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quinta-feira, 27 de junho de 2013

No regrets - Capítulo vinte

Eu estava quase pegando no sono quando Beatrice resolve abrir a boca.

- Mas e aí, como foi?

- Não acredito que tá me perguntando isso. – Falei.

- Estou. Foi bom?

- Er... Eu também gostaria de saber. – Brett disse.

- Vocês são impossíveis...

- Sim, não vamos deixar você dormir até dizer como foi... – Bea disse.

- Foi. Foi bom...

- E... – Brett pressionou e eu acabei contando de uma forma superficial, porque eu estava com sono e porque eu não estava a fim de contar cada detalhe.

* * *

Eu consegui dormir durante um tempo, mas quando era quase cinco horas da manhã, perdi o sono por causa daquelas perguntas que ficavam vagando na minha mente. Levantei-me bem devagar para não acordar as meninas e fui até a cozinha pra ver se ainda tinha chocolate. Não, não tinha mais nada. Coloquei um pouco de leite para esquentar e prendi o meu cabelo num coque, só que caiu um fio dentro da leiteira enquanto eu estava esquentando.

-Merd* - Sussurrei. Coloquei o dedo dentro da leiteira pra tentar pegar o fio. Mas a idiota não tirou do fogão e acabei queimando a ponta do meu dedo. – Ah! Droga. Droga. Aiii. Imbecíl.

- Algum problema aí? – Reconheci a voz de Justin vindo da porta da cozinha e me virei. Mesmo quando acaba de acordar, ele está lindo. O cabelo perfeitamente bagunçado e a calça jeans quase na metade da perna com a barra da cueca Ralph Lauren Polo aparecendo. Ele é absurdamente gostoso quando acorda.

- Não... Não é nada. – Olhei o meu dedo que estava vermelho. – Merd* - Murmurei

- Tem certeza? – Ele perguntou chegando mais perto e pegou o meu dedo. – Coloca na água... – Ele puxou a minha mão para a torneira e abriu.

- Ah. Tá gelada. – Falei quando senti a água cair na minha mão.

- Eu sei, mas tem que deixar... – Ele deixou a água na minha mão por mais alguns segundos e depois desligou a torneira. – Um beijinho pra melhorar. – Ele deu um beijo na ponta dos meus dedos. Eu sequei a minha mão, desliguei o fogo e coloquei o leite numa xícara. – Por que tá acordada a essa hora? – Ele se encostou à bancada e eu na pia, de frente pra ele.

- Perdi o sono... E você?

- Também. Por que perdeu o sono?

- Excesso de pensamento. – Respondi.

- Então estamos em completa sintonia. – Ele sorriu. Às vezes eu penso que ele tem o sorriso mais lindo do mundo. Ficamos um pouco em silêncio e eu bebi um gole do meu leite.

- Está pensando em que? – Perguntei quando ele sorriu novamente.

- Em como você fica linda com bigodinho de leite. – Ele riu de novo, chegou pra frente, limpou o leite e voltou à posição dele. – Então...

- Então... – Bebi novamente e limpei o leite com a língua.

- Já pensou em qual faculdade você quer ir?

- Oi?

- É. Segundo ano, temos que pensar, ora essa. Quando voltarmos e estivermos no terceiro, todos vão perguntar.

- Ah... Nós sempre falamos em Princeton, lembra? – Respondi

- Ah, é. – Ele estava parecendo tão distante.

- Não é sobre faculdade que você quer perguntar, né? – Ele fez um sinal de negativo com a cabeça.

- É... Você me conhece muito bem

- Desde que nascemos...

- Fala sério, você ficou chateada ontem, né?

- Não... – Menti. – Não fiquei. – Disse e fui andando para a sala.

- Cara, eu conheço você muito bem. É claro que ficou. – Ele me seguiu. Eu sentei no sofá e ele sentou-se na mesa de centro, de frente pra mim.

- Não fiquei... Eu juro. – Ele me olhou com uma cara de quem não acredita nem um pouco, mas eu continuei dizendo que não fiquei chateada. Na verdade, não tinha ficado chateada, eu fiquei confusa, mas mesmo assim, não disse nada.

- Tudo bem. Você quem sabe. Mas quando quiser conversar sobre isso, me avisa. – Ele deu uma batidinha na perna se levantou.

- Justin... – Ele olhou pra mim. – Obrigada. – Sorri.

- Disponha. – Ele subiu as escadas e eu fiquei na sala tomando o resto do meu leite. Se eu falasse o que estava pensando, ia fazer alguma diferença?

* * *

- Ah! Amém! – Brett gritou quando conseguimos, todos juntos, abrir a porta.

- Tinha muita neve, meu Deus. – Beatrice disse chutando um pouco de neve com os pés.

- Finalmente, ar puro! – Chris berrou quando saiu de casa.

- Dramáticos. – Brett revirou os olhos. Eu senti uma mini-batida gelada nas minhas costas, eu olhei para trás e Justin tinha acabado de jogar uma bola de neve em mim.

- Você tem quantos anos? – Perguntei séria e ele ficou um pouco assustado com a minha cara que logo desfiz, peguei um pouco de neve e joguei de volta nele. Costumávamos brincar assim quando éramos menores. Era uma rivalidade entre eu, Beatrice e Brett contra Chad, Chris e Justin.

- Os times de sempre. Posições. – Justin gritou. – Três minutos para construção do forte. – Construímos um forte e nos escondemos atrás dele. Brincamos como se fossemos crianças de nove anos. Nosso time ganhou, na cara deles, há!

- Nós devíamos ter apostado alguma coisa. – Justin disse quando estávamos andando para casa. Eu estava literalmente congelando. Se eu colocasse a minha língua pra fora, a saliva viraria gelo no mesmo segundo. Eu estava batendo os dentes, mas Justin estava normal, como se estivesse num agradável dia de outono. – Tá com frio?

- Congelando. – Ele passou os braços dele em volta do meu corpo, não fiquei instantaneamente mais quente, mas pode-se dizer que o frio não era o que mais me importava naquela hora.

* * *

Oi genteeeeeeeeeeeeee. Tudo bem com as moças? Espero que sim e que tenham gostado do capítulo vinte. Geralmente, nas minhas fanfics, a história está caminhando para o final no capítulo vinte, mas nesse, para a facilidade de quem lê eu não estou nem na metade ainda. Continuem comentanto e me deixem feliz. Obrigada. Beijos de açúcar pra vocês. Gi

sábado, 22 de junho de 2013

THE HEART NEVER LIES

Capítulo 6- 2 days for the summer

Triiiiiiiiiim...Trimmmmmmm

Argh, despertador idiota!
Quarta-feira! 2 dias para o verão. 2 dias paras as férias. Sexta-feira eu entregaria os papéis do SPA para mamãe. Ela irá pirar, e com certeza, eu vou ganhar isso, e Zayn e seus amiguinhos irão passar as férias jogando video game um na casa do outro, coçando o saco, enquanto eu, estarei em L.A,com minhas amigas, nas praias, em pub's, festas e paquerando muito!
Eu posso pensar em levar Niall, porque ele é meu melhor amigo e não é como os outros.
Me levantei e fui ao banheiro, fazendo minha higiene matinal. Quando terminei, fui até ao meu closet, e procurei algo para vestir.
Então coloquei esta roupa. Fui ao banheiro, abri minha gaveta de maquiagem, peguei rímel e blush rosa.
Passei rapidamente o rímel, porém, bem passado, e o blush, sem deixar muito forte, pois acho horrível essas meninas que colocam tanto blush que parecem que levaram um tapa na cara ou passaram Doritos.
Enfim, desci para tomar café-da-manhã. Mamãe estava colocando café em sua xícara roxa preferida, que eu Zayn fizemos para ela quando éramos  pequenos. Quer dizer, nós escrevemos algumas palavras com cola colorida e purpurina como " mamãe te amo" " mamãe você é minha rainha " " melhor mãe do mundo", pra falar a verdade, a maior parte quem fez foi Zayn, pois eu era pequena demais, apenas fiz alguns corações. Mas ficou fofa, e mamãe amou!
- Bom dia pra mãe mais linda do mundo! - lhe abracei e depositei um beijo em sua bochecha.
- Bom dia meu amorzinho! - mamãe sorriu.
Mal sabia ela que este seria o melhor final de semana de sua vida.

- Tudo certo né Day? - perguntou Lari mordendo sua maçã.
- Claro! Já está tudo marcado! Só falta entregar os papéis para ela e pronto!
- Essas vão ser as melhores férias das nossas vidas! - Andressa disse olhando para um ponto fixo e colocando o canudo no nariz ao invés da boca. Eu e as meninas morremos de rir.
- Day,disfarça, mas olha quem está vindo... - Gi disse colocando um pedaço de torta na boca.
Virei para trás descaradamente, pois eu não sei de jeito nenhum disfarçar, e vi Matt vindo em minha direção. Não o via desde o acontecido.Babaca mesmo, minha vontade era de surrá-lo até todos os seus órgãos saírem para fora de seu corpo. Mas nada além da vontade, eu não faria isso, sou uma pessoa muito calma...eu acho.
- Ai que nojo! Como eu namorei essa criatura? - revirei os olhos.
- Pressão do pessoal da escola né gata? - Gi disse.
- Pois é, na época você era cheerleader e ele era, quer dizer, é, capitão do time de basquete, os dois populares, as pessoas gostam de coisa clichê, por isso ficaram colocando pressão para vocês namorarem - Lari disse - E ele tá vindo pra cá!
- Ah não...
- Ei ai, Daday! - da onde ele tirou esse apelido do capeta?!
- Não estou com saco para você Matt! - me levantei e fui andando, mas ele me puxou pelo braço.
- Nossa gata, não foge de mim não - ele riu.
- Me solta Matt! - neste momento todos que estavam no refeitório olhavam para nós. Matt apenas ria, mas não me soltava. Eu já estava extremamente nervosa, então, chutei no meio de suas pernas. Matt caiu no chão, com a mão em seu membro e gemendo. Todos começaram a rir, inclusive as meninas.
- Pronto Matt, seus ovos estão mexidos agora! - soltei uma risada e sai desfilando do refeitório, porque eu posso.

Cheguei em casa e dei de cara com Justin jogando video game no sofá.
- Você mora aqui agora? - eu disse fechando a porta.
- Deus me livre morar aqui com você! - Justin disse sem tirar os olhos da tv.
- Cadê meu irmão? - perguntei ignorando sua resposta.
- Não nasci grudado com ele!
- Quer levar uma sapatada? Ou que tal uma mochila voando na sua cara? - falei de braços cruzados e batendo o pé - Não sei porque estou aqui perdendo meu tempo com você! - bufei e subi as escadas.Entrei no meu quarto, tirei meu tênis e me joguei na cama.
A cena de Matt caído no chão e gemendo de dor, veio na minha cabeça, então, comecei a rir loucamente. Enfiei o rosto no travesseiro para abafar a risada, pois se Justin escutasse iria ficar implicando e iria dizer que eu sou "a maluca que rir sozinha".
Depois da crise de riso, me levantei, e fui tomar banho.

Eram mais ou menos umas nove horas da noite, quando meu celular tocou. Olhei na tela, e o número era desconhecido.
- Alô? Esse não é o seu número! Você conseguiu mais?! Ok chego aí daqui á 15 minutos.

Me lavantei, e fui ao meu closet. Lá, vesti uma calça jeans, um moletom preto e calcei meu Vans preto.
Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, e peguei meu long.
Fui até a porta do quarto, e a abri, colocando apenas o rosto pra fora.
- Boa noite mãe, estou indo dormir!
- Boa noite filha, durma bem amor! - fechei a porta,passando a chave, e indo até a varanda. Joguei meu long lá em baixo, que graças a Deus não fez barulho, pois caiu na grama. 
Sentei no parapeito da janela, colocando minha perna direita na escada e depois a esquerda. Desci as escadas tentando não fazer barulho nenhum. 
Ainda bem que Marley, nosso labrador marrom de olhos claros, estava na sala. 
Chegando lá em baixo, peguei meu long, e sai correndo para a porta, a abrindo devagar e depois a fechando. 
Fui para o meio fio, joguei meu long no chão, subi em cima dele e comecei a remar. Se algum conhecido da minha mãe me ver na rua agora, estou frita. 

Entrei naquela rua extremamente escura e com pessoas estranhas e com cheiro de cigarro, álcool e maconha exalando. Aquelas pessoas poderiam ser estranhas para qualquer um, mas não para mim. Eu já conhecia cada um ali. 
Subi algumas escadas de ferro que daria para o apartamento de Jack.
Quando cheguei em frente a porta já podia sentir o cheiro da erva. 
- Jack, sou eu, abre ai! - eu disse olhando para o lado, para ter certeza que não havia nenhum conhecido ali. 
Logo Jack abriu a porta. Ele estava apenas de boxer preta, e seus cabelos pretos estavam extremamente bagunçados, porém, de um jeito sexy.
Ele estava com o cigarro em seus lábios e seus olhos azuis estavam vermelhos. 
Jack me puxou para dentro do apartamento e fechando a porta. 
Coloquei meu skate perto da porta e me joguei no sofá. 
- Vou pegar as paradas - eu assenti. 
A verdade era, eu fumava maconha. Não era aquela garota extremamente viciada. Eu conseguia me controlar. 
Conheci Jack há 1 ano atrás. Ele tinha 17 anos e eu 14. O conheci em uma festa regada de álcool, drogas e sexo. Lá, eu experimentei pela primeira vez a maconha e foi a melhor sensação do mundo. Neste mesmo dia, Jack me levou para o seu apartamento, este mesmo que estou agora, e bom, nós transamos. Foi a minha primeira vez, apesar de estarmos tontos, ele foi cuidadoso comigo. 
De lá pra cá, nós nunca perdemos o contato. Quando ele conseguia os becks, ele sempre me ligava, e eu sempre dava um fugida de casa.
Eu sempre ficava com Jack, até começar a namorar Matt. Sim, eu fui fiel a ele, e serei fiel a qualquer garoto que eu tiver um relacionamento. 
Jack respeitou meu namoro, e nunca tentou nada. 
- Aqui Day - ele me entregou uns 3 e um isqueiro. 
- Valeu - sorri e acendi, o colocando nós lábios. Eu não sentia mais aquele efeito louco que você fica achando que está vendo dinossauros ou gnomos. Tudo bem, ficava meio lerda, mas não tanto. 
Jack sentou ao meu lado ainda fumando seu cigarro. Eu detestava cigarro. Pois é, o cheiro da maconha não era tão ruim quanto o do cigarro. 
- Ó, desculpe, eu vou apagar isso - Jack apagou o cigarro no cinzeiro o deixando lá. 
- Muito obrigada! - nós rimos. Encostei a cabeça no sofá, ainda tragando. 
- Como vai a vida? - ele perguntou. 
- Hm, Matt me chifrou em uma festa que todos da escola estavam, estou disputando com meu irmão para ver quem consegue agradar mais a mamãe e ir para mansão da minha tia em L.A. 
- Woul, não acredito que Matt te traiu! Qual o problema dele? 
- Realmente? Eu não sei. Mas tudo bem, eu não gostava dele mesmo - levantei e abaixei os ombros. 
- Então... Você está solteira? - o tom de sua voz mudou. 
- Livre, leve e solta - abri os olhos e ri. 
- Interessante... - Jack mordeu os lábios. Virei de frente para ele, colocando o beck no cinzeiro e o puxei pelo pescoço. 
- Agora você pode me beijar - sussurrei. 
Ele sorriu e pressionou seus lábios contra os meus. Sua lingua invadia a minha boca explorando cada canto dela. Arranhei sua nuca, e Jack colocou suas mãos por baixo do moletom apertando meus seios que estavam apenas cobertos pelo sutiã. 
Puxei seu lábio inferior com força e ele gemeu. 
Jack tirou meu moletom, me deixando apenas de sutiã. Sua mãos tatearam em minhas costas procurando o fecho do mesmo.Finalmente, Jack encontrou e o sutiã escorregou pelos meus braços, e o joguei para o lado. 
Jack me deitou no sofá, ficando por cima de mim, apoiando o peso de seu corpo em seus braços que estavam ao lado do meu corpo, então ele me beijou. Meus mamilos rígidos passavam pelo seu peitoral me deixando excitada. Interrompemos o beijo, e Jack destribuiu beijos pelo meu colo e entre os meus seios. Ele passou a língua pelo mamilo, enquanto massageava o outro. 
Estava sentindo o maior prazer do mundo, quando meu celular toca. 
- Merda, desculpa, preciso atender... - Jack se sentou, e eu me sentei, pegando o celular no bolso da calça e vendo o número na tela do celular. Ai meu Deus, eu tô ferrada! 


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Olá gente linda e pfta do meu coração? Como vocês estão? Eu sumi ne? Eu sei, me desculpem mesmo. Sei que vocês devem ter perdido a paciência e me abandonado =[ 
mas, se ainda tiver alguém ai, obrigada viuuuu? <3333
eu amo muito vocês, beijos, espero que gostem desse cap! 



quarta-feira, 19 de junho de 2013

No regrets - Capítulo dezenove

Já tínhamos trocado presentes e eu estava mexendo no celular que eu acabara de ganhar. iPhone 5, apesar de eu achar que é muito exagero, nunca que eu iria recusar um desses. Justin me deu um cordão com a letra J e ele ficou com uma letra G no chaveiro dele. Eu dei pra ele um porta-cd com uma foto nossa, mas ele já sabia que eu ia dar isso pra ele. Se tem uma coisa que você precisa saber sobre ele é que ele sempre estraga es surpresas. Ou ele se dedica inteiramente a descobrir o que é ou ele te faz contar.

Justin P.O.V.

- E aí, filho, já falou pra ela? – Meu pai me perguntou todo animado.

- Falar o que? – Perguntei, fingindo que não entendi

- É... Já disse pra ela que você gosta dela? – Minha mãe se meteu na conversa enquanto entramos em casa. “Claro que disse, mãe. Eu até transei com ela na casa da Brett.” Foi o que eu pensei em dizer, mas achei melhor não. Eles não precisam saber de tudo que eu faço quando ela não está por perto. Sem falar que eu nunca diria pra minha mãe com quem eu já transei, seria totalmente sem noção fazer isso.

- N-não... Não disse. – Menti. Na verdade, eu menti sobre estar mentindo. Que garoto mau que eu sou.

- Mas você vai falar? – Minha mãe perguntou num tom entusiasmado que me assustou um pouco. – Vai?

- Não sei, cara. Tenho que ver isso ainda. - Falei e subi as escadas. Mesmo se essa história toda fosse verdade, eu não daria detalhes da minha vida amorosa para os meus pais. Pais são assim: você conta uma coisa e eles vão pedir detalhes de toda a sua vida depois. Como um ralo de informações e depois, toda a sua família sabe que você transou com a sua melhor amiga. Então, não saia contando tudo para eles.

* * *

Giovanna P.O.V.

- E vocês vão embora dia 2? – Brett perguntou enquanto caminhávamos em direção a porta do shopping.

- É. Ainda temos esses dias até o ano novo. – Saímos do shopping e uma rajada de vento frio e seco veio na nossa cara. Quase que a minha saliva congela.

- Argh. Frio da porr*. – Justin reclamou.

- Brett, você está com a chave da sua outra casa? – Chris perguntou

- Sim... Sempre ando com uma cópia na bolsa. Por que?

- Vamos pra lá, está muito frio aqui na rua. A gente pode pegar alguns filmes na locadora e ir pra lá... – Beatrice disse. Não sei bem o motivo, mas tem algo de totalmente empolgante em ir para um lugar frio, ver filmes com os seus amigos e comer besteiras.

- Tudo bem, mas avisem os seus pais... – Brett disse e nós fomos andando até a locadora. Estávamos congelando, mas agradecemos a Deus quando finalmente chegamos na casa de Brett e ficamos na frente da lareira assistindo o filme. Todos amontoados num sofá de couro. Brett, Justin, eu, Chris, Beatrice e Chad. Uma das leis mais importantes da física é: Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. Quem teorizou isso, certamente, não havia visto a nossa cena no sofá. Instintivamente, a mão de Justin deslizou para a minha perna por baixo do edredom. Não sei se ele percebeu onde estava com a mão, mas ele não tirou dali. A partir daquele momento, algumas lembranças do feriado de Ação de Graças foram sendo jogadas na minha cabeça. Não sei se estamos minimizando tudo isso, ou se é assim mesmo que deveríamos tratar tal situação. Quer dizer, não é uma coisa simples o que fizemos, nós transamos. Deveria significar bem mais para nós dois. Eu perdi a minha virgindade com ele. Quer dizer, concordamos em fazermos as coisas voltarem ao normal e, agora que eu estou pensando nisso, mas não é uma coisa tão irrelevante, ô porr*. Isso é meio confuso pra mim. Bebi um gole do meu chocolate quente. O mesmo gosto do chocolate que Justin fez aquele dia pra gente tomar depois de... Ah, vocês sabem. Mexi-me um pouco no sofá e Justin percebeu que estava com a mão na minha coxa. Mesmo na sala escura, deu pra ver que ele corou e retirou a sua mão rapidamente. Do nada, veio uma ideia louca na minha cabeça. De todo mundo sumir e ficar apenas eu e Justin. E outra ideia mais louca ainda surgiu: e se eu estiver apaixonada por ele? Não. Isso simplesmente não é possível. E não tem um motivo pra ser impossível... Apenas é. É cada coisa que eu penso.

* * *

Já estava de noite quando acabamos de ver os filmes. Eu e Justin caminhamos até a porta e eu tentei abrir. Exato. Tentei. A porta não abria. Por mais que eu empurrasse, ela nem se mexia.

- Justin, tenta abrir aqui. – Justin empurrou a porta, mas mesmo assim, ela nem se mexeu.

- Chris! Ô viad*. Me ajuda aqui. – Justin chamou Chris de uma maneira amigável. Chris empurrou a porta, mas nada... Ótimo, presa dentro da casa da Brett num frio horrível.

- Ótimo. A neve bloqueou a nossa saída. Vai ter que geral dormir aqui. – Chad falou e se jogou no sofá.

- Muito bom mesmo. – Sentei-me no sofá menor, para dois.

- Vamos. Nós somos jovens, somos criativos. O que jovens criativos como nós fazem quando estão com os amigos em casa, sozinhos num dia frio? – Beatrice perguntou.

- Fazem sexo e fumam maconha... – Chad disse. Por mais lamentável que seja, é verdade.

- Tirando isso, criatura.

- Sei lá... – Justin falou sentando-se do meu lado.

- Por que a gente não joga alguma coisa.

- Vish. Da última vez que jogamos isso, por causa do Tom, foi meio estranho. – Brett abriu a boca, como sempre, pra falar besteira.

- Estranho por quê? – Justin perguntou

- Porque você e a Giovanna se beijaram, oras. Vocês são melhores amigos e tal. – Chad sentou no braço do sofá falando com Justin. Eu e ele coramos juntos.

- Você achou estranho? – Perguntei para o Justin.

- Não... Quer dizer, sim... Mas não de um jeito ruim

- De que jeito, então? – Perguntei séria.

- De um jeito “caralh*, beijei a minha melhor amiga”. – Ele estava um pouco assustado com a minha cara séria, então a desfiz num sorriso.

- Tô brincando. Pensei a mesma coisa. – Olhei dentro dos olhos dele e vice-versa. Novamente aquela sensação estranha de achar que estava gostando dele. Ah que droga isso, eu hein.

- IIIIH! Tá rolando alguma coisa que a gente não tá sabendo. – Brett disse. Besta. Rapidamente desviamos os nossos olhares pra outro lugar que não sejam os olhos um do outro.

- Tudo bem, nada de 7 minutos no paraíso. Vamos de Verdade ou Consequência. – Eu disse, na tentativa de amenizar o clima estranho que se formou.

- Todo mundo topa? – Justin perguntou, percebendo a minha tentativa.

- Ahan, quer ficar com ela de novo, né, cachorrão? – Chris perguntou. Eu revirei os olhos.

- Vou pegar uma garrafa na cozinha. – Beatrice se levantou foi na cozinha e voltou segundos depois com uma garrafa de Pellegrino vazia. Sentamos em um roda e começamos a jogar.

* * *

- Brett, verdade ou consequência? – Chad perguntou

- Verdade.

- Por quantos dólares você transaria com uma menina? – Brett fez uma cara de nojo para a pergunta de Chad.

- Não transaria. Que tipo de pergunta é essa?

- O tipo que você respondeu. – Essa resposta meio que não faz sentido, mas ok.

- Giovanna. Verdade ou consequência? – Brett me perguntou

- Hm... Verdade.

- Ok... Aquela vez, no feriado de Ação de Graças, o Justin passou a noite aqui. – Ela fez uma pausa e o meu coração quase saiu pela boca. Como diabos ela sabe que ele passou a noite aqui? – Vocês... – Ela arqueou as sobrancelhas. Eu dei um olhar desesperadamente rápido para o Justin que suspirou e fez um sinal pra eu falar. Fod*u. Pensei.

- A gente...Hm... Nós...

- Fala logo, menina – Chris me apressou.

- É, queremos saber. – Beatrice disse ansiosa. Vamos, garota, pense numa forma delicada de disser que nós transamos.

- Tá... É. Nós dormimos juntos. – Os olhos dos meus amigos se arregalaram. Eu pensei que a Brett ia ficar put* de saber que eu transei com o Justin na cama dela e não contei para ela.

- Amiga. Que bapho. – Brett disse reagindo totalmente do contrário que eu achei.

- Cara, to-do mun-do sabe que vocês são tipo, melhores amigos. E to-do mun-do sabe que vocês meio que gostam um do outro mas, caraca... – Beatrice disse, como sempre, exagerada.

- Gostar dele/Gostar dela? – Dissemos juntos.

- É...

- De onde você tirou isso? – Perguntei.

- Eu nunca disse isso. Eu gosto dela, mas como minha amiga, apenas. – Justin disse.

- É.- Me levantei e fui até a cozinha. Coloquei mais uma xícara de chocolate quente e bebi um gole. Fechei os olhos e aquelas sensações estranhas de estar gostando dele vieram à tona. Não, isso não é possível. A um segundo atrás eu estava tão decidida que não gostava dele.

- Ei... – Abri os olhos e vi que Justin estava na minha frente. – Você não ficou chateada porque eu falei que eu não gostava de você, né?

- Não. Que isso? Não... Não mesmo. – Eu disse num tom bem convincente. Parei pra pensar. Na verdade, eu tinha ficado sim. Se ele não gostava de mim, por que ele tinha me beijado e tomado a iniciativa naquela noite? Por que ele não podia só ter me consolado ao invés de dormir comigo? Na hora fazia todo sentido, mas por que ele queria que tudo voltasse ao normal? Resolvi deixar essas questões para serem resolvidas com o tempo. – Vamos voltar pra lá? – Perguntei.

- Vai lá, vou pegar mais chocolate. – Voltei para a roda com uma xícara de chocolate na mão e milhões de perguntas pipocando na minha cabeça.

- Cadê ele? – Chad perguntou

- Tá se recompondo de rapidinha? – Chris disse e deu uma risada. Fuzilei-o com os olhos. Idiota.

- Não esperem. Quem é o próximo? – Perguntei tentando livrar-me do assunto, o que não foi muito possível, já que todas as perguntas eram direcionadas para mim e para o Justin e tinham haver com aquela noite. Então, resolvi dizer que estava com sono e parar o jogo. Eu estava subindo as escadas para dormir quando escutei a irritante voz de Chris:

- Gi, você vai querer dormir com ele ou eu e o Chad podemos dormir lá no quarto?

- Cala a boca, Chris. – Eu e Justin dissemos juntos.

* * *

Oi gataas! Desculpa a demora pra postar. Mas ta aí mais um capítulo pra vocês! Espero que tenham gostado. Eu estou amando escrever essa história. Beijocas de chocolate branco pra vocês. Gi!

terça-feira, 11 de junho de 2013

No regrets - Capítulo dezoito

- Não quero chegar lá e ver que os meus pais não estão juntos. – Falei pra Justin quando entramos no avião. - Passar o Natal com pais separados deve ser uma droga.

- Fica calma. Vai dar tudo certo.

- Justin, todo esse seu otimismo é muito legal, mas não é bem assim. Nem tudo acontece da forma que a gente quer...

- Mas não custa nada pensar mais pro lado positivo... O que for pra ser, será. – Tá, ele só tentou ajudar, vamos perdoar, mas as piores coisas para se dizer quando o amigo está triste são: “vai ficar tudo bem”; “siga o seu coração”; “calma, tudo passa, até uva passa”. Mas ao invés de falar alguma coisa, encostei a cabeça no seu ombro e acabei dormindo.

* * *

- Oi mãããe! – A abracei quando cheguei em casa. Tivemos que fazer um pouso de emergência no aeroporto de Toronto por causa da neve e atrasou, então eu cheguei em casa um pouco tarde , tipo quinze pra meia-noite.

- Oi filha! Tudo bem? Fiquei com saudades! – Minha mãe disse me abraçando. Foi assim que ela fez quando eu voltei da última vez.

- Tudo. Tudo bem... Cadê o meu pai? Ele vai passar o Natal aqui?

- Filha...

- Mãe, eu queria que você perdoasse o meu pai... Eu não ia suportar ficar indo e vindo de casa em casa todo mês, ou semana.

- Filha, eu ia te dizer que nós conversamos e resolvemos tentar novamente. Foi muito difícil, mas eu cedi. Eu amo demais o seu pai...

- Ainda bem, mãe! Eu ficaria maluca. – Um alívio enorme percorreu todas as minhas partes do corpo. Só de imaginar que eu não vou ter que ficar mudando de casa o tempo todo ou passar cada feriado com um ou até mesmo vê-los brigando por causa da minha guarda até eu completar 18 anos e ir para a faculdade. – Cadê ele?

- Está dormindo. Eu disse que você ia chegar, mas ele tinha trabalhado o dia inteiro e resolveu ir dormir.

- Tudo bem, eu também estou muito cansada, vou pro quarto, mãe. – Dei um beijo em sua bochecha e subi. Tive a impressão de que ela ficou me olhando até não me ver mais enquanto eu subia as escadas. Minha mãe perdoou uma traição só para eu não sofrer? Tenho a melhor mãe do mundo. Resolvi mandar uma mensagem para Justin:

Está tudo bem, eles se resolveram =]

Coloquei o meu pijama e fui ler um livro. Não estava com tanto sono assim e queria esperar a mensagem dele. Eu estava lendo Ana Karenina, é um livro muito interessante que fala sobre o comportamento das famílias, na verdade, comecei a lê-lo agora. Austin me emprestou e disse que seria uma boa eu ler por causa da situação dos meus pais. A frase que começa o livro é muito interessante, é: todas as famílias felizes são iguais, mas as famílias infelizes são infelizes de sua própria maneira. Não consegui prestar atenção na explicação de Austin sobre o livro porque eu estava imersa pensando como ele pode ser tão inteligente. Fui interrompida na página 25 pelo som de mensagem.

Eu sabia que tudo daria certo. Seja otimista.

Realmente ser otimista às vezes ajuda, mas outras, você se decepciona se as coisas não acontecem do jeito que queremos. Li mais algumas páginas e fui dormir. Que bom que os meus pais voltaram, juro que não saberia o que fazer se eles se separassem de verdade.

* * *

- Giovanna! Filha! Me ajuda aqui!– Minha mãe gritou da cozinha. Fui até lá ajuda-la. Eu sou uma das pessoas que mais odeia cozinha, em geral. Não gosto de lavar louça e sou péssima cozinhando. – Coloca isso aqui na geladeira - Minha mãe apontou com a cabeça para o refratário de sobremesa. Passei um dedo na cobertura de chocolate e coloquei na boca, sem a minha mãe ver.

- Filha, você não perde essa mania de meter o dedo na comida, né? Já disse que é nojento, as pessoas vão comer isso.

- O que não mata, engorda mãe. Vocês estão muito magrinhos. – Ri da minha piada sem graça

- Ai, ai... – Minha mãe deve estar pensando “Criei uma placenta e joguei fora a filha, só pode”. Tanto faz. - Você pode colocar a mesa e depois ir tomar banho e se vestir para a ceia? – Minha mãe perguntou enquanto decorava o peru com aquelas frutas secas que os adultos gostam, mas que eu não suporto.

- Tudo bem... – Peguei as coisas dentro da dispensa, coloquei a mesa e fui tomar banho. Justin e a família dele sempre passam o natal conosco. Quando éramos pequenos, nós íamos pra sala brincar com os brinquedos novos quanto eles ficavam conversando. Era muito bom, era tudo tão inocente e... legal. Era tudo tão simples. Agora é tudo ao mesmo tempo, briga com a melhor amiga, pais brigando num relacionamento estável, transa com o melhor amigo, professor lindo de história, colégio interno, preocupações com a universidade, que não é barata. Argh!

Fui tomar um banho quente, por que nesse frio, nem rola tomar banho morno. Demorei meia hora tomando banho. Enrolei-me na toalha correndo para o quarto e encontrei Justin subindo as escadas.

- Eita. – Ele fechou os olhos. – Sua mãe disse que você estava aqui em cima e que já tinha terminado de tomar banho e que eu podia subir. – Ele disse ainda de olhos fechados.

- Até parece que você nunca me viu pelada. – Eu disse arqueando as sobrancelhas quando ele abriu os olhos percebendo que eu estava certa.

- Verdade. – Ele entrou no meu quarto e eu coloquei a minha roupa. Tá, ainda é um pouco estranho me trocar na frente dele, mas depois daquela noite, eu teria que me acostumar. Não me arrumo muito pro natal, então coloquei essa aqui:


* * *

Oi bebês! Tudo bem? Então, eu postei mais um aí pra vocês. Já tenho até um final para essa história, comentem aqui o que vocês acham que vai acontecer e tal... Beijinhos de caramelo com chocolate pra vocês. Gi!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

No regrets - Capítulo dezessete

* * *

Parece estranho, mas eu e Ashley viramos a noite conversando sobre garotos. Deitadas em nossas camas, encarando o teto e conversando como duas amigas.

- Mas me diz aí... O que tem entre você e aquele garoto... O Justin...

- Justin? Nada não, nada... Somos só amigos... Melhores amigos.

- Sei... Não parecem só amigos.

- Não?

- Não... Olhando de longe, eu e Bianca fazemos muito isso, parece que vocês foram feitos um para o outro.

- Você é a segunda pessoa que me diz isso só hoje...

- Quem foi a outra?

- Dayane.

- Hm...

- Ah. Desculpe, esqueci que você não gosta dela.

- Não é que eu não gosto... É só que... Ela sempre consegue o que quer e isso me irrita, às vezes.

- Não tem nada haver com Joe?

- Joe? Como você sabe dele? – Ela pareceu um pouco preocupada

- Dayane me contou...

- Ah... Não tem nada haver com ele... Não mais.

- Tem certeza?

- Acho que sim. – Ela afirmou. – Sabe, Giovanna, você é uma garota legal, devia andar mais comigo e com a Bianca... – Dito isso, ela virou para o canto e dormiu. Eu ainda fiquei acordada tentando entender o que as pessoas viam em mim e no Justin para achar que fomos feitos um para o outro. De qualquer forma, não é possível que isso seja verdade...
* * * 

Isso não faz sentido. Eu pensava enquanto aprendia (lê-se: tentava aprender) sobre números complexos. Nunca vou usar esta porcaria de matéria. Virei para Ashley, que tem se mostrado muito mais próxima do que eu achei que seria e gesticulei um “MMA” que significa Me Mate Agora e ela deu um risinho.

- Falta pouco pra voltar pra casa... Só mais dois dias. – Ela me respondeu

- Quer compartilhar alguma coisa com a turma, Ashley?

- Não. Estava apenas dizendo como essa matéria é fascinante... – Ele voltou à explicação. – Só que não... – Ela falou mais baixo e algumas pessoas que estavam ao redor riram.

* * * 


- Então, você ainda anda com a Dayane? Está tão próxima de nós esses dias... – Bianca falou enquanto caminhávamos até o Dumbarton.

- Sim... Ainda ando com ela. Inclusive, hoje à noite vamos beber alguma coisa no quarto dela... Posso perguntar a ela se posso levar duas amigas...

- Se ela souber que sou eu ou a Bia, vai querer te matar. – Ashley disse.

- Eu falo com ela. Não acho que ela vá se incomodar...

- Mas ela me odeia.

- Ela não te odeia. Você a odeia. Tá na hora de vocês resolverem isso, não acham?

- Sei lá... – Ashlely respondeu e chutou uma pedra com as botas Manolo pretas sem salto.

- Ash, ela não te odeia. Você que não suporta ela desde que ela começou a namorar o Joe.

- Nem me fala desse traidor. – Ashley falou com um pouco de raiva.

- Vocês já tinham terminado quando... Olha. A questão é que vocês precisam se entender... Essa história já durou tempo demais. – Bianca falou.

* * * 
- Então estamos entendidas? – Perguntei olhando para Ashley e Dayane.

- Sim. – As duas murmuraram segurando os seus copos de vodka com coca-cola.

- Quero ver um abraço. – Bianca falou.

- Não acha que está pedindo demais não? – Dayane perguntou. – Sem ofensas... – Ashley deu de ombros.

- Abraço. – Afirmei.

- Ah, vem cá... – Dayane abriu os braços e depois de alguma hesitação, Ashley cedeu.

- Então, meninas, o que vocês têm a dizer sobre a Giovanna e o Justin? – Ashley perguntou.

- Oi? Não entendi. – Eu disse.

- Ah, finge que não sabe... Todo mundo sabe que vocês ficam perfeitos juntos. – Bianca disse bebeu um gole do seu copo.

- Ah, gente que nada haver. Somo só amigos.

- Amigos não transam...

- Vocês transaram? – Bianca e Ashley perguntaram juntas quase cuspindo a bebida. Eu fuzilei Dayane com os olhos e ela virou para as meninas, fingindo que não viu. Vaca.

- Se eu quisesse que as pessoas soubessem, teria colocado no mural de avisos do refeitório. – Respondi

- Transaram ou não? – Bianca perguntou, me ignorando.

- Sim... – Respondi e bebi um gole do líquido de cor indefinida no meu copo.

- E aí, ele é bom de cama? – Ashley me perguntou sem a menor cerimônia me cutucando nas costelas.

- Isso a Dayane também pode responder. – Pisquei sarcasticamente pra ela. Doce revanche.

- Se posso. – Ela respondeu.

- Ele é ou não? – Bianca, sendo direta.

- Sim. – Eu e Dayane falamos juntas e nos olhamos rindo.

- E o que ele fez que você mais gostou?

- Que pergunta é essa Ash? – Ela arqueou as sobrancelhas num sinal de que era uma pergunta pra eu responder. - Sei lá... Acho que é que ele sabe ser carinhoso e sabe exatamente como te excitar... Os lugares e como tocar... – Acho que estou falando demais.

- Cara, contem mais... – Ashely disse nos olhando atenta, assim como Bianca. Quando percebi que elas iam ficar perguntando, resolvi falar logo.

- Então, eu estava na casa da minha amiga Brett...


Oi lindas! Tudo bem com vocês. Obrigada pelos comentários, antes de tudo. Cada um é mais que importante pra mim. Espero que tenham gostado deste e que continuem acompanhando e comentando aqui, ok? E pra quem é Directioner, essa fic da minha amiga, Mari é muito show. Beijos com chantilly pra vocês. Gi!

sábado, 1 de junho de 2013

No regrets - Capítulo dezesseis

Eu não conseguia parar de olhar para o novo professor de História, o Sr. Salvatore. Austin Salvatore. O sotaque puxado sulista inglês dele era muito fofo, e sem falar que ele era lindo. Os cabelos pretos e incríveis e profundos olhos azuis combinavam perfeitamente como tom de pele maravilhoso dele. Ele se vestia tão casualmente, como se fosse para um Happy Hour, sendo que estava indo para uma sala de aula cheia de adolescentes irritantes discursar sobre Theodore Roosvelt, presidente dos Estados Unidos ou de sobre Hitler e o nazismo. Analisei a sua mão sem aliança e me perguntei como um homem lindo, inteligente e eloquente não tem esposa?

- Hm... Eu tenho que passar uma informação a vocês. Se eu lembrasse qual era essa informação. Um segundo. – Ele foi ate a mesa dele, folheou uma agenda e voltou a falar. – Como todos sabem, todos os anos um aluno de cada série do Ensino Médio é convidado a participar do Comitê Disciplinar junto com outros professores. Sem nem mesmo vocês saberem, nós já escolhemos, por critério de nota, comportamento dentro e fora de sala, e participação nas aulas, quem vai ser o aluno do segundo ano. Cadê a Giovanna Smith? – Meus olhos se arregalaram, e eu afundei na cadeira.

- É ela aqui. – Justin apontou pro lado e eu gesticulei um “você tá maluco?” com a boca pra ele. Austin caminhou até a minha carteira e eu percebi que ele tinha um cheiro maravilhoso.

- Parabéns. – Ele apertou a minha mão. – Passa na minha sala pra eu te dizer quando e como são as coisas no CD... Perdão, Comitê Disciplinar. – Ele sorriu. Ah que sorriso lindo. Ele devia ter uns 23 anos e já dava aulas de história geral numa escola como a Waverly, super conceituada.

- T-tudo bem. – Aff, eu tinha que gaguejar? Ele sorriu, foi lá pra frente e voltou a dar aula, me fazendo corar todas as vezes que direcionava o seu olhar pra mim.

* * *

Coloquei as minhas sapatilhas Rock&Republic pretas e básicas, calças Jeans John John e blusa Burberry branca. Tentei parecer o mais responsável possível. Ashley e Bianca adentraram pela porta rindo de alguma coisa e me olharam

- Vai onde? – Ashley perguntou. Foi a primeira vez que ela me perguntou alguma coisa.

- Er, me escolherem pra participar do CD... Estou indo pegar as instruções com o... Sr.Salvatore, na sala dele. – Elas se entreolharam e sorriram.

- O Austin? Aquele professor gato de história geral? – Bianca perguntou, parecendo interessada em alguma coisa que eu disse.

- É... – Me olhei no espelho novamente e saí o quarto. – Hm... Tchau. – Sim, eu sabia que era apenas uma coisa simples, mas eu me sentia fod* do mesmo jeito.

* * *

Bati na porta do Sr. Salvatore e ele abriu para eu entrar.

- Oi... Giovanna, né?

- Sim. – Dei um sorriso tímido.

- Pode se sentar. – A sala dele era toda bagunçada, as coisas ainda em caixas, mas tinha um toque inglês superforte. As cortinas marrons padrão da Waverly iam até o chão. Sentei-me numa poltrona de couro e esperei ela falar alguma coisa.

- Então, você estuda há muito tempo aqui?

- Não... Esse é o meu primeiro ano aqui.

- Está gostando da Waverly? – Ele perguntou.

- Sim, é bem legal...

- Quer café? – Ele perguntou colocando uma xícara pra ele.

- Não, obrigada.

- Eu preciso de café, só assim para lidar com isso. – Ele apontou pra uma papelada que eu julguei serem provas. Ele sorriu e bebeu um gole do café. – Ah, sim. As instruções do CD.

- O que exatamente um membro do CD faz?

- Um CD, aluno, basicamente nos ajuda a melhorar as nossas atividades como professores, ajudando a dinamizar as aulas e torna-las mais interessantes para os alunos, amentando o nível de aprendizagem... – Ele olhou pra cima, parecendo estar tentando se lembrar de alguma coisa. – Tem mais alguma coisa que eu esqueci. Eles me fizeram gravar essa resposta quando um aluno perguntasse isso, mas não funcionou.

- É, pelo visto, você algum problema com memória. – Ele riu. Os dentes dele eram tão brancos que eu me perguntei se ele já havia feito clareamento e se um dia eu ainda poderia sentir o seu hálito bem perto de mim... Sei que pode ser nojento e louco, mas ele causou isso em mim.

* * *

- Ok, não aguento mais, não dá pra ficar sem falar com você. Ainda mais agora que eu soube que você teve uma reuniãozinha com o Austin Lindo Salvatore... – Dayane disso irrompendo pelo me quarto. Ainda bem que Ashley não estava.

- Como você sabe? – Perguntei.

- Especulações de alunas enxeridas... Mas diz, o que vocês fizeram?

- Eu só fui receber informações do CD. – E rir com ele e das piadas sem graça dele, conversar sobres filmes e livros diferentes, acabar comendo uma pizza que ele pediu pra entregarem na sala dele, rir mais um pouco, analisar mais os seus traços perfeitos, pedir conselhos, conversar sobre os meus pais, conversar um pouco sobre o que eu quero fazer depois que eu me formar, conversar sobre o meu gosto musical, que é bem parecido com o dele... Pensei. – Só isso.

- Hm... Sei... Mas e aí, recebeu alguma notícia dos seus pais? – Ela perguntou jogando-se na minha cama com os pés pra cima, pegando uma almofada e colocando no colo.

- Nem fala... – Sentei-me do lado dela. – Ainda não tô acreditando nessa história toda de traição.

- Eu que o diga.

- Ah, Day. Eu já te pedi desculpas... Foi o calor do momento e aquela coisa toda de ele ser meu melhor amigo e estarmos ali juntos, eu estar muito perto dele e... – Parei de falar quando percebi que eu estava quase narrando o que aconteceu.

- Eu sei que pode parecer estranho escutar isso... Mas já pensou na hipótese dele gostar mesmo de você e você também gostar dele, só que nenhum dos dois sabe disso? – Ri alto e quando voltei ao normal, percebi que não era uma piada. Não era ao menos pra ser engraçado, ela estava séria.

- Claro que não... Ele é o meu melhor amigo, não tem essa de gostar dele.

- Tem certeza? Se você não gostasse dele, não teria tido a sua primeira vez justo com ele. – Fazia e não fazia sentido o que ela dissera. Fazia sentido porque a gente só perde a virgindade com uma pessoa que amamos e não fazia sentido porque ele era o meu melhor amigo, ora essa.

- Você está me confundindo...

- Tá... Vamos esquecer isso, ok? Eu estava a fim de dar uma volta pelo campus, mas já está tarde. Quer ver um filme? Britany comprou uns filmes novos... – Britany era a colega de quarto da Day. Aceitei e fui ver o filme com elas.


Oi gataaaaaaas! Cara, eu tenho que contar uma coisa pra vocês. Hoje, antes de postar, eu estava olhando o meu Facebook e aí uma menina, Caroline Konoshi, mandou uma mensagem inbox pra mim dizendo que amava a minha finfic e que me admirava. Carol, se você está lendo isso, eu quero te agradeço demais por isso. Obrigada por falar, só quem escreve sabe como é bom ler cada comentário das leitoras. É isso, lindas. Espero que tenham gostado e estou com forças novas para postar mais capítulos pra vocês. Beijos em cupcakes. Gi!