- Ele gostava de mim... E eu dele. A gente só não sabia disso ainda.
- Entendi... Ah, amor de adolescentes. Duas crianças que assistem Bob Esponja e dormem juntos com um cobertor do Homem-Aranha...
- Como você sabe? – Perguntei.
- A Pattie me disse.
- Ok. Como ela sabe?
- Sabendo. – Minha mãe tem 5 anos às vezes. – Filha, outra coisa. Na faculdade vão te pressionar pra fazer coisas que você não quer. Então , não faça nada por obrigação.
- Tudo bem, mãe...
- Filha, eu vou sentir tanto a sua falta.
- Eu também vou sentir a sua, mãe... De verdade. – Eu amo quando ela me chama de filha. Ela me abraçou. Abraços de mãe. Por que tão perfeitos?
* * *
Hello, gatitas (?). Tudo bom coseis? Espero que sim, viu? Alguma de vocês conhecem alguém que tem ingresso para o show do Rio e não vai? Eu estou morrendo por um em qualquer lugar da Apoeteose, isso é extremamente importante pra mim. Mas emfim, gostaram? Espero que sim. Beijinhos de caramelo, Gi!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

No regrets - Capítulo trinta e seis

- Como assim? Não estamos namorando nem há dois meses. Tem apenas seis semanas.
- Mas até lá vão ter cinco meses.
- Mas isso é um passo muito sério. – Eu disse.
- Eu concordo com ela. – Meu pai disse, não pelos mesmos motivos que eu, mas pelo menos, ele concordou comigo
- Tem casais que só vão morar juntos depois de 12 anos namorando. Isso é, já estão noivos.
- Mas olha... Eu detesto ter que concordar com isso, mas é uma questão de necessidade. Vocês realmente não têm outra escolha que seja, no mínimo, viável. – Por incrível que pareça, quem disse isso foi a minha mãe. – E vocês já são amigos há tanto temo...
- Concordo com você, Stella. Acho que essa seria a única situação que eu deixaria o Justin ir morar sozinho. – Pattie disse.
- Amor, não que eu não gostaria de morar com você, mas você não acha muito arriscado? – Eu disse para o Justin
- Acho. Mas a vida é feita de riscos. E o nosso futuro está dependendo desse risco que a gente tem que correr. – Suspirei e voltei o olhar para o meu pai, que era o único que não estava de acordo e o Justin tinha percebido a preocupação nos olhos dele. E como eu conheço o Justin, ele vai falar com o meu pai quando eles forem embora.
- Então estamos de acordo? – Jeremy perguntou e nós assentimos. – Próximo ponto da lista.
- Agora são as coisas mais simples como não é permitida a entrada de bebidas alcóolicas e drogas ou cigarros de qualquer tipo no campus. Como as da Waverly.
- E também que só é permitida a saída do campus no término do período. – Justin
- Mas e se vocês morarem fora da Universidade? – Meu pai perguntou, com os olhos ainda cheio de preocupação.
- Ah, está... Aqui. Quando você mora fora do campus, tem que apresentar um documento que prove isso. – Eu expliquei
- Então, se for mesmo esse caso, temos que começar a ver logo apartamentos pra vocês dois. – Pattie disse.
A noite apenas terminou às duas e meia da manhã porque ficamos vendo apartamentos perto de Princeton, em New Jersey. Pegamos alguns telefones e dividimos. Meus pais ligam para alguns, anotam o que perguntaram e os pais de Justin também ligam para alguns.

Theodore P.O.V.

Eu juro que se não fosse pelo voto da maioria, a minha filha nunca ia morar com o namorado. Eles já estão indo embora e Justin disse que queria falar comigo.
- Fale, filho... – Eu disse
- Er... Eu percebi que o senhor está realmente preocupado com o fato da sua filha e eu irmos morar juntos.
- Então você tem uma ótima percepção, menino...
- Bom... Eu só queria dizer que o senhor não precisa ficar preocupado com isso. Eu gosto muito a sua filha e eu não vou deixar nada acontecer com ela. – Não que eu tenha concordado com a ideia, mas alguma coisa estava me dizendo que esse menino que estava na minha frente estava realmente dizendo a verdade.
- Filho, é bom mesmo você cumprir com a sua palavra. Ela é muito preciosa e se acontecer alguma coisa com ela... – Eu coloquei a mão no ombro direito dele. – Você vai ter que se responsabilizar. – Pude vê-lo engolindo em seco. – Não a deixa fazer nada que eu não deixaria.
- Tudo bem, Sr. Smith. – O garoto disse.

* * *

Giovanna P.O.V.

Ok, eu preciso raciocinar. Eu vou morar com o Justin em New Jersey. Isso ainda não faz o mínimo sentido na minha cabeça. Quer dizer, eu nunca pensei em morar sozinha, ainda mais com o meu namorado. E com a minha idade. Eu tenho 17 anos na cara, acabei de me formar... Pelo visto, até lá eu vou ter que aprender a me virar sozinha. Eu estou indo para a casa da Bea porque a Brett me chamou dizendo que seria uma festa do pijama, que é uma coisa que eu não faço tem muito, mas muito tempo mesmo.
- Tô indo, mãe. Tchau!
- Tchau, filha! Seu pai vai te levar? – Ela gritou da cozinha enquanto eu estava saindo.
- Vai! Tchau. – Eu disse e fechei a porta. Entrei no carro e a meu pai me levou pra lá. Ele já sabe o caminho sem eu ter que falar nada de tantas as vezes que ele já me levou.
- Tchau filha... Vou sentir saudades... – Meu pai disse.
- Clama pai, é só uma noite. Não estou indo para Princeton ainda... – Eu disse e dei um beijo na bochecha dele.
- Tudo bem... Divirta-se. – Ele disse e eu saí do carro. Ah, meu velho vai sentir tanta falta de mim quanto eu dele.

* * *

- Tem que colocar uma colher de manteiga agora... – Eu disse para a Bea. Eu estava ensinando como se faz brigadeiro brasileiro de colher. Apesar de o Austin ser um filho da put*, eu agradeço à ele por ter me ensinado a cozinhar essa maravilha que eles chamam de brigadeiro caseiro. Se você nunca provou, prove... Agora. Procure a receita e faça. Você nunca mais vai se arrepender.

Depois de fazermos dois pratos de brigadeiro, (sim, somos exageradas, obrigada) fomos comer e assistir 500 Dias Com Ela com a linda da Zoe Deschannel no quarto perfeito da Bea. Quando o filme acabou, o brigadeiro já tinha acabado... Então nós fizemos mais a voltamos para o quarto.

- Mas diz... O que vocês fizeram durante todo esse tempo longe? – A Bea perguntou comendo uma colher de brigadeiro.
- Além de estudar igual a uma louca para o SAT?
- Sim, além disso. – Brett disse.
- Eu já falei do Austin?
- Que Austin? – Elas perguntaram juntas. Eu me ajeitei recostando-me na cama e colocando uma almofada sobre o meu colo
- Não... Não falei.
- Então, fala logo... – Brett me apressou.
- Então... Austin era um professor da Waverly...
- Você pegou um professor? – Bea disse boquiaberta.

- Me deixa falar a história. Ele era o meu professor de história. Não vou negar que ele é lindo, inteligente e engraçado. Aí eu fui chamada para fazer parte do Comitê Disciplinar, onde sempre tem um aluno do terceiro ano e ele era o meu tutor. Aí a gente foi se conhecendo e tal e ele virou meu amigo. A Waverly fez uma viagem de intercâmbio para o Brasil e ele foi com a minha turma. Ele e outra professora velha gorda que tinha lá... No último dia de viagem, faltou água no meu andar e ele disse que eu podia o tomar banho no quarto dele que era no andar de cima. Quando eu estava indo voltar para o meu quarto, a gente acabou transando. Foi isso.
- Você transou com o seu professor de história? – Bea disse ainda de boca aberta.
- Foi...
- E aí? O que aconteceu depois? – Brett perguntou
- A única parte boa foi que quando eu estava voltando para o meu quarto às cinco e meia de manhã, ele me pediu pra ficar mais um pouco. Um cara como ele pedindo pra você ficar mais um pouco é alguma coisa plausível.
- Mas por que a única coisa boa? – Bea perguntou.
- Depois... Um mês e alguma coisa depois eu descobri que ele era casado, mas tinha dado um tempo com a esposa, mas tinha voltado com ela um pouco antes da viagem, uns dois dias antes e não me disse nada. Ou seja, ele só queria transar comigo... – Eu disse.
- E como você assistiu à aula dele depois? – Bea perguntou.
- Não assisti... Eu matei a primeira aula que ele daria depois de eu descobrir que ele era casado. Na segunda aula ele tinha se demitido. Mandou-me essa mensagem aqui... – Peguei o celular e mostrei a mensagem para a Brett que leu em voz alta.

- Agora você já deve ter conhecido o Sr. White. Para esclarecer, eu me demiti. Não acho que seja bom para você ficar me vendo toda semana. Vou sentir sua falta. Boa formatura. Austin.

- Que canalha... – Bea disse.
- Também acho... Por que não apagou a mensagem?
- Não quero apagar, Brett. Não é necessário, não me faz mais mal.
- Entendi.
- E essa história de você e o Justin? – Brett disse colocando o meu celular ao lado dela no tapete lilás felpudo do quarto da Bea.
- Ah... A gente está namorando, Brett
- Dãã! Disso a gente sabe. Mas ele disse que gostava de você e aquela coisa toda?
- Disse. Ele gostava de mim desde aquele verão em Miami.
- AHÁ! EU DISSE, BEA! – Brett vibrou.
- Disse o que, garota? – Eu perguntei pegando outra colher de brigadeiro no prato.
- Eu disse que ele gostava de você...
- Então você sabia? – Eu perguntei colocando a colher vazia no prato vazio.
- Sabia... – Brett disse.
- Todo mundo sabia, só você que não. – Bea complementou.
- E por que as vadias não me disseram nada?! – Eu perguntei batendo com a almofada em cada uma delas.
- Ai! Ela disse pra a gente não falar! – Bea disse rindo e jogando outra almofada em mim. Assim comeou uma guerra de travesseiros. Quando acabamos o quarto dela não estava como o daqueles filmes, cheio de pena espalhadas pelo quarto. Estava normal, mas nós estávamos cansadas e resolvemos ir dormir. Ah, como eu vou sentir falar dessas vadias...

* * *

Hey gatas, tudo bem com vocês? Então, como eu disse antes, eu ia falar o nome da próxima história. Scars vai ser o nome dela. Não só o nome, mas eu já tenho a fic toda planejada, e como eu sou organizada e esquecida, escrevi tudo bonitinho em um papel, as ideias, o que vai acontecer em cada capítulo. Espero que estejam gostando dessa e gostem ainda mais da outra. Vai ser uma história mais pesada, com coisas mais sérias, mas de verdade, espero que gostem.
Beijinhos com chantilly, Gi!

sábado, 3 de agosto de 2013

No regrets - Capítulo trinta e cinco

* * *

- Tranca a porta, Justin. – Ele saiu de cima de mim, trancou a porta e voltou. Estávamos só de roupa íntima quando a mãe dele falou do lado de fora da porta:
- Justin, querido, você já tomou banho? – Fechei os olhos rindo pelo nariz, mas baixinho.
- Já, mãe! – Ele gritou de volta e olhou pra mim. – Desculpa. – Ele deu um sorrisinho tímido.
- Nada...
- Você ainda...
- Tá brincando, né? – Sorri pra ele e eu fiquei por cima dele distribuindo beijos pela sua barriga. Tirei a sua cueca a acariciei o seu membro.
- Tá demorando um pouco, não acha? – Segurei o seu membro e coloquei na boca fazendo movimentos circulares com a língua. A mão dele não saia do meu cabelo pressionando contra ele. Os gemidos dele estavam começando a ficar altos.
- Mais baixo, amor... Seus pais vão escutar
- V-vou... Vou... – Entendi o que ele quis dizer apesar de não ter terminado de ele não ter terminado de falar a frase. Tirei o membro da boca e ele gozou. Subi, dei um beijo nele e ele me deitou na cama. Esticou um braço e tirou um preservativo da gaveta do criado mudo. Abriu o pacote, colocou a camisinha no seu membro e finalmente fez o que tinha que fazer. Difícil de acreditar, mas ele estava arfando mais que eu.
Por um tempo.
Ele entrelaçou as nossas mãos e eu as ergui. Pra falar a verdade, me senti num filme naquela hora. Ele me fazia tão bem. Como não percebi que ele gostava de mim antes? Eu teria aproveitado mais e desperdiçado menos desse homem. Ele só foi para a Waverly porque gostava de mim.

Pattie P.O.V.
Quando eu acordei, fui fazer o café da manhã. Não tinha o leite desnatado que o Justin gosta pra colocar no cereal e a Giovanna dormiu aqui. Então eu fui lá ao quarto dele pra ver se podia colocar o leite normal e pra ver o que ela queria comer. Abri a porta devagar para não acordá-los caso estivessem dormindo. E estavam. Foi impossível de descrever o que eu senti quando vi os dois. Ela estava deitada no peito dele e ele com o braço em volta dela, cobertos pelo cobertor do Homem-Aranha que o Bruce, avô dele, deu pra ele no natal passado. O meu bebê dormindo com uma garota. Tudo bem que ele já era um homem, mas ele estar dormindo com uma menina debaixo de um cobertor do Homem-Aranha é meio contraditório. E pra deixar claro, ele continua sendo o meu bebê. E ela... Nunca pensei que a menina que vinha brincar aqui em casa estaria, um dia, namorando o meu filho. Quanto mais dormindo com ele. Mas mesmo assim. Sorri e acabei fechando a porta e deixei-os dormindo.

Resolvi deixá-los em casa porque não queria estar lá quando eles acordassem. Mesmo depois de tanto tempo e mesmo depois de saber que eles estão namorando, ela ia se sentir estranha de descer as escadas de mãos dadas pra ele olhando para mim e para o Jeremy e os pais do namorado dela saberem que rolou alguma coisa na noite anterior. Jeremy e eu fomos até o supermercado, pois além de nos manter fora de casa, dava o tempo para a Giovanna voltar para casa e não se sentir desconfortável com o fato de ter dormido lá em casa.

Giovanna P.O.V.


Nós estávamos tomando leite com biscoitos às dez e meia da manhã sentados/deitados no sofá e vendo desenhos idiotas. E rindo, esse era o pior. Nós éramos as únicas pessoas de 17 anos que ríamos de Bob Esponja, que a propósito, era o nosso desenho favorito. Mas sei lá, por mais que nós tivéssemos as nossa put*rias de vez em quando, era um relacionamento tão puro e bobo. Difícil de imaginar que eu posso vir a ter um desses com outra pessoa.

Comecei a me lembrar da minha primeira vez, que foi com ele. Não vou dizer que foi lindo porque nenhuma relação sexual é linda. Mas foi... Especial. De alguma forma, mais do que eu esperava.

- Justin... Como foi a sua primeira vez? – Ele olhou pra mim com uma cara de quem não acredita na pergunta que foi feita.
- Oi?
- É... Como foi a sua primeira vez?
- Pra que você quer saber isso? – Ele deu um risinho confuso.
- Curiosidade... Como foi? Vai, fala... – Cutuquei ele
- Eu não vou falar isso... – Ele disse e voltou os olhos para a TV.
- Ah... Vai... Fala...
- Quer mesmo saber? – Ele perguntou virando-se de novo pra mim.
- Uhum... Pode falar. Foi com quem?
- Lembra-se da Cristie?
- Lembro.
- Foi com ela. A gente nem estava namorando. Eu tinha 15 anos e era a única coisa que eu pensava. Perder a virgindade era tipo, o auge da minha vida... Pra falar a verdade, ela era meio vadia então não era a primeira vez dela. Aí ela me chamou pra uma festa na casa dela e eu fui. Lá a gente transou. Foi isso.
- E... Você conseguiu? – Eu perguntei sorrindo.
- Mais ou menos... – Ele corou.
- Como assim, mais ou menos? – Eu quis saber. Ou a pessoa consegue ou não.
- Eu gozei antes. – Ele corou mais ainda.
- Que bosta. – Eu disse e ri.
- Não ri, cara... Mas depois rolou legal.
- Sei.
- Você não está com ciúmes, está? – Ele perguntou.
- Não... É só que... Ela já era experiente e eu não. Acho que não fui tão legal quanto ela.
- Querida, claro que não... A única diferença é que eu amo você , então foi bem melhor.
- Sério? – Perguntei.
- Claro. Eu juro. – Ele enterrou os dedos no meu cabelo e me beijou.
- Ah, Justin. – Eu disse separando os nossos lábios - Hoje, vão me mandar os detalhes da matrícula de Princeton junto com o formulário de confirmação matrícula. Aparece você e seus pais lá em casa pra gente ler junto, tá?
- Tudo bem... A gente vai ter que falar de mensalidade também. Acho que vou ter que trabalhar no final das contas.
- Também acho...
- Trabalhar com o que? Você não sabe nem cozinhar nada...
- Eu posso ser garçonete...
- Desde que não seja do Hooters...
- Por que? Tá com ciúmes?
- Sim, tô. Não vou gostar nada de que outros homens fiquem olhando pra sua bunda.
- Mas o que é bonito é pra ser admirado, amor... – Eu disse, debochando.
- E o que é meu não é pra ser dividido.
- Também está certo.

* * *

- Boa noite, Pattie e Jeremy. Oi Justin. – Cumprimentei-os e dei um selinho em Justin e depois fomos nos sentar à mesa. – A minha mãe fez frango assado.
- Deve estar uma delícia. – Justin falou. Depois de comermos, eu peguei o netbook do meu pai e acessei o meu e-mail, onde, na caixa de entrada, tinha o e-mail de Princeton com as instruções que eu comecei a ler.
- Quando é mesmo que começam as aulas?
- Dia dois de setembro, pai.
- Ah sim... Mas eles têm alojamentos lá, né? – Minha mãe disse.
- Sim... Mas aqui está dizendo que os alojamentos são pagos por fora. E a mensalidade já é bem cara. Não dá pra pagar a mensalidade e o alojamento... – Eu disse.
- Mas vocês não podem ir para New Jersey e não terem nenhum lugar para ficar... – Pattie disse.
- E eu ainda vou ter que trabalhar porque quero ajudar a pagar a mensalidade... – Justin falou.
- E eu também. Não vou deixar vocês pagarem tudo sozinhos. – Eu concordei.
- A gente podia pagar um aluguel de um apartamento pra vocês... – Jeremy sugeriu.

Heey, girls! Gostaram do capítulo? Espero que sim. Eu estava tentando dormir ontem e já era quase meia noite, só que me veio um brainstorm sobre a nova história que já tem até nome. Sempre acontece isso quando eu estou tentado dormir, então eu levantei e comecei a escrever para passar para o computador. Querem saber o nome da nova história? Leiam o próximo capítulo que vai estar aqui nas notas finais, ok? Obrigada por lerem, gatas. Beijos de leite condensado, Gi!