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terça-feira, 16 de julho de 2013

No regrets - Capítulo vinte e oito

Giovanna P.O.V.
Justin está estranho comigo desde que voltamos da viagem. Estranho mesmo, geralmente ele me manda mensagem todos os dias, mesmo com coisas bobas, falando da alguma promoção de edredom e coisas assim, mas nem isso. Ele desvia o olhar quando eu olho para ele, não senta mais comigo e com as meninas no almoço e no jantar, não faz mais nada comigo, fala que está ocupado quando pergunto se ele quer sair. Sinceramente, eu não sei que porr* eu fiz.
* * *
- Oi, Justin.
- Ah, oi. – Ele levantou a cabeça quando eu sentei do seu lado na escada da biblioteca.
- Pode me responder o que aconteceu comigo depois da viagem. Você está chateado?
- Não tô.
- Está. Eu sei quando você tá chateado comigo. E você está desde a viagem. – Ele olhou bem fundo nos meus olhos, o que me lembrou um pouco daquele feriado.
- Não estou.
- Tudo bem, então quando você parar com a palhaçada, você vem falar comigo. – Levantei-me e saí, um pouco irritada porque ele não quis falar o que houve porque claramente houve alguma coisa e claramente tem haver comigo.
* * *
Quando saí de perto do Justin, fui até sala do Austin para vê-lo.
- Oi, Austin. – Eu disse me esgueirando pela porta.
- Ah, oi. Tudo bem? – Ele veio à meu encontro e me deu um selinho.
- Tudo. Tudo bem...
- Não minta para mim, o que aconteceu, tô vendo no seu rosto.
- Ah, o Justin, ele tá agindo de uma maneira estranha comigo desde que chagamos da viagem.
- Como assim estranha?
- Ah, estranha, distante. – Eu falei rodando o globo que fica em cima da mesa dele.
- Já perguntou o que houve? – Ele disse mexendo na enorme estante de livros.
- Claro, mas ele disse que não aconteceu nada. – Sentei em cima da mesa dele que estava espantosamente arrumada. – E aí eu disse que quando ele quisesse falar o que tinha acontecido, ele poderia me procurar.
- Entendi. – Ele se virou para mim com um livro na mão.
- Você tá lindo com esse cabelo todo bagunçado, sabia? – Falei pra ele. Ele estava usando o suéter que o deixava com ar ainda maior de intelectual, além dos óculos de leitura estilo nerd que ele tinha.
- Então arruma pra mim? – Ele perguntou chegando mais perto.
- Não. – Coloquei as mãos para trás e arqueeis as sobrancelhas.
- Ah, arruma.
- Não.
- Arruma, por favooor. – Ele pegou as minhas mãos e colocou no cabelo dele arrumando.
- Tá bom assim?
- Tá. Tá ótimo, mas sabe o que seria melhor?
- Não. Não sei. – Sim, eu sei, mas não aqui. Ele colocou as mãos na minha cintura e me beijou. As minhas mãos ainda coladas na mesa e ele me empurrando para trás cada vez mais. Parei de beijá-lo antes que acontecesse mais alguma coisa. – Aqui não, né?
- Tem razão. - Eu dei um pulo saindo de cima da mesa e estava caminhando até a porta quando ele me puxou de novo e me beijou mais rapidamente. – Desculpe, não resisti.
- Sei... Tô indo, Austin, tenho que estudar. – Saí da sala de Austin. Pelo menos enquanto eu estou com ele, não penso no Justin.
* * *
* * *
Nas duas semanas que se passaram, semanas de provas do segundo bimestre, eu quase não falei com Justin e tenho sentido fala dele mais do que eu achei que sentiria. Apenas alguns “ois” jogados ao vento, muitas vezes, sem resposta ou reação. Nem um sorriso no canto da boa ele esboçou. Eu e Austin “dormimos” mais uma vez juntos. Eu tenho um pouco de vergonha de falar o porquê do dormimos estar entre aspas porque na verdade, não dormimos, foi uma rapidinha. Na sala dele. Não me julguem, mas eu simplesmente não pude resistir. Mas fora isso, tudo ainda está normal aqui na Waverly. Na verdade, eu estou indo nesse minuto para a sala do Austin perguntar uma coisa sobre quando é a próxima reunião do CD.
- Austin? Posso entrar?
- Ah, oi, gata. Pode entrar. – Eu acho tão cool quando ele me chama de gata, sei lá, me lembra qualquer música que o cara diga isso e eu me sinto a musa inspiradora da música. Entrei na sala e sentei na cadeira de couro ao lado da mesa dele. – O que te trás aqui?
- Ah, é que eu ia perguntar quando é a próxima reunião do CD.
- É na próxima sexta... – Enquanto ele falava, tomou um gole do café que sempre está em cima da mesa dele, na mesma caneca da Waverly e no mesmo porta-copo, perto do lugar para colocar lápis e caneta. Reparei que Austin estava usando um anel... Para ser mais sincera, uma aliança. De ouro. Na mão esquerda. Que porr* é esta?
Austin P.O.V.
- Austin, querido, que anel é esse? – Eu engoli a seco. Eu sabia que já tinha passado da hora de contar, eu estava enrolando muito. Agora, vai ser pior.
- Esse anel aqui? – Apontei para o anel no meu dedo na minha mão esquerda.
- É o único que eu estou vendo. Quem te deu?
- Olha, antes eu tenho que te dizer uma coisa.
- Fala. – Ok, pela cara dela, já sabe que tem outra na história. – Primeiro eu tenho que te dizer que você é uma menina linda, maravilhosa e cheia de vida pela frente...
- Mas você não vai ter tanta vida assim se não me falar o que está acontecendo agora. – Ela me interrompeu, arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços. Fod*u.
- Bom... – Suspirei. – Antes de eu entrar aqui na Waverly, eu tinha uma esposa...
- Esposa? – Ela me interrompeu ainda com as sobrancelhas perfeitamente arqueadas com um tom de ironia a mais na voz.
- É. A Anne e eu tivemos uma discussão e ela chegou a falar em divórcio e eu pensei que já tinha acabado, mas ela me ligou dizendo que se arrependeu e que quer voltar. E nós voltamos.
- E isso tem quanto tempo? – Agora fod*u mesmo.
- Antes da viagem. Eu ia te contar. – Eu ia colocar a mão nela, mas ela deu um passo rápido para trás, me impedindo de ter qualquer contato com ela.
- E quando você ia fazer isso? Depois que a gente já tivesse transado umas duas vezes, né? Aí você ia me largar.
- Gi, não fala assim... Você sabe que eu não sou desse jeito.
- Para de me chamar assim.
- Por favor, me escuta. – Eu pedi.
- Não! Escute-me você! Austin, pelo amor de Deus! Você tem noção de como eu me arrisquei tendo esse caso com você?!
- E você acha que eu não me arrisquei?!
- Mas você poderia conseguir outro emprego se fosse demitido! E a minha vida acadêmica? Como eu faria?! Nenhuma faculdade me aceitaria com uma expulsão no histórico escolar, ainda mais por esse motivo! Princeton nem mesmo ia pensar em me aceitar! Eu sonho com Princeton há anos! Você sabe disso!– Detesto admitir, mas ela estava absolutamente certa.
- Gata, eu ia te contar. De verdade.
- Para de me chamar de gata! E o meu psicológico?! Como fica sabendo que você só queria me usar para se satisfazer uma ou duas vezes? Eu sou qual número da tua lista desde que você discutiu com essa tal Anne? Ah, esqueci, você não se importa o suficiente para contar pra mim antes de qualquer coisa. – Ela disse com os olhos cheios de lágrimas olhando para mim e um sarcasmo na voz.
- Não. Não chora. Vem aqui. – Eu ia puxá-la para um abraço, mas ela deu mais um passo para trás ainda chorando.
- Eu jurei que você era diferente dos outros caras mais velhos. Eu jurei que você não ia me machucar como alguns outros já fizeram. Mas pelo visto, você é igual a eles, só quer usar a garota e dispensá-la. – Ela estava saindo pela porta.
- Ei. – Ela se virou para trás. – Esqueceu o seu celular. – Peguei o celular da minha mesa e entreguei para ela, que tentava manter-se longe a qualquer custo. Eu não tinha mais o que fazer. Ela estava certa e nunca ia acreditar em mim se eu dissesse que não foi daquele jeito e que eu não sou dessa maneira que ela agora pensa que foi, por mais que fosse verdade que talvez eu tivesse um sentimento por ela. Ela pegou o celular balançando a cabeça num sinal de reprovação.
- Você é inacreditável, Austin. – Ela saiu pela porta. Mais um coração quebrado no mundo.
Giovanna P.O.V.
Caminhei pelo corredor da sala dos professores chorando sem me importar se alguém visse. Limpei uma lágrima, mas outras continuavam caindo, como seu eu tentasse secar a água do mar. Andei depressa em direção ao Dumbarton naquele fim de tarde frio de New York pensando em como pude ser tão otária de achar que ele era diferente.
* * *
A primeira aula do dia seguinte, por ironia do destino, era dele. Eu me recuso a ir.
- Amiga, você não vai mesmo?
- Não. Sem chance... – Levantei da cama, peguei o livro Ana Karenina na mesa e entreguei para ela. – Fala que eu gostei do livro. – Ela assentiu, pegou o livro e saiu.
Ashley P.O.V.
- Giovanna? – Austin estava fazendo a chamada.
- Faltou. – Respondi.
- O que aconteceu com ela?
– Ela se atrasou, só acordou agora. – Mentira. Quando ele terminou de fazer a chamada, fui até a mesa dele e entreguei o livro para ele.
- O que aconteceu com ela, Ashley? – Ele perguntou
- Como se você se importasse. – Eu saí, mas ele segurou a minha mão discretamente.
- Eu me importo.
- Sei...
- O que aconteceu? - Ele insistiu.
- Ela passou a noite toda chorando por um certo cara que a enganou, se aproveitou dela, está com a cara inchada e não quer nem olhar na cara dessa homem que fez isso. Tá bom pra você ou vai querer saber mais alguma coisa para contar para Anne? – Perguntei com ironia e ele não respondeu. – E ela pediu exclusão permanente do CD. – Esperei um segundo. Logo você Austin, eu esperava mais de você. – Olhei para ele com incredulidade e voltei para a minha carteira.
- O que houve? – Noah me perguntou virando-se para o lado.
- Nada demais. Vira pra frente. – Noah perguntou, mas Justin apenas olhou de canto de olho para o lado.
* * *


Hey, gatas! Tudo bem com vocês? Ta aí mais um capítulo de vocês. Queria dizer que já comecei a escrever outra história. Quando eu estiver mais perto do final de No regrets eu posto a sinopse, ok? Ainda não tem nome, mas vai aí uma dica: ele é famoso.
Beijos de confetti colorido pra vocês. Gi!

5 comentários:

  1. nusss que decepção pra Gi em tadinhaaaaa!!!!! Mas esta ótimoooooo como sempre néeh Diva !! MT BOM MSM!!! Continuaaaaaaa?! -Lays

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  2. lol muitooo bom sua LINDAA !!! CONTINUAAAAAAAA

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  3. NOSSA MEU OQ É ISSO COITADAAAA!! TA LEGAL AI EM !!! CONTINUAAAA POR FAVOR..

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  4. Meu deus, perfeito! Agora é hora do Justin entrar em ação, uhuuuu! Continua logo, pelo amor de Deus

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  5. aaaaaaaaa perfeito continua bjs flor

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