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quarta-feira, 31 de julho de 2013

No regrets - Capítulo trinta e e quatro

                                                                        * * *
Os dias seguintes foram uma tortura. Todas as vezes que o telefone tocava eu saia correndo pra atender esperando um “Você foi aceita na Faculdade de Princeton, deseja confirmar a matrícula?”. E todos os dias eu ia buscar a correspondência logo pela manhã esperando uma carta com o símbolo de Princeton dizendo “Giovanna Smith, você foi aceita na Faculdade de Princeton, envie o formulário preenchido anexo no envelope para confirmar a sua matrícula”. Ou eu ficava apertando F5 na minha Caixa de Entrada para ver se tinha algum e-mail de Princeton. Justin estava exatamente do mesmo jeito que eu. Checando e-mails, pegando a correspondência, correndo para atender telefonemas. Esses dias têm sido uma loucura para nós dois. Nem tivemos tempo de sair com os nossos velhos amigos porque eles também estão preocupados com faculdade. Só a Beatrice que não recebeu resposta de Havard. Noah vai para Albuquerque, Chad para New Heaven. Mas Brett só está esperando a hora para voar direto para a faculdade que ele tanto sonhou: Oxford. Só que fica na Inglaterra, o que quer dizer que nos veremos menos ainda. A minha carta de Julliard tinha chagado.

E eu havia sido aceita.

Mas eu tinha que enviar o formulário pra confirmar a matrícula, mas eu estava meio em dúvida se mandava ou não, porque era o meu plano B secreto se Princeton desse errado. Deixei a carta na minha cômoda. Justin ia vir aqui hoje, tem tempo que a gente não fica junto. Quando ele chegou, a minha mãe falou pra ele que podia subir que eu estava lá em cima. Fui encontrar com ele na escada e tive tempo de escutar a minha mãe dizendo:
- Se quiserem preservativo, peçam... – Claro! Com certeza eu pediria para a minha mãe um preservativo. Tipo, “Mãe, vou transar com o Justin me dá um preservativo?”.

* * *

- Então... Já recebeu a resposta de Princeton? – Eu perguntei enquanto ele mexia no meu cabelo. Ele estava sentado no tapete lilás do meu quarto encostando-se a minha cama e eu estava deitada em cima de uma almofada sob o colo dele. A gente estava escutando Ever Enough do A Rocket to the moon
- Ainda não... E você? 
- Também não... – Eu me levantei e sentei na cama e ele ficou andando pelo quarto e parou na frente da minha cômoda, pegou o papel de Julliard e leu.
- Julliard? – Ele perguntou olhando para mim com o papel na mão.
- Meu plano B...
- Julliard? Cara, você fez prova para Julliard e nem me disse nada?
- Mas era só o meu plano B...
- Mas você não me avisou. E se você não passar em Princeton e eu sim? E se você for para Julliard?!
- Justin, calma, eu não vou fazer nada até eles falaram alguma coisa.
- E se não falarem nada? Você faz as malas e vai para Julliard sozinha?! E os nossos planos?
- Você acha mesmo que abandonaria você? – Perguntei franzindo a testa e ele não respondeu por alguns segundo.
- Não... Desculpa, amor, eu só achei... – Ele se sentou ao meu lado.
- Tá tudo bem...
- Não. Desculpa...
- Justin, tá tudo bem... – Sorri fraco pra ele, coloquei a minha mão no seu rosto e dei-lhe um beijo.
* * *


Eu escutei batidas frenéticas na porta de casa quando eu estava vendo Bob Esponja na sala. Fui atender e era o Justin com um sorriso enorme na cara. Eu já sabia o que era.
- Eles te ligaram?! – Perguntei e ele assentiu ainda sorrindo e me abraçando. - Parabéns! Ai, que ótimo, amor! Nossa. Fiquei até sem reação.
- Um beijinho cai bem, não acha? – Ele disse e eu dei um selinho nele. Quando eu vi meu pai estava na porta da sala nos olhando. Admirando, porque somos lindos e brilhamos Like diamonds in the sky. – Oi, Sr. Smith.
- O que aconteceu? Você sempre me chamou de Theodore... Só porque está namorando a minha filha, não quer dizer que não possa mais me chamar pelo nome.
- Tudo bem... Theodore. – Meu pai sorriu e veio cumprimentar o Justin.
- Então quer dizer que você passou para Princeton?
- Exatamente...
- Meus parabéns, garoto...

* * *


- E Princeton, filha? – Meu pai perguntou quando estávamos jantando no dia seguinte.
- Ah, pai... Eles ainda não ligaram e o último dia é hoje...
- Mas você fez prova para Julliard e passou. – Minha mãe disse tentando me tranquilizar, mas eu realmente só queria ia para Julliard como última opção.
- Eu sei, mas o Justin via para Princeton e eu vou para Julliard?
- Ah... Então o Justin é um impedimento? – Meu pai perguntou.
- De jeito nenhum, mas agora que a gente está junto eu não queria ir para um lugar ficar durante cinco anos onde ele não esteja. – Meu pai riu. – O que foi?
- Não sei... É engraçado...
- O que? – Perguntei de novo.
- O garotinho que vinha brincar aqui em casa há seis anos agora está namorando a minha filha.
- Ela já gostava de mim há muito tempo... – Eu falei lembrando-me da casa de praia em Miami. – Como eu não percebi?
- Cá entre nós, você sempre foi meio lentinha. – Meu pai falou. Meu pai. Eu ri.
- Não importa se você vai para Princeton ou Julliard, mas eu vou sentir tanto a sua falta... – Minha mãe disse.
- Eu também vou sentir sua falta, mãe... E você também, pai...
- Filha, você vai querer mais mac... – Minha mãe foi interrompida por o som do telefone tocando. Entreolhamos-nos por dois segundos.
- Vai atender, menina! – Minha mãe disse. Eu levantei rápido da cadeira e tropecei no pé da mesa, caí e me levantei rápido do chão, estava muito esbaforida pra me preocupar com o meu dedinho que vive batendo em quinas de móveis pela casa.
- A-alô? – Falei ajeitando o meu cabelo que caia na minha cara e colocando para trás da orelha que não estava pressionada no tefone.
- Olá. Posso falar com a Srta. Smith? – Eu comecei a tremer. Sou eu. Minha mãe é senhora, eu sou senhorita.
- P-pois não? Sou eu. Pode falar.
- Olá. Boa noite. Aqui é da Universidade Princeton, em New Jersey...
- PRINCETON?
- Sim... – Ela deu um risinho abafado ao telefone. Deve estar acostumada com esse tipo de reação. – Estamos ligando para informar que a sua prova foi corrigida e você acertou 95% dela. Isso quer dizer que você foi aceita na Universidade Princeton. Parabéns.
- AIMEUDEUS! CÊ TÁ BRINCANDO?
- Não, senhorita.
- Mano, pode me chamar de amiga. – Afastei um pouco o telefone do ouvido e olhei para os meus pais na mesa sorrindo. – PASSEI, MANOS! – Voltei a colocar o telefone no ouvido. – O-o que eu preciso fazer para c-confirmar a matrícula?
- Então. Nós enviaremos um formulário de confirmação da matrícula para o seu endereço e você envia para o remetente com o formulário preenchido. Então, mandaremos as outras informações pelo seu e-mail quando o seu formulário chegar.
- T-tudo bem. Obrigada.
- Obrigada você e boa-sorte.
Voltei para me sentar à mesa ainda sem reação.
- Parabéns, filha! De verdade! Não acredito que a minha filha vai para Princeton. – Minha mãe disse segurando a minha mão que ainda estava um pouco trêmula.
- Tá esperando o que? Vai contar para o seu namorado! – Meu pai disse.
- É mesmo! O Justin! – Saí da mesa, e tropecei de novo, como é de praxe, murmurei um “merda”, levantei e saí correndo pela porta. Atravessei a rua correndo e bati na porta da casa dele. A tia Pattie atendeu.
- Oi, querida. O Justin está na sala vendo TV, pode entrar.
- Obrigada! – Eu disse, tentando não assustá-la.
- Oi, amor. Tudo bem? – Ele perguntou calmo.
- Muito! Justin, eles acabaram de me ligar, eu passei para Princeton! – Eu disse abraçando-o.
- Parabéns, amor! Nossa! Dá pra acreditar?! Vamos para a faculdade juntos! Uma chance em um milhão!
- Eu sei!
- Eu estou orgulhoso de você, sabia? – Ele disse e me deu um beijo na testa.
- Agora eu fiquei sabendo. – Eu sorri e dei um beijinho nele. – Vamos lá pra cima...
- Se eu soubesse que a gente ia transar sempre que acontecesse uma coisa boa, eu faria da sua vida uma alegria eterna.
- Ok, isso foi fofo e excitante... Vem... – Eu o chamei subindo as escadas. Ainda bom que a Pattie não estava lá embaixo.


Hello, sunrises! Tudo bem com vocês? O que estão achando da história? Diga aqui, ok? Não tem quase nada pra falar aqui hoje, mas se tiver alguma coisa eu falo no próximo. Beijos com ganashe.
PS: Sandra, eu li o seu comentário e muito obrigada mesmo! Fiquei curiosa, você é de qual país?
PS2: A música do começo é perfeita. Vale muito a pena escutar e o clipe é emocionante. É uma das minhas favoritas, com certeza.

domingo, 28 de julho de 2013

No regrets - Capítulo trinta e três

And we can’t stop. And we won’t stop. Can’t you see it’s we who own the night. Can’t you see it’s we who bou’t the life.

A música We can’t stop,da Miley Cyrus berrava nas caixas de som da boate Dizzy’s Club. O espaço que conseguimos fechar estava maravilhoso. As luzes roxas e vermelhas piscando e a música combinavam perfeitamente. Mas não só por causa disso que eu não queria sair mais de lá. Eu sabia que quando eu saísse e amanhecesse eu teria que voltar para o Canadá e estaria tudo acabado mesmo. A prova para Princeton é daqui a dois dias e hoje foi o único dia que eu não fiquei pelo menos uma hora estudando. Justin e eu temos nos preparado há meses para essa prova, não sei o que eu vou fazer se não passar para Princeton. Mas, mesmo que ninguém saiba, apenas os meus pais e as meninas, eu também fiz uma prova para Julliard e eles ainda não me responderem. Eu estava sentada no bar esperando o barmen terminar de fazer a minha bebida. Sempre gostei de barmens, acho legal o jeito deles fazem as coisas sem deixar cair quase nunca.
- E aí, amor. Tá fazendo o que aqui? – Justin disse segurando a minha cintura por trás e quase berrando no meu ouvido por causa da música alta.
- Esperando a minha bebida. – O barmen me entregou um copo com uma bebida rosa clara, quase transparente por causa da vodka e um canudo preto. – E pensando um pouco.
- Pensando em... – Ele disse indo se sentar comigo nos banquinhos no canto da boate.
- Princeton...
- Calma. Preparamos-nos tanto, vai dar tudo certo, ok?
- Espero que dê mesmo.
- Agora que eu não sou mais seu amigo. Eu posso te consolar de outras formas...
- É? – Perguntei sorrindo.
- Uhum. – Ela disse, passou as mãos na minha cintura e me fez encostar no sofá de couro vermelho e depois me beijou. O beijo de Justin entrou na lista das melhores coisas do mundo que está organizada mais ou menos assim.

1- Balas Razzle
2- Verões quentes só com os meus amigos.
3- Churrasco brasileiro
4- Solos de guitarra e Demi Lovato
5- Beijos do Justin
6- Músicas com vibe de festa, vibe forever youg e vibe nós somos livres
7- Casa de inverno da Brett
8- Viajar
9- Chocolate quente do Starbucks
10- Fondue de morango com chocolate.

Fomos interrompidos por um retardado chamado Noah.
- Vocês vão ficar se comendo mesmo ou vão tirar a foto da turma e aproveitar a noite toda que temos pela frente?
- Vem, Justin! – Eu disse me levantando e puxando Justin para tirar foto.
Depois, nós fomos dançar, porque afinal de contas, a noite é uma criança e toda criança cresce, mas nós podemos ser jovens para sempre, é nossa escolha ser jovem por opção.
* * *
No dia seguinte, todos nós estávamos no aeroporto. Cada um para a cidade de onde veio. Dayane vai voltar para Atlanta. Ashley vai para o Arizona. Bianca para Carolina do Sul. Noah fica por aqui mesmo, ele é de São Francisco. Eu e Justin vamos voltar para o Canadá.
- Vou sentir a sua falta, amiga...  – Eu disse para a Dayane quase chorando. Mentira. Eu estava chorando. Eu sabia que isso ia acontecer então nem passei maquiagem. Tá certo, só um rímel a prova d’água.
- Também vou, amiga. Ainda tem o meu número do Skype? – Ela perguntou choramingando.
- Tenho. Me passa o das meninas...
- Claro... – Ela me abraçou e depois eu fui falar com Ash e Bia. Depois fui falar com Noah, que eu nunca pensei que veria chorando.
- Vou sentir a sua falta, seu irritante do cacete. – Eu falei pra ele rindo e depois o abracei.
- Tchau, gostosa... – Ele disse secando uma lágrima do rosto.
- O Justin está ali, tá?
- É, eu sei. Tomara que ele escute e nunca te deixe escapar. – Eu sorri pra ele e finalmente. Entrei na sala da espera, mas apenas o meu corpo estava ali, o meu coração tinha sido repartido e deixado um pedaço com cada um que estava prestes a seguir para a próxima fase chamada: resto da vida. Minha mãe costumava dizer isso, que a vida é dividida em quatro partes: Infância, adolescência, colegial e resto da vida. E lá vamos nós rumo primeira parte da última fase das nossas vidas.
* * *
- Boa sorte, Justin...
- Boa sorte linda, vamos conseguir, ok? Preparamos-nos para isso e vamos conseguir o que queremos. Princeton é o nosso sonho, certo?
- Tudo bem. Vamos conseguir. – Entramos na sala para realizar a prova que tinha duração de três horas. Nem um minuto a mais e nem um a menos, a não ser que você tenha terminado o exame. Pelo menos é o que dizia no papel de instruções que colaram na porta da sala. Eu e Justin ficamos em salas diferentes por causa de ordem alfabética, mas eu não me atreveria a colar, ser pega e estragar a minha chance de entrar para Princeton.
- Guardem os aparelhos eletrônicos porque a prova vai começar. – Um senhor que devia ter uns 52 anos de idade distribuiu as provas para nós. Além do senhor, havia mais três pessoas na sala, impossibilitando qualquer tentativa de algum aluno olhar para a prova de outra pessoa.
* * *
- O que achou da prova? – Perguntei enquanto caminhávamos no shopping tomando sorvete depois de fazermos a prova.
- Estava normal... Nem fácil, nem difícil. – Ele respondeu. Ficamos um pouco em silêncio e nos sentamos num banco. Mais silêncio. Mas de alguma forma, eu não ligava.
- Você tem um plano B?... Você sabe, se Princeton não der certo...
- Não sei direito... – Entrelacei os meus dedos nos dele.
– Está pensando em que? – Ele me perguntou com o olhar fixo no nada depois que eu sorri.
- Sei lá... É engraçado... A gente sempre teve toda a vida planejada e de repente, o nosso futuro está na nossa frente e nós esquecemos os planos que fizemos durante toda a vida.
- É que a gente quer planejar tudo antes... Tentar ser vidente, sabe? Seres humanos tem um complexo de querer dominar o futuro... Não sei bem o por quê...
- Na verdade, eu não gostaria de cuidar do futuro... Só saber o que vai acontecer, pra ter certeza que é realmente o que eu quero... Sabe, se eu continuar seguindo esse caminho onde vai dar. Saber pra eu poder mudar se eu vir que não vai dar certo.
- Como assim? – Ele olhou franzindo a testa.
- Sei lá... Se eu pudesse descobrir o que eu estaria fazendo daqui a 15 anos, por exemplo. Se eu me formar em Artes Cênicas em Princeton, e virar uma atriz profissional. O que vai acontecer depois? Será que eu vou conseguir me manter? Se eu soubesse que alguma coisa vai dar errado, eu mudaria algo agora pra dar certo...
- Pois eu não mudaria nada...
- Não? – Perguntei olhando pra ele.
- Não... Certo ou errado... Eu poderia morrer de fome embaixo de uma ponte, mas se eu estiver com você, está tudo certo.
- Nossa... Uma declaração um tanto exagerada pra alguém que está namorando há pouco tempo...
- É que eu fiquei 17 anos esperando pra dizer alguma coisa dessas pra você, agora é a hora de dizer o que eu fiquei sentindo todo esse tempo, não acha? – Apenas dei um beijo em sua bochecha e fiquei com a cabeça encostada no seu ombro. Eu queria ter controle do meu futuro, mas às vezes, parece que ele já começou...
(Créditos, High School Musical 2, haha)

Hello sweethearts! Gostaram do capítulo? Está chegando o capítulo onde, de novo, a vida deles vai dar uma guinada no destino. E não, ela não vai engravidar, os dois são muito ajuizados(kkkk, só que não). Mas emfim, continuem acompanhando, obrigada demais pelos comentários no último post. Beijos de fondue de chocolate pra vocês, Gi!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

No regrets - Capítulo trinta e dois

* * *
- Ai, Dayane! Porr*! – Eu gritei quando ela puxou o meu cabelo. Ela estava passando chapinha no meu cabelo e a Bianca pintando as unhas da Ashley.
- Ficar bonita dói. Para de reclamar. – Dayane respondeu pegando outra mecha do meu cabelo.
- PORR*, BIANCA! TÚ TÁ CAGANDO COM A MINHA CUTÍCULA!
- Fica quieta. Eu sei o que eu tô fazendo, para de ser fresca, vadia. – Ah, o doce som da nossa amizade. Onde chamar amiga de vadia é melhor que chamar de querida.
Baby when they look up at the sky, we’ll be shooting stars just passing by
Escutei o meu celular tocando Neon Lights da Demi, alguém me ligando. Pedi para a Bianca pegar o meu celular em cima da mesa, mas ela mandou eu me fod*er porque ela estava fazendo a unha da Ash. Vaca. Levantei, peguei o celular e a atendi o Justin.
- Oi, Jus...
- Oi, amor... Tá fazendo o que?
- O cabelo... Por que?
- Ah, só pra saber. Cara, você vai ficar muito arrumada?
- Sei lá, cara.
- É porque eu aluguei um terno...
- Mas é isso mesmo.
- Ah tá, então tudo bem... Te vejo lá no auditório, baby.  
- Ok, beijos bebê
- Hm... Tá chamando de bebê já? Vocês começaram a namorar ontem!
- E? Não posso chamar o meu bebê de bebê?
- É só porque ela está sem par... – Dayane provocou.
- Não estou nada! – Ela se defendeu. – Eu vou com o Christian...
- O que? Ele te chamou?
- Chamou... – Ela disse continuando a pintar a unha da Ash. Peguei uma almofada e joguei nela. Que borrou a unha da Ashley de esmalte vermelho.
- Cacete, cara! Que foi, agora? – Ela perguntou.
- Por que você não contou pra gente? Que ele tinha te chamado? – Perguntei pra ela
- Ah, sei lá, cara, eu esqueci...
- Como você esquece isso, animal? – Dayane perguntou, doce como sempre.
- Ah, sei lá... Vai fazer o cabelo dela, vai...
- É. Vai. – Eu disse. Ela revirou os olhos e continuou fazendo o meu cabelo.
* * *

Finalmente, quando ela terminou de fazer o meu cabelo, eu fiz o dela e fui colocar o meu vestido, lindo, divo e meu. É esse aqui:



















Finalmente, quando ela terminou de fazer o meu cabelo, eu fiz o dela e fui colocar o meu vestido, lindo, divo e meu. É esse aqui:
Parece simples, mas é de seda, porque eu sou uma diva. Ok, o mais barato foi o vestido, mas eu quase tive que vender um rim pra comprar esse sapato.
- Estamos prontas? – Dayane perguntou, mas no fundo a pergunta foi: Vocês estão prontas para se despedir de tudo?. Nós assentimos. – Foto oficial, coloquem os celulares no timer. – Ajeitamos os nossos celulares em cima da mesa, corremos para a frente da câmera, fizemos uma pose e o celular bateu a foto. E estava com uma put* vontade de chorar, só não deixei as emoções extravasarem porque eu demorei pra fazer a maquiagem. Nós quatro postamos a foto no Instagram com a legenda A night to remember. Sim, exatamente igual a música do filme High School Musical. Eu ainda amo esse filme.
- Vamos descer? Já deve ter gente lá em baixo. – Bianca disse.
- Vamos logo para o auditório. A colação de grau vai ser lá.
- Ah sim... Meus pais conseguiram vir. – Eu disse.
- Isso e ótimo! – Ahsley disse. – Eles ainda moram no Canadá, né?
- Moram...
 Descemos as escadas divando. Senti-me uma princesa da Disney. Justin me encontrou lá embaixo no hall. Dei um sorriso e fui ao encontro dele. Estava lindo. Um terno preto, sapato social e uma gravata que estava meio desarrumada, que depois eu ajeitei. Entramos no auditório e antes de subir no palco, fui falar com os meus pais. Juntos.
- Oi, pai! Oi mãe! Cara, eu estava morrendo de saudades de vocês! – Eu disse e os abracei. Pattie e Jeremy também estavam lá.
- Também estávamos, minha linda. Não acredito que você vai se formar. A prova de Princeton? Já sabe pra que vai fazer?
- Sim, já vou me formar. E vou fazer para artes cênicas.
- Por que você entrou de mãos dadas com o Justin? – Enquanto a minha mãe queria saber de coisas mais de escola, meu pai vem me perguntar porque entrei de mãos dadas com o Justin.
- Bom... Eu ia falar isso mesmo. – Virei para Justin e o chamei. Ele veio até o meu pai e a minha mãe, cumprimentou os dois e voltou a me dar a mão. Depois a tia Pattie e o tio Jeremy – É que a gente está namorando...
- Isso, filhão! – O Jeremy disse dando um tapinha nas costas de Justin.
- Então quer dizer que o Justin é o meu genro? – Meu pai perguntou.
- É... Agora é... – Eu respondi.
- Meus parabéns. – Meu pai disse e apertou a mão de Justin bem forte. Palhaço. – Cuida bem dela, hein, cara. Tenho objetos de tortura muito avançados na garagem...
- Pai! – Eu disse.
- Querida, vou adorar ter você como nora. – Pattie disse. Ela é tão simpática com todo mundo. Como ela consegue?
Formandos, favor dirijam-se para as cadeiras no palco para o início da cerimônia de colação de grau.
Uma voz de alguma autoridade que eu não reconheci disse no microfone. Depois fomos até o palco e sentamos. A cerimônia começou, não é por nada não, mas foi um saco! A única parte legal foi quando passaram os nossos vídeos que nós gravamos ao longo do ano. Não precisa nem falar que eu chorei, né? Depois disso, a Sra. Stevens chamou os formandos para receberem os diplomas. Um por um. Eu só prestei atenção nas pessoas que eu me importava.
- Ashley Clark. – A Sra. Stevens a chamou e ela foi caminhando até a Diretora Francis para receber o diploma. – Yale, Direito. – Ashley pegou o diploma, fez uma pose para a foto e voltou quase saltitando para a cadeira.
- Bianca Flower. Satanford, Ciências Naturais.
- Dayane Barreto. Adams State College, Criminalística.
- Giovanna Smith. Princeton, Artes Cênicas. – Suspirei lentamente. Eu passei a minha vida toda pensando como seria ir pegar o meu diploma, sempre treinei para saber o que fazer lá na hora. Apesar dos aplausos que eu vindo das pessoas, eu não escutava nada. Respira. Esquerda. Direita. Sorriso. Respira. Esquerda. Direita. Pega o diploma. Não chora. Sorri para a foto. Volta para o lugar. Localiza os pais chorando na plateia. Terceira fileira.
- Obrigada. – Gesticulei com a boca para os melhores pais do mundo inteiro que sempre me apoiaram.
- Justin Drew Bieber. Princeton, Música. – Ele sorriu pra mim e foi pegar o diploma.
 Apesar de não termos recebido nenhuma resposta, eles falam a faculdade para a qual fizemos provas.
* * *
- A todos os formandos, parabéns por cumprir essa etapa tão importante da vida de vocês. Sucesso! – A Sra. Stevens disse. – Podem jogar os chapéus. – Ela disse e todos nós jogamos os chapéus brancos para cima gritando e comemorando. Dentro da minha cabeça, eu escutava uma voz dizendo:
Missão Cumprida. Próxima fase, Princeton.
* * *

Hello sunshines! Tudo bem com vocês? Estão gostando de No regrets? Bom, eu já comecei a escrever a minha outra história e estou fazendo com bastante calma pra poder ficar melhor pra vocês. Dependendo de quantos comentários tiver no último capítulo de No regrets, eu vou começar a postar a outra história que ainda não tem nome e nome vocês que vão decidir. Eu darei a sinopse e depois vocês escolhem o nome, ok? Mas por enquanto, a sinopse ainda é segredo, mas logo logo eu posto. Beijos de menta pra vocês. Gi!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

No regrets - Capítulo trinta e um

- E a faculdade, meninas? – Bianca perguntou, séria e com uma cara horrível.
- A prova de Princeton é mês que vem... Artes Cênicas. Mas ainda não recebi respostas de Julliard.  – Eu disse. – É depois do baile...
- Eu fiz prova pra Yale... Direito. – Asheley disse, olhando para o chão.
- Eu já falei com vocês... Eu vou para Stanford... Ciências Naturais. – Bianca disse. – E você, Day?
- Adams State College... Criminalística. – Falar sobre faculdade nunca é uma coisa fácil porque envolve se separar das suas melhores amigas, da sua família, da sua zona de conforto para encarar um mundo completamente diferente.
- Como a gente vai se encontrar? – Perguntei. – Princeton fica em New Jersey. A Bianca vai para Stanford que fica na Califórnia. A Dayane vai para a Adams, no Colorado. Ash, você vai para Yale, Connecticut...
- Nós vamos dar um jeito... Nós sempre damos... – Dayane disse.
* * *
- Então, nós somos do Comitê de Formatura e a gente está aqui pra passar os detalhes finais da festa, ok? – Emily, Trisha, Matt e Paul estavam lá na frente falando sobre a formatura do terceiro ano. – Vai ter a colação de grau, onde os nosso pais vem para cá, e depois eles fazem o que eles quiserem. E depois tem a festa de formatura que vai ser naquela boate em San Francisco que nós fechamos para fazer a festa e fica à quarenta minutos daqui. Para chegarmos e sairmos de lá, alugamos um ônibus. Espero que vocês gostem, aproveitem e divirtam-se.
- Cara, essa festa vai ser show. – Noah virou-se para o lado e falou com Justin. – Vou pegar muita mina.
- Mina? – Perguntei
- É. Peguei a mania de brasileiro de falar isso.
- Entendi...
* * *
- Meninas, qual eu levo? – Perguntei para Ash, Day e Bia. Estávamos numa loja de vestidos em Rhinecliff comprando vestidos para a formatura, como sempre deixamos para comprar na última hora, a formatura é daqui a dois dias.
- O verde. – Elas disseram em uníssono.
- Ok... Então, eu vou levar o verde, moça. – Saímos da loja depois de pagarmos, com uma certa dificuldade de dar 300 dólares num vestido, mas superamos isso juntas. A verdade é que a Bianca quase chorou quando viu o preço do dela, 325 dólares. Mas era comprar aquele ou ir pelada para a festa de formatura, e cá entre nós, isso não seria permitido.
* * *
- Giovanna, eu tenho que te pedir uma coisa... – Justin me falou no refeitório e ficou em pé do meu lado. Noah gritou um “é agora”.
- Fala ué... – Acho que ele vai me pedir em namoro. Aimeudeus.
- Você quer ao baile comigo ir? – KKKKKKKKKKKKKKK, Harry Potter, é você?
- Oi? – Eu disse rindo.
- Baile. Eu. Você. Dançar. – Ele deu uma dançadinha. Ele não estava nervoso, só estava sendo engraçado. Eu ri. O jeito que ele me arranca sorrisos é tão fofo.
- Quero, Justin. Quero, sim... – Eu disse rindo pra ele. Ele pegou aquelas flores que a menina coloca na mão e colocou na minha. Era um lírio branco. Ele sabe que eu amo lírios, especialmente os brancos. Ele é o tipo de cara que se você conseguir, não vai querer largar nunca mais.
- Ué? – Noah disse quase gritando. – Não vai pedir pra namorar com ela, não, mocinha? – Ele gritou para Justin fazendo com que todos os pares de olhos dos alunos enxeridos da Waverly se estagnassem em nós e na mesa que estávamos sentados. Justin corou olhando para Noah com uma cara de se-preteja-porque-vou-arrancar-as-suas-bolas-com-um-alicate-de-noite. Eu só consegui dar um risinho, porque por mais que eu conhecesse Justin há séculos, mas isso era bem estranho. Justin ficou me olhando com a boca aberta como se quisesse falar alguma coisa, mas nenhum som saía da boca dele.
- Você não tem que fazer isso, tá? – Eu disse baixinho. Ele sorriu e corou mais ainda. Se ele corasse mais, viraria um tomate. Um tomate lindo, mas um tomate.
- Não. Eu tenho que fazer isso. Eu esperei 17 anos. Tempo demais, pra te deixar escapar de novo, fujona. – Eu só tive tempo de sorrir envergonhadamente. – Giovanna... – Ele pegou a florzinha que fica num vaso de acrílico no centro das mesas do refeitório, se ajoelhou do meu lado e segurou a minha mão. – Você é uma pessoa muito especial pra mim... De verdade. Hm... Eu te amo. Quer ser a minha namorada?
- Não precisava nem perguntar, né? – Eu disse, peguei a flor da mão dele, levantei-me e o beijei. As pessoas do refeitório aplaudiram e gritaram. Alguém separou a gente, quando olhei, era o Noah
- Até que enfim né, cara? Tava na hora já, tú não achava não? – Justin empurrou a cabeça de Noah rindo e voltou a me beijar. Sério, se alguma cigana falasse pra mim que eu e o Justin um dia iríamos namorar há 5 anos atrás, eu chamaria a mulher de maluca e começaria a rir. Descontroladamente. Ainda é meio estranho falar “Justin, o meu namorado”, porque ele foi o meu amigo a minha vida inteira e agora ele simplesmente sobe de cargo na minha vida. Assim, sem mais nem menos.
* * *
Eu e a Ashely estávamos fazendo as malas para ir embora. Cara, não acredito que eu vou sair da Waverly... Finalmente, arrumamos tudo o que tínhamos pra arrumar. Cada uma com duas malas internacionais e uma bagagem de mão. Fora as coisas que já mandamos para casa. Só restavam o nosso cobertor, o vestido da festa pendurado do lado de fora do armário.
- Então... É isso? – Perguntei. O quarto parecia tão vazio. Apenas o armário, as cômodas, as duas camas e a escrivaninha sem nada em cima. Apenas os nossos sapatos esperando para serem usados.
- Acho que sim... – Ela respondeu.
- Eu não quero ir embora amanhã... – Eu disse com já lágrimas subido aos meus olhos.
- Ai, não chora, linda, venha cá. – Ela me puxou, abraçando-a. Escutei a porta abrindo. Era a Dayane e a Bianca. As duas também estavam com cara de choro.
- Ai meu Deus, vocês também?! – Dayane disse. – Venham cá! – Nós nos abraçamos juntas dentro daquele quarto 302 que logo seria de outras Waverly Owls.
- Cara, ninguém aqui vai para de se ver. Juram? – Ashley disse.
- Claro. – Falamos juntas.

- Juramento de dedinho, senão não vale. – Bianca disse. Juramos de dedinho pela última vez.

Oi gatas! Desculpa não ter postado, eu estava viajando. Mas está aí o capítulo trinta e um pra vocês. Digam aí o que vocês acham que vai acontecer depois que ele forem embora da Waverly, o que eles vão fazer da vida, essas coisas. Beijos com açúcar, Gi!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

No regrets - Capítulo trinta

Todo mês, no meio do mês, a Waverly deixa os alunos irem até o centro de Rhinecliff para eles comprarem algumas coisas, comida, roupa, essas coisas... Eu apenas fui até a farmácia com uma autorização falsa da minha mãe e comprei remédios para dormir. Tem realmente muito tempo que eu não durmo. Muito mesmo. Quase não converso com as meninas e muito menos com Justin. Eu usei maconha algumas vezes nos dias que estavam realmente brabos, poucas vezes, mas usei. Também já usei ecstasy nas festas ilícitas que sempre tem aqui no campus. Quase fui pega bebendo e fumando. Nunca pensei que fosse chegar a esse ponto. Mas pelo menos as minhas notas não caíram e eu tenho uma boa chance de entrar em Princeton. Bom, o terceiro ano passou tão rápido, eu queria que durasse mais. De verdade. Já até acabaram as provas. Mas voltando a falar do Justin, eu estou indo no quarto dele agora para esclarecer as coisas. Eu acabei de fumar um pouco de maconha e espero que ele não perceba o cheiro quando eu falar.
 Bati na porta do quarto do Justin e ele disse pra entrar, ele e Noah estavam jogando videogame. Dei um sorriso tímido e entrei.
- Ah... Oi. – Ele disse olhando pra mim e voltando a olhar para a tela da televisão.
- Posso falar com você, Justin?
- Pode... Fala...
- Em particular? – Noah pausou o jogo e se levantou.
- Sem gozar na minha cama, ok? – O Noah não pode sair sem uma piadinha idiota. Depois que ele fechou a porta ficou um silêncio terrível e constrangedor dentro do quarto, coisa que nunca havia acontecido antes com a gente.
- Fala...
- Hm... Eu... Er... Eu queria pedir desculpas... – Ele estava me olhando de braços cruzados e com menos expressão que um tijolo. – Por seja lá o que eu tenha feito... – Eu olhei para os meus próprios pés. Não faço a mínima ideia de como me desculpar com o meu melhor amigo. Essa, na verdade, foi a primeira vez que ficamos sem nos falar por tanto tempo. E se você está se perguntando, não, eu não fiquei literalmente solitária, fiquei com a Trisha e a Emily, mas não é a mesma coisa que a Day, o Justin, Noah, Bia e Ash.
- Ok. Eu te desculpo. – Ele disse, mas ainda sim, tinha alguma coisa errada.
- Pode me explicar o que aconteceu? – Perguntei. – E pode, por favor, me explicar como você sabe de mim e do Austin?
- Quando a gente estava voltando da viagem, eu sentei na sua frente e você estava tão empolgada contando como foi a sua noite maravilhosa com o Sr. Perfeito que nem percebeu que eu estava escutando tudo. Mas eu nem liguei na hora, sabe? Pensei que você ia me contar já que somos amigos desde que nascemos. Mas aí passou um tempo e eu vi que se eu não tivesse escutado, eu nunca saberia porque você não ia me contar! – Ok, era verdade e eu não tinha o que falar.
- Ah! Já que é a hora do desabafo, vou falar também! Por que você me beijou aquele dia no feriado?!
- Deus! Você ainda lembra-se disso?
- Inacreditável! Como você não quer que eu lembre a minha primeira vez, idiota?! – Estávamos gritando, mas eu realmente não estava nem aí.
- Eu sei lá porque eu te beijei! Foi o impulso!
- Foi um impulso?! A minha primeira vez foi com um cara que fez tudo por impulso?!
- Não... Olha... Não foi impulso... Como eu posso dizer isso sem falar demais?
- Ah, quer saber?! Como você não percebeu que eu estava apaixonada por você? Que eu realmente gostava de você e que fiquei muito chateada quando você disse que gostava de mim como amiga?! Não te ocorreu que eu só disse a mesma coisa de você porque eu realmente gostava de você?!
- Eu só disse que não gostava de você porque eu achei que você também não gostava de mim! Ou você acha que eu tomaria a merd* da iniciativa de dormir com você mesmo eu não gostando?! Eu não sou louco e nem o tipo de cara que dorme com a menina por nenhum motivo! Você sabe muito bem!
- Você poderia ter me perguntado, porr*!
- Você nunca me responderia sinceramente! Ainda mais depois que você disse para as coisas voltarem ao normal! Aí que eu desisti de falar mesmo! E por que você acha que eu fiquei estranho antes de te beijar lá naquela casa de praia em Miami?! Quando a gente tinha 14 anos!
- Você já gostava de mim naquela época? – Abaixei o tm de voz.
- Claro. Eu sempre gostei de você, cara. Sempre. Mas eu nunca disse nada porque achei que não era recíproco. – Eu engoli em seco. – Por que você acha que eu fiquei todo esse tempo sem falar com você e chateado depois que eu descobri que você tinha dormido com o Austin? O nome era ciúmes. Eu achei que não tinha como competir com ele e resolvi guardar a porr* do sentimento comigo.
- Você ficou com ciúmes de mim com o Austin? – Senti a minha bochecha corando.
- Claro, ele é mais velho, mais bonito e mais inteligente. Tem um senso de humor intelectual e impecavelmente perfeito.
- Por que você não me disse isso antes?
- Eu já disse que eu não sabia se você gostava de mim...
- Mas...
- Ah, cala a boca. – Ele deu um passo grande que acabava com a distância entre nós e colou nossos corpos me puxando para ele de um modo tão forte que eu achei que ele ia quebrar todos os meus ossos. Depois ele olhou dentro dos meus olhos e me beijou. Um beijo calmo e apaixonado. Um beijo que tirava todo aquele peso dos nossos ombros. Depois de uns dois minutos, descolei nossos lábios.
- Nunca mais fica sem dizer o que você sente, ok? Você me deixou louca durante todo esse tempo. – Ele me deu um beijo na testa.
- Te amo, tá?
- Também te amo, Justin...
- Eu te deixei louca, é? – Ele perguntou com um sorriso que eu conhecia de longe.
- Sim, mas acho que o Austin deixa mais... – Falei provocando-o.
- Vamos ver isso agora... – Ele passou as mãos pela minha bunda e me puxou para um beijo bem mais... Caliente. Fomos andando para trás até que acabamos caindo na cama e rindo. Justin estava por cima de mim quando alguém irrompeu pela porta. Noah.
- Eita, cara. Foi mal. – Ele disse... – Vou até sair, mano...
- Não precisa... Pode ficar. – Eu disse e Noah entrou no quarto e foi ligando o videogame novamente. – Tchau, Justin... Até amanhã. – Dei um beijo na bochecha dele. Quando eu ia me virar ele me pegou pela cintura e disse no meu ouvido:
- Até amanhã... – Ele me deu um selinho e eu saí. Eu preciso contar isso para as meninas, mas primeiro eu tenho que me desculpar com elas.  Mandei uma mensagem para nos encontrarmos no meu quarto.
* * *
Quando elas já estavam lá no quarto, resolvi começar a falar. Odeio pedir desculpas, mas tem horas que é necessário.
- Hm... Eu estou num momento de reconciliação e eu queria pedir desculpa pra você por ter acusado vocês de contarem o meu segredo com o Austin e toda aquela merd*.
- E você espera que nós perdoemos você? – Bianca disse.
- É... – Olhei para elas.
- Claro, mas acredita na gente da próxima vez. – Dayane disse.
- Ah, graças a Deus, eu preciso contar uma coisa pra vocês.
- Vamos, fala. – Ash disse sentada na cama dela, de frente pra minha, onde ei estava com a Bianca.
- Sabe Justin?
- Nãããão! Ninguém conhece ele! – Dayane disse de ironia.
- Besta. – Bianca deu um tapa na minha cabeça. Tá, eu mereci.
- Então. Eu fui pedir desculpa para ele e ele acabou dizendo que gosta de mim e eu disse que eu gosto dele também...
- E? – Ashley disse esperando mais alguma coisa.
- É isso.
- Só? Cadê a novidade? – Dayane perguntou.
- A gente se beijou... Teríamos saído das preliminares se não fosse pelo Noah, mas está tudo bem entre a gente agora.
- E vocês estão namorando agora? – Ashley perguntou.
- Não...
- Por que? – Bianca indagou.
- Não sei, oras. Só não estamos.
- Aff! Ficaram esse tempo todo lerdando pra depois não começarem logo a namorar.
- Não é assim tão simples... – Eu disse, mas eu sabia que era. – Ah, pega o meu celular ali na minha bolsa, Bia? – Ela esticou o braço para pegar a minha bolsa na maçaneta da porta, mas deixou a minha bolsa cair. Algumas cartelas de comprimidos e um frasquinho de vidro caiu no chão.
- Amiga, o que é isso? – Dayane perguntou pegando os remédios do chão...
- São remédios, oras...
- Mas são remédios sedativos de pequeno porte... Que fazem menos e... – Ela parou e olhou pra mim. - V-você não estava tomando isso não né? – Ela disse analisando as embalagens.
- Propofol? Sério? Como conseguiu comprar isso? É tarja preta! – Ashley disse pegando a cartela da mão da Dayane.
- Sabia que se você tomar isso demais, o seu coração podia disparar e você poderia morrer? – Bianca me perguntou assustadamente e eu assenti. Eu sabia disso tudo, mas não ligava muito.
- Calma, gente. Eu só não estava conseguindo dormir.
- Mas poderia acontecer alguma coisa realmente grave! – Ashley disse. - Me dá isso aqui que eu vou jogar no lixo. – Ela pegou o resto dos remédios da mão da Dayane foi ao banheiro e jogou tudo no lixo.
- Nunca mais compre essas coisas, tá? – Bianca disse.
- Tudo bem... Não vou comprar mais...
- E fiquei sabendo que você queimou alguns também. – Ashley disse, referindo-se a maconha.
- E eu sei que vocês já fizeram isso também.
- Verdade, mas você comprou de quem? Diz que não foi do Jose... – Dayane disse
- Claro que não... Eu só tomei o ecstasy dele, mas a maconha eu nem lembro com quem comprei...
- Anjos os demônios? – Bianca perguntou
- Alguma coisa me disse que eu deveria escolher anjos.
- Ainda bem...
- O que as outras fazem?
- Se você ingerir junto com álcool, elas causam uma aceleração no coração, superaquecimento da temperatura corporal e você morre de ataque cardíaco e falta de oxigenação. – Dayane disse.
- Que coisa horrível. – Falei.
- Também acho, mas fazer o que?
- Cara, vocês já sabem com quem vão à formatura? – Peguntei.
- Não... – Bianca disse.
- Claro, sempre.
- Quem, Ashely? – Perguntei.
- Vou com o lindo do Matthew... – Ela disse sorrindo.
- O Matt? Sério? Ele é o maior galinha... – Bianca disse com cara de nojo.
- E? Eu não vou dar pra ele. É só pra não ficar sozinha... E você Dayane?
- Vocês prometem que não vão rir? – Ela disse.
- Prometo. – Dissemos juntas.
- Noah. – Ela disse e fechou os olhos. No mesmo instante começamos a rir. – Vocês acabaram de dizer que não iam rir! – Ela jogou uma almofada na Bianca.
- Ah, cara, o Noah?! – Ashley disse rindo.
- É. Qual é o problema, ele não é feio e tem um corpo muito legal... – Ela disse mexendo nas pontas do cabelo recentemente cortado, mas ainda longo e liso.

- A gente sabe... Mas é o Noah... – Eu disse voltando ao “normal”.


Hello, gatas. Mais um aí pra vocês. Eu não tenho nada pra falar hoje, então, beijos com leite condensado, Gi!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

No regrets - Capítulo vinte e nove

- Amiga, vai à festa hoje, né? – Dayane perguntou para Giovanna que estava sentada mexendo no bordado da almofada como se isso fosse interessante
- Não estou afim não...
- Ah, pelo amor de Deus, você precisa parar de pensar nesse cara. – Dayane falou.
- A gente sabe que você ama o Aust... – Bianca disse, mas foi interrompida pela Giovanna.
- Não. Não amo o Austin. Eu gosto dele. Mas mesmo assim, não era motivo para ele me esconder que já foi casado e que havia voltado com a ex-mulher dele e eu era a outra só para se satisfazer enquanto está longe de casa. – Ela falou quase chorando e a Dayane sentou do lado dela, pegou a almofada e colocou no colo. A Giovanna encostou a cabeça na almofada e a Dayane ficou mexendo no cabelo dela.
- Mas você tem que sair dessa. Você só vive uma vez, lembra? YOLO. Você disse pra mim que esse era um dos seus lemas de vida. Você tem que segui-lo agora.
- Ah, cara, não sei se eu estou com vontade...
- Está sim... Essa festa vai te fazer bem. Nós vamos manter o Justin longe de você, se ele for. – Bianca disse. A Giovanna levantou e começou a mexer no guarda-roupas.
- Só se for assim, porque eu realmente não quero falar com ele agora pra ele me dizer um eu- te-disse-que-não-ia-dar-certo.
Giovanna P.O.V.

De
pois de escolher esta roupa junto com as meninas:
Eu não estava com nenhuma vontade de ir para essa tal festa no Mackassie, mas eu precisava tirar o Austin e essa merd* toda da minha cabeça. Cheguei lá, sentei num sofá de couro no canto do hall do dormitório e pedi para a Bianca pegar um copo de bebida pra mim. Ela voltou, me entregou o copo e foi fazer não sei o que. Bebi um gole e esperei a vodka descer e parar de arder para dar mais outro gole. Alguém se sentou do meu lado e começou a falar alguma coisa, eu não liguei muito até ele fazer uma pergunta.
- Oi? – Não entendi muito bem o que ele disse porque havia a poluição sonora no ambiente.
- Mas deve estar sendo difícil pra você...
- Como assim?
- Você nem fala mais com o Justin, né?
- Hm... Acho que é... – Disse olhando para o líquido transparente e puro dentro do meu copo.
- Quer alguma coisa?
- Como assim? – Perguntei novamente
- É... – Ele estendeu as mãos com as balinhas coloridas. Aquelas balinhas coloridas.
- Tem certeza?
- Claro, pega aí... Não, pera, anjos ou demônios? – Ele perguntou. Alguma coisa dentro de mim me disse que se eu fosse mesmo fazer isso, era pra eu escolher anjos, mesmo sem ter ideia do que isso significava.
- Anjos.
- Toma. – Ele pegou uma balinha rosa clara e me entregou. – Coloca na boca e espera derreter. Não morde. Sério.
- Tudo bem. – Fiz o que ele disse e esperei um pouco. Primeiro eu fiquei com muito calor, muito mesmo. Levantei e fui beber alguma coisa. Eu já sabia que como não podia beber aqui no colégio, as bebidas alcoólicas ficavam escondidas no fundo do último isopor. Peguei uma garrafa de Vodka Vanilla e coloquei num copo e misturei com suco de morango de saquinho totalmente doce. Vou ficar diabética. Mas mesmo com a quantidade de suco que eu coloquei no copo de 500 ml vermelho, eu sentia o álcool descendo pela minha garganta. Depois eu fui dançar com as meninas e me esqueci da razão das coisas pelas quais eu estava triste. Mas eu acho que se lembrar de coisas ruins sob efeitos de droga de festa tem efeito colateral. De qualquer forma, eu não lembro mesmo.
* * *
Ai, a minha cabeça está doendo. Muito. Sério. Eu só não prometo que nunca mais tomo porre porque eu sei que não rola cumprir isso. Lembro-me de virar vários copos e beijar umas quatro pessoas num jogo de verdade ou consequência. Lembro-me de outro jogo também. Eu nunca.
Flashback ON
- Will, sua vez. – Michael disse.
- Hm... Eu nunca... Gozei antes da menina... – Michael e Jose beberam um gole do copo com um líquido de cor estranha e ainda não identificado e todo mundo riu. Brochas. – Justin, sua vez...
- Hm... – Ele deu uma olhada rápida pra mim e falou, como se tivesse se lembrado de alguma coisa. – Eu nunca dormi com uma professora... Ou professor. – Ashley, Dayane e Bianca olharam pra mim. Era um jogo para falar a verdade, mas nem o gole mais disfarçado que tomei retirou os olhos de cima de mim.
- Você dormiu com quem? – Will perguntou.
- Aposto que foi com o Austin... – Lindsay disse. Vaca.
- É mesmo. Vocês estavam tão próximos esses dias. Ele olhava pra você do nada e ria na hora da aula. E na viagem também. – Michael disse.
Não acredito que Justin falou isso. Não era pra ninguém saber. Viad*. Não era nem pra ele saber. Aliás. Como ele ficou sabendo? Quem foi o idiota que disse pra ele? E falando em Austin, eu ainda estou triste por causa de tudo que aconteceu com ele. Eu não o amava, sabe? Mas foi sacanagem dele me enganar, meu usar pra dormir comigo. Pior ainda, descobrirem isso tudo por causa de um jogo idiota de Eu nunca. World falling apart again.
* * *
 - Cara, eu só quero saber qual de vocês contou?
- Mas não foi ninguém aqui, cara. Estamos te dizendo. – Bianca disse. Eu perguntei pra elas quem tinha contado essa droga de segredo.
- Mas eu só contei pra vocês. Como o Justin ficou sabendo?
- Mas nós não contamos. – Ashley disse com os olhos arregalados
- Cara, deixa, ela não vai acreditar. Vem... – Dayane disse chamando Bianca a Ashley para sair do quarto que eu dividia com a Ash.
- Vadias... – Eu mais baixo quando elas saíram. Eu estou sozinha nessa, mesmo? Parece que sim.
* * *
- Como vocês já devem, saber, eu sou o novo professor de História de vocês. Austin, o antigo professor de história de vocês não trabalha aqui conosco na Waverly por motivos pessoais. – Nesse momento todos os alunos da classe olharam pra mim e eu me afundei na cadeira. – Ele não está mais morando em New York, voltou para a cidade natal dele. Nesse último bimestre do ano, nós vamos estudar a Grécia Antiga. A primeira civilização... – Esse novo professor tem cara de sapo. Senti o meu celular vibrando. Peguei e li discretamente a mensagem do Austin.
Agora você já deve ter conhecido o Sr. White. Para esclarecer, eu me demiti. Não acho que seja bom para você ficar me vendo toda semana. Vou sentir sua falta. Boa formatura. Austin.
Depois de ler a mensagem, não consegui prestar atenção em mais nada.
* * *
- Dá pra você falar, pelo menos quem te contou? – Eu estava tentando fazer o Justin falar quem contou pra ele do Austin.
- Não... Com licença. – Ele disse e tentou passar.
- Não. Fala... – Ele me olhou com cara de quem não ia mesmo falar e eu o deixei passar. Só sei que vai ficar mais difícil ficar sem ele.
* * *

Hey, lindas. Tudo bem com as senhoritas? O que acharam do capítulo e o que vocês acham que vai acontecer? Obrigada pelos comentário de vocês e até próximo capítulo.. Amo vocês, beijos de morango, Gi!

terça-feira, 16 de julho de 2013

No regrets - Capítulo vinte e oito

Giovanna P.O.V.
Justin está estranho comigo desde que voltamos da viagem. Estranho mesmo, geralmente ele me manda mensagem todos os dias, mesmo com coisas bobas, falando da alguma promoção de edredom e coisas assim, mas nem isso. Ele desvia o olhar quando eu olho para ele, não senta mais comigo e com as meninas no almoço e no jantar, não faz mais nada comigo, fala que está ocupado quando pergunto se ele quer sair. Sinceramente, eu não sei que porr* eu fiz.
* * *
- Oi, Justin.
- Ah, oi. – Ele levantou a cabeça quando eu sentei do seu lado na escada da biblioteca.
- Pode me responder o que aconteceu comigo depois da viagem. Você está chateado?
- Não tô.
- Está. Eu sei quando você tá chateado comigo. E você está desde a viagem. – Ele olhou bem fundo nos meus olhos, o que me lembrou um pouco daquele feriado.
- Não estou.
- Tudo bem, então quando você parar com a palhaçada, você vem falar comigo. – Levantei-me e saí, um pouco irritada porque ele não quis falar o que houve porque claramente houve alguma coisa e claramente tem haver comigo.
* * *
Quando saí de perto do Justin, fui até sala do Austin para vê-lo.
- Oi, Austin. – Eu disse me esgueirando pela porta.
- Ah, oi. Tudo bem? – Ele veio à meu encontro e me deu um selinho.
- Tudo. Tudo bem...
- Não minta para mim, o que aconteceu, tô vendo no seu rosto.
- Ah, o Justin, ele tá agindo de uma maneira estranha comigo desde que chagamos da viagem.
- Como assim estranha?
- Ah, estranha, distante. – Eu falei rodando o globo que fica em cima da mesa dele.
- Já perguntou o que houve? – Ele disse mexendo na enorme estante de livros.
- Claro, mas ele disse que não aconteceu nada. – Sentei em cima da mesa dele que estava espantosamente arrumada. – E aí eu disse que quando ele quisesse falar o que tinha acontecido, ele poderia me procurar.
- Entendi. – Ele se virou para mim com um livro na mão.
- Você tá lindo com esse cabelo todo bagunçado, sabia? – Falei pra ele. Ele estava usando o suéter que o deixava com ar ainda maior de intelectual, além dos óculos de leitura estilo nerd que ele tinha.
- Então arruma pra mim? – Ele perguntou chegando mais perto.
- Não. – Coloquei as mãos para trás e arqueeis as sobrancelhas.
- Ah, arruma.
- Não.
- Arruma, por favooor. – Ele pegou as minhas mãos e colocou no cabelo dele arrumando.
- Tá bom assim?
- Tá. Tá ótimo, mas sabe o que seria melhor?
- Não. Não sei. – Sim, eu sei, mas não aqui. Ele colocou as mãos na minha cintura e me beijou. As minhas mãos ainda coladas na mesa e ele me empurrando para trás cada vez mais. Parei de beijá-lo antes que acontecesse mais alguma coisa. – Aqui não, né?
- Tem razão. - Eu dei um pulo saindo de cima da mesa e estava caminhando até a porta quando ele me puxou de novo e me beijou mais rapidamente. – Desculpe, não resisti.
- Sei... Tô indo, Austin, tenho que estudar. – Saí da sala de Austin. Pelo menos enquanto eu estou com ele, não penso no Justin.
* * *
* * *
Nas duas semanas que se passaram, semanas de provas do segundo bimestre, eu quase não falei com Justin e tenho sentido fala dele mais do que eu achei que sentiria. Apenas alguns “ois” jogados ao vento, muitas vezes, sem resposta ou reação. Nem um sorriso no canto da boa ele esboçou. Eu e Austin “dormimos” mais uma vez juntos. Eu tenho um pouco de vergonha de falar o porquê do dormimos estar entre aspas porque na verdade, não dormimos, foi uma rapidinha. Na sala dele. Não me julguem, mas eu simplesmente não pude resistir. Mas fora isso, tudo ainda está normal aqui na Waverly. Na verdade, eu estou indo nesse minuto para a sala do Austin perguntar uma coisa sobre quando é a próxima reunião do CD.
- Austin? Posso entrar?
- Ah, oi, gata. Pode entrar. – Eu acho tão cool quando ele me chama de gata, sei lá, me lembra qualquer música que o cara diga isso e eu me sinto a musa inspiradora da música. Entrei na sala e sentei na cadeira de couro ao lado da mesa dele. – O que te trás aqui?
- Ah, é que eu ia perguntar quando é a próxima reunião do CD.
- É na próxima sexta... – Enquanto ele falava, tomou um gole do café que sempre está em cima da mesa dele, na mesma caneca da Waverly e no mesmo porta-copo, perto do lugar para colocar lápis e caneta. Reparei que Austin estava usando um anel... Para ser mais sincera, uma aliança. De ouro. Na mão esquerda. Que porr* é esta?
Austin P.O.V.
- Austin, querido, que anel é esse? – Eu engoli a seco. Eu sabia que já tinha passado da hora de contar, eu estava enrolando muito. Agora, vai ser pior.
- Esse anel aqui? – Apontei para o anel no meu dedo na minha mão esquerda.
- É o único que eu estou vendo. Quem te deu?
- Olha, antes eu tenho que te dizer uma coisa.
- Fala. – Ok, pela cara dela, já sabe que tem outra na história. – Primeiro eu tenho que te dizer que você é uma menina linda, maravilhosa e cheia de vida pela frente...
- Mas você não vai ter tanta vida assim se não me falar o que está acontecendo agora. – Ela me interrompeu, arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços. Fod*u.
- Bom... – Suspirei. – Antes de eu entrar aqui na Waverly, eu tinha uma esposa...
- Esposa? – Ela me interrompeu ainda com as sobrancelhas perfeitamente arqueadas com um tom de ironia a mais na voz.
- É. A Anne e eu tivemos uma discussão e ela chegou a falar em divórcio e eu pensei que já tinha acabado, mas ela me ligou dizendo que se arrependeu e que quer voltar. E nós voltamos.
- E isso tem quanto tempo? – Agora fod*u mesmo.
- Antes da viagem. Eu ia te contar. – Eu ia colocar a mão nela, mas ela deu um passo rápido para trás, me impedindo de ter qualquer contato com ela.
- E quando você ia fazer isso? Depois que a gente já tivesse transado umas duas vezes, né? Aí você ia me largar.
- Gi, não fala assim... Você sabe que eu não sou desse jeito.
- Para de me chamar assim.
- Por favor, me escuta. – Eu pedi.
- Não! Escute-me você! Austin, pelo amor de Deus! Você tem noção de como eu me arrisquei tendo esse caso com você?!
- E você acha que eu não me arrisquei?!
- Mas você poderia conseguir outro emprego se fosse demitido! E a minha vida acadêmica? Como eu faria?! Nenhuma faculdade me aceitaria com uma expulsão no histórico escolar, ainda mais por esse motivo! Princeton nem mesmo ia pensar em me aceitar! Eu sonho com Princeton há anos! Você sabe disso!– Detesto admitir, mas ela estava absolutamente certa.
- Gata, eu ia te contar. De verdade.
- Para de me chamar de gata! E o meu psicológico?! Como fica sabendo que você só queria me usar para se satisfazer uma ou duas vezes? Eu sou qual número da tua lista desde que você discutiu com essa tal Anne? Ah, esqueci, você não se importa o suficiente para contar pra mim antes de qualquer coisa. – Ela disse com os olhos cheios de lágrimas olhando para mim e um sarcasmo na voz.
- Não. Não chora. Vem aqui. – Eu ia puxá-la para um abraço, mas ela deu mais um passo para trás ainda chorando.
- Eu jurei que você era diferente dos outros caras mais velhos. Eu jurei que você não ia me machucar como alguns outros já fizeram. Mas pelo visto, você é igual a eles, só quer usar a garota e dispensá-la. – Ela estava saindo pela porta.
- Ei. – Ela se virou para trás. – Esqueceu o seu celular. – Peguei o celular da minha mesa e entreguei para ela, que tentava manter-se longe a qualquer custo. Eu não tinha mais o que fazer. Ela estava certa e nunca ia acreditar em mim se eu dissesse que não foi daquele jeito e que eu não sou dessa maneira que ela agora pensa que foi, por mais que fosse verdade que talvez eu tivesse um sentimento por ela. Ela pegou o celular balançando a cabeça num sinal de reprovação.
- Você é inacreditável, Austin. – Ela saiu pela porta. Mais um coração quebrado no mundo.
Giovanna P.O.V.
Caminhei pelo corredor da sala dos professores chorando sem me importar se alguém visse. Limpei uma lágrima, mas outras continuavam caindo, como seu eu tentasse secar a água do mar. Andei depressa em direção ao Dumbarton naquele fim de tarde frio de New York pensando em como pude ser tão otária de achar que ele era diferente.
* * *
A primeira aula do dia seguinte, por ironia do destino, era dele. Eu me recuso a ir.
- Amiga, você não vai mesmo?
- Não. Sem chance... – Levantei da cama, peguei o livro Ana Karenina na mesa e entreguei para ela. – Fala que eu gostei do livro. – Ela assentiu, pegou o livro e saiu.
Ashley P.O.V.
- Giovanna? – Austin estava fazendo a chamada.
- Faltou. – Respondi.
- O que aconteceu com ela?
– Ela se atrasou, só acordou agora. – Mentira. Quando ele terminou de fazer a chamada, fui até a mesa dele e entreguei o livro para ele.
- O que aconteceu com ela, Ashley? – Ele perguntou
- Como se você se importasse. – Eu saí, mas ele segurou a minha mão discretamente.
- Eu me importo.
- Sei...
- O que aconteceu? - Ele insistiu.
- Ela passou a noite toda chorando por um certo cara que a enganou, se aproveitou dela, está com a cara inchada e não quer nem olhar na cara dessa homem que fez isso. Tá bom pra você ou vai querer saber mais alguma coisa para contar para Anne? – Perguntei com ironia e ele não respondeu. – E ela pediu exclusão permanente do CD. – Esperei um segundo. Logo você Austin, eu esperava mais de você. – Olhei para ele com incredulidade e voltei para a minha carteira.
- O que houve? – Noah me perguntou virando-se para o lado.
- Nada demais. Vira pra frente. – Noah perguntou, mas Justin apenas olhou de canto de olho para o lado.
* * *


Hey, gatas! Tudo bem com vocês? Ta aí mais um capítulo de vocês. Queria dizer que já comecei a escrever outra história. Quando eu estiver mais perto do final de No regrets eu posto a sinopse, ok? Ainda não tem nome, mas vai aí uma dica: ele é famoso.
Beijos de confetti colorido pra vocês. Gi!

domingo, 14 de julho de 2013

No regrets - Capítulo vinte e sete

* * *
O Austin estava o dia inteiro me encarando, dando sorrisinhos e ele me mandou uma mensagem que dizia que ele esperava que ninguém tivesse percebido nada. Bom, eu também esperava isso, já que eu não queria quem ninguém soubesse que eu tinha dormido com o professor de história, o Austin Lindo Salvatore. Pensando bem, isso é até aceitável. Não certo, mas aceitável. Sei lá, qual é o problema de dormir com um cara mais velho se você tem certeza de que é isso que quer fazer. Na verdade, eu nem sei por que eu fiz isso, mas acho que lá no meu subconsciente foi porque eu quero mesmo tirar o Justin da minha cabeça antes que ele se impregne em cada neurônio meu e nunca mais saia. Sei que é meio errado, mas mesmo assim. E sei lá, eu acho que o Austin gosta de mim. Não sei ao certo, mas acho que ele gosta. E eu ficaria muito decepcionada se fosse ao contrário.
* * *
Não dormi mais nenhuma vez com o Austin, mas o resto da viagem foi maravilhoso. Fomos à praia, levaram a gente em alguns shoppings, compramos mais roupas e esmaltes que são muito mais baratos, ficamos na piscina do hotel, fomos a outro museu, fomos ao centro da cidade novamente. Enfim, foi uma viagem muito proveitosa.  Essa noite nós vamos voltar para os Estados Unidos. Tudo aqui foi muito bom, mas tudo que é bom acaba em alguma hora, mas algumas lembranças (uma lembrança inteligente, de olhos azuis e sotaque inglês) eu vou levar para sempre. Eu estava arrumando as minhas coisas para ir para o aeroporto junto com a Bianca que não parava de falar        que a cara estava ardendo por causa do sol.
* * *
- Então, conte-nos detalhadamente como foi com o Austin? – Dayane perguntou quando estávamos no banheiro.
- Maravilhoso. Em todos os aspectos.
- E como começou? – Ash perguntou com os olhos castanhos escuros arregalados.
- Tipo, eu fui tomar banho no quarto dele porque faltou água no nosso andar e ele só sobe bem tarde... Mas enfim, quando eu estava saindo do quarto, agradeci. Aí ele disse que eu fico linda até sem maquiagem, que ama quando eu estou em pé e prendo o cabelo porque isso o deixa excitado, disse que ama os meus olhos e que a minha bunda deixa ele louco e tal. Aí eu falei alguma coisa que eu não me lembro muito bem no ouvido dele, aí ele disse que não aguentava mais, pediu desculpas e me beijou, me prensou na porta e foi. Mas tudo com a educação de um lorde inglês.
- Cara, você é uma vadia sortuda demais. – Dayane me deu um tapa no braço.
Justin P.O.V.
Eu escutei tudo sentado no banco da frente. É isso? A minha garota dormiu com o nosso professor de história, um cara que ela nem sabe se gosta dela?  Será possível que ela não saiba que eu gosto dela? Eu já dei todas as dicas que eu podia, eu trato ela bem, chamo de apelidos carinhosos, cuido dela tão bem, consolo quando ela tá triste, eu transei com ela, cara. Precisa de mais alguma coisa? Se eu não gostasse dela, apenas teria a consolado e não a beijado. Mas fod*-se também, agora já era. Deixa quieto, agora, eu tenho esperar o cara acabar com o coração dela para eu dizer “Pô, eu estava aqui o tempo todo, só você que não em viu”. Eu sou um idiota por ter a deixado ir. Não foi só por ela ter dormido com o Austin, mas foi porque ela não me disse nada. Ela nem comentou. Eu sou o melhor amigo dela desde sempre e ela nem diz nada. Eu a conheço melhor que ela mesma e ela nem fala nada.
* * *
Giovanna P.O.V.
- Ei, Justin, o que achou da viagem? – Perguntei pra ele que parecia mais interessado no seu cappuccino descafeinado.
- Gostei. Foi bem legal.
- Foi mais do que legal, foi fantástica. – Sorri pensando no Austin, que é a única pessoa que me faz tirar os pensamentos do Justin.
Justin P.O.V.
É claro que a viagem foi fantástica pra você, porque você dormiu com o Sr. Perfeito Lorde Inglês e se esqueceu de contar para o seu melhor amigo, que à propósito é apaixonado por você. Pensei enquanto mexia no canudo do meu cappuccino. Eu deveria estar feliz por ela, mas é meio difícil ver a pessoa que você gosta feliz por causa de outra pessoa. Eu só queria que fosse mais fácil você parar de gostar de alguém. Gay, gay, gay. Mil vezes gay.
* * *
Ashley P.O.V.
- Hey, meninos, tudo bem? – Perguntei para Noah e Michael que estavam sentados na arquibancada da quadra coberta.
- Fala, loira... O que manda? – Michael perguntou
- A Giovanna falou que achou o Justin meio estranho hoje mais cedo. Sabem se aconteceu alguma coisa?
- Cara. Não sei se eu posso falar, mas tem haver com uma certa garota que dormiu com um certo professor num certo país. – O irônico do Noah falou.
- Como ele soube?
- Ele estava sentado no banco da frente quando ela falou pra vocês. – Michael explicou. – O cara gosta dela.
- Sério? – Perguntei um tanto quanto incrédula. Não que eu não soubesse, mas é meio estranho.
- Você não sabia? – Noah perguntou
- Desconfiava.
- Tá, mas não fala pra ela. Ela tem que perceber isso sozinha. – Michael disse.
- Ok, meninos, até a aula de francês. – Dei um beijo na bochecha de cada um e saí, eu precisava falar com as meninas. Não com a Giovanna, claro.
* * *
- Eu já desconfiava disso. – Dayane disse.
- Todo mundo desconfiava. - Bianca corrigiu.
- Mas não contem pra ela. Ela tem que perceber sozinha. Vai ser melhor para os dois.
- Tudo bem. Mas se ela demorar muito, eu falo. – Dayane decidiu, mas eu intervi.
- Não. Não vai falar. Tem que deixar rolar.
* * *


HEEY! Lindinhas, tudo bem com vocês? Me digam, conseguiram o ingresso para a BT? É, eu não consegui, infelizmente, mas eu ainda posso ganhar se vocês me ajudarem. Se vocês tiverem Twitter, deixem o user de vocês aqui nos comentários. E deem RT nesse tweet. Obrigada mesmo assim, ok flores? Amo vocês demais e muito obrigada pelos comentários. Beijos com granulado colorido, Gi!

sábado, 13 de julho de 2013

No regrets - Capítulo vinte e seis

Giovanna P.O.V.
Fomos até o hotel, mudamos a roupa e quando eram mais ou menos umas oito horas, Austin levou eu, Bianca e Ashley para a Lapa. Coloquei essa roupa aqui:





















A Dayane não quis ir, disse que já foi na Lapa muitas vezes e está cansada de lá.
 Quando chegamos lá, havia milhares de bares abertos com música ao vivo em quase todos eles. Austin disse que tinham dois tipos de música tocando, um chamado pagode e outro samba, eu gostei muito mais do samba, que ele disse que é um tipo específico de samba, chamado gafieira. Bianca rapidamente achou alguém pra conversar depois que Ashley chamou Gustavo para vir também. Ainda bem porque eles estavam se beijando e a Bianca ia ficar de vela. Austin me ensinou a dançar o samba de gafieira e teve um cara que até perguntou se nós éramos namorados e eu, com muita vergonha, respondi que ele era o meu professor de história.
- Ah sim. Se não são namorados, então eu posso dançar com a moça? – Ele tirou o chapéu que usava, numa forma de cumprimento.
- Claro. Por que não? – O cara sabia dançar melhor que o Austin e eu fiquei pisando no pé dele direto e rindo das palhaçadas que ele falava. Cara, porque o povo brasileiro é tão simpático? Sério, se você comprar os caras de New York com os caras do Rio, você vai uma diferença só no rosto, é uma alegria, um sorriso sem motivo que acaba contagiando você. Lá pelas onze horas da noite, ficamos conversando com um senhorzinho muito legal, bem velho já, lá pelos 85 anos e ele contava as histórias do Rio pra gente. De como era quando ele era criança, das brincadeiras que ele e os amigos dele faziam quando eram mais novos, sabe essas histórias que os mais velhos adorem contar? Então. O nome dele era Joacir. Ele até contou da primeira e da única vez que se apaixonou por uma mulher, que foi esposa dele, mas que infelizmente morreu, a Dona Esmeralda. Quando ele falava nela, os olhos dele até brilhavam. A noite estava muito agradável, o clima nem muito frio e nem muito quente como de manhã, as pessoas dançando calmamente na Lapa ao som de Vanguart.
* * *
- Bianca, porque a água não está saindo?
- Ah, é que faltou água no andar. Você tem que tomar banho no banheiro de alguém de cima ou do de baixo.
- Como assim?
- É, pede a chave do quarto para o Austin. Ele fica lá embaixo conversando até tarde com os professores para montar o percurso turístico do dia seguinte.
- Eu não vou tomar banho no banheiro do Austin.
- Então você vai ficar fedendo e com maquiagem na cara. – Parei e pensei. Se ele vai ficar lá em baixo, então eu posso tomar banho lá. Desci as escadas do hotel e expliquei pra ele e ele disse que vai ficar lá em baixo por algum tempo. Peguei as chaves e fui ao quarto dele tomar banho. Ok, o meu dia não foi nem um pouco normal. De manhã eu fui à praia com ele, depois fomos para a Lapa e agora eu estou tomando banho no banheiro dele? E o Justin, não falei com ele o dia inteiro hoje. O que será que ele ficou fazendo? Acho que ele não deve ter saído.
- Giovanna! Tá aí ainda? – Austin gritou lá de fora.
- Sim! Tô acabando. – Gritei. Acabei de tomar banho e vesti a minha roupa e saí secando os cabelos na minha toalha andando em direção a porta, quando eu já estava no corredor, resolvi agradecer.
- Obrigada. Eu não conseguiria dormir sem tomar banho e tirar a maquiagem.
- Mas você fica bem sem maquiagem. – Arqueei as sobrancelhas no sinal de “se liga, você é meu professor/tutor”. – É. É verdade, tá? Você fica linda com e sem maquiagem, você é a minha melhor aluna e eu amo conversar com você sempre que você vai à minha sala, eu gosto quando você está em pé e prende o cabelo e um pedaço da sua barriga fica aparecendo, eu fico excitado sempre que isso acontece, tá? Eu amo o seu corpo porque ele me deixa louco só de olhar. Eu adoro a cor dos seus olhos e a sua bunda me enlouquece. Falei.
- Obrigada. – Sussurrei em seu ouvido.
- É melhor você não fazer isso. – Ele falou olhando dentro dos meus olhos.
- O que? Isso? – Falei sussurrando em seu ouvido novamente e dei um suspiro lento.
- Exatamente isso. – Ele segurou a minha mandíbula e eu me afastei. Olhei para os dois lados do corredor deserto.
- Mas não tem ninguém no corredor. – Falei num tom quase inaudível. Cara, eu estou dando em cima do meu professor. É, a Ashley estava certa, eu realmente não ia resistir na hora H. Ele é tão lindo e tão atraente. Acho que não vai fazer mal nenhum.
- Que?
- Mas não tem ninguém no corredor. – Falei sussurrando ao seu ouvido com um meio-sorriso no rosto.
- Chega, eu não aguento mais. Desculpa. – Ele me puxou para ele, colou nossos corpos e me beijou ferozmente. O beijo dele é uma coisa eletrizante e sem dúvida, é o primeiro cara bem mais velho com quem eu fico. Encostou-me rápido na porta fechando-a e depois, trancando-a. Ele tirou a minha blusa que eu tinha acabado de colocar e me levou até a cama. Eu pude finalmente tocar aquele abdômen definido depois de tanto tempo. Quando estávamos nus, ele me olhou com os olhos bem abertos. Ele não tirava os olhos dos meus e sua pupila estava dilatada e não sei porquê, mas isso era extremamente excitante. Eu também não conseguia desviar os meus olhos dos dele, que passaram de azuis marinhos incrivelmente lindo para um preto profundo por causa da escuridão e por causa da luxúria e por sabermos que o que estávamos fazendo era absolutamente errado.

Mas era milhões de vezes melhor por que é algo implicitamente proibido pelos padrões éticos de Aluno e Professor. 
Ele penetrou em mim bem devagar para que eu pudesse desfrutar daquele momento. Eu percebi que ele já era bem experiente, mas eu não fiquei insegura perto dele. Na verdade, eu estava bem confiante em cada movimento que eu fazia com as mãos e os quadris, ele causava isso em mim. 
* * *
Peguei o meu celular e mandei uma mensagem para a Bianca às cinco da manhã avisando para destrancar a porta e ela disse que já estava destrancada. Levantei-me bem devagar e coloquei a minha roupa.
- Ei. Gata, vai aonde? – Austin me perguntou quando eu estava colocando a minha blusa. Sentei-me na cama ao lado dele.
- Tenho que voltar para o quarto.
- Ah, fica mais um pouco. – Ah, o doce som de um homem pedindo pra você ficar mais um pouco.
- Não, dá, tenho que estar lá. A Sr. Stevens vai conferir para ver se estão todas nos quartos de manhã, você sabe. – Abaixei-me e dei um beijo nele, quando eu fui me afastar, ele me puxou e eu caí em cima dele. O cabelo dele estava emaranhado, mas com um aspecto maravilhosamente lindo.
- Só mais um pouco...
- Não dá... – Ele fez biquinho. Passei a mão pelos cabelos negros dele. Às vezes eu o confundo com um adolescente. Dei um selinho nele e caminhei até a porta. Andei pelo corredor e abri a porta com cuidado para não fazer barulho nenhum. Bianca apenas se levantou com um enorme sorriso no rosto.
- Rolou né? – Ela perguntou e eu assenti. Sentei-me na cama enquanto Bia me acompanhava com os olhos. – E foi bom? – Assenti novamente.
- Maravilhoso. – A única coisa que passava pela minha cabeça era “Cara, eu dormi com o meu professor de história”. Mais nada. Tem uma enorme diferença entre dormir com o seu melhor amigo e o seu professor. Mas uma coisa em semelhança é que as duas coisas são estranhas.
- Maravilhoso como?
- Maravilhoso com um pouco de tudo. Um pouco selvagem, um pouco romântico, um pouco fantasioso. Maravilhoso. Ele parecia tão experiente, tão confiante e sabia o que fazer a cada minuto. Não tinha essa de não saber onde colocar a mão ou não saber o que dizer, as palavras simplesmente vinham na mente dele e ele as dizia e sovavam perfeitamente ao meu ouvido. E geralmente os caras mais velhos falam palavrão, ele não disse nenhum. Ele apenas deixou acontecer. Ele sabe exatamente o que fazer a cada segundo, como se ele conseguisse prever o futuro.
- A gente disse que você não ia resistir. – Revirei os olhos e me deitei para esperar mais duas horas para acordar e ver o que iríamos fazer no domingo.


Aí, danadaaaas! Vocês estava querendo um caso com o Austin, está aí o caso. Gostaram, danadinhas? Eu queria agradecer o comentário de cada uma. De verdade, vocês são umas lindas. Cês não sabem como é bom ler cada comentário de vocês. Estamos na metade de No regrets e eu também quero agradecer  a quem tem lido desde o início, quem pegou o bonde andando e quem leu só um capítulo, ok? Vocês que me fazem voltar aqui pra postar. Beijos de chocolate belga, Gi!