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segunda-feira, 8 de abril de 2013

No regrets - Capitulo quatro

Eu e Tyler andamos de mãos dadas enquanto caminhávamos pelo shopping fingindo não conhecer os outros idiotas que estavam atrás de nós gritando nossos nomes como loucos. Minha mãe buzinou na porta do shopping quando foi buscar eu e Justin, Tyler fez questão de me puxar pelo braço quando eu virei e me dar um beijão, de tirar o fôlego. Quando entrei no carro Justin e minha mãe ficaram e olhando com aquele sorriso.

- Qual foi? – Perguntei.

- Nada... – Justin e a minha mãe disseram em falsete.

- Bestas... – Falei e olhei pro vidro.

* * *
- Vamos ao banheiro? – Brett perguntou na hora do recreio. O que eu achei estranho. Desde que chegamos nesse colégio, nunca vi Brett indo no banheiro da escola porque ela acha nojento. E essa é a primeira vez desde que voltamos as aulas, o que já faz três semanas.

- Cara, já estamos a dez minutos aqui dentro. Vamos logo. – Falei com a Brett.

- Espe... – Ele pegou o celular que tocou indicando mensagem. – Vamos. – Ela me puxou pra fora e eu me deparei com Tyler segurando uma rosa tingida de azul (minha cor favorita).

- Giovanna, namora comigo? – Tyler esticou a rosa pra mim e eu segurei e assenti com a cabeça. Ele puxou-me pra perto e me beijou. Bem cena de filme mesmo. Os enxeridos que ficaram olhando ficaram gritando como animais de circo. Um deles gritou um: BOA MOLEQUE! E me fez rir. Tipo, o que? Meu primeiro namorado. É estranho, nunca namorei ninguém. Tem muito idiota que fica tipo “Ah, minha melhor amiga tá namorando e não me dá mais atenção” ou “Meu amigo está namorado e só pensa nela e não se liga mais na gente” o que me deixa um pouco receosa, mas acho que isso passa. Afinal de contas, adolescência é isso, né? Certeza sobre as dúvidas.

* * *


- Mããããe!!!

- Que foi, menina? O que houve? – Minha correu pra sala quando eu cheguei da escola gritando.

- Tô namorando! – Disse com um sorriso idiota na cara

- Quem?! Aquele menino que você ficou no cinema?! – Quando eu digo que minha mãe parece uma adolescente, eu digo literalmente. De ficar histérica com uma novidade tipo essa e ficar sorrindo à toa depois que escuta o que aconteceu.

- Sim! Tyler!

- Ai, filha, que lindo! O primeiro namorado da minha filha! Ele é muito fofo, sabia? Então, me conta! Como ele pediu? Foi gentil? Na frente de todo mundo? – Contei tudo pra minha mãe depois que ela me puxou pra cozinha me fazendo comer o brigadeiro que ela fez enquanto contava algo que não demorou mais de vinte minutos.
* * *


- Amor, vamos ao boliche amanhã? – Tyler me perguntou enquanto andávamos pela escola no intervalo

- De noite? – Perguntei

- Ahan.

- Mas amanhã é a quarta da pizza com o Justin. – Respondi. Eu percebi que ele ia perguntar se podia ir e antes dele abrir a boca, continuei. – É uma coisa que inventamos na sexta série.

- Entendo. E depois de amanhã?

- Aí dá. – Dei a mão pra ele. – Não fica triste, não, tá? Você é o meu namorado. – Dei um beijo na bochecha dele.

* * *
- Acho que o Tyler ficou meio chateado quando eu disse que não dava pra ir ao boliche com ele por que era quarta da pizza.
- Chateado? Explicou pra ele que fazemos isso desde a sexta série?
- Expliquei. Acho que ele ficou com ciúme. – Dei de ombros e mordi um pedaço de pizza. A quarta da pizza funcionava assim: Uma quarta na casa de um, outra quarta na do outro. Comemos pizza, vemos um filme e depois vamos mexer no computador ver se tem alguém legal online no computador. Hoje era na casa de Justin.
- Tem alguém de interessante online? – Perguntei ao Justin me jogando na cama e pegando um exemplar dum livro que ele estava lendo.
- Não... Ah, tem. O Tyler tá online. Quer falar come ele?
- Ahan. – Levantei-me e Justin ligou a câmera. – Oi amor. – Fiquei ao lado do Justin, que estava sentado na cadeira.
- Oi gatinha. Tudo bem?
- Ahan
- Onde vocês estão?
- No meu quarto. – Justin disse. Se soou estranho, Tyler não deixou transparecer.
- Viram algum filme? – Tyler perguntou.
- Sim. Um filme chato aí. – Justin respondeu.
- Sei. – Tyler disse desatento. Ele parecia tão distante. – Vou lá. Meu pai tá me chamando. Amanhã boliche, amor?
- Claro.
- Te pego às sete.
- Beijo. – Joguei um beijo no ar pra ele e ele desconectou.
- É. Ele parece com muito ciúme mesmo. – Justin falou quando eu me joguei novamente na cama e se virou pra mim na cadeira.
- É. Mas se ele vier com qualquer palhaçada de “estou com ciúmes e não gosto de ver você com ele”, eu vou o mandar tomar no c*. – Fiquei de cabeça pra baixo na beira da cama. Adoro fazer isso. Acho que eu penso melhor assim.
- Mas ele é o seu namorado. Você não pode simplesmente manda-lo para aquele lugar mágico.
- Como eu falo então?
- “Amorzinho”. – Ele começou e eu já estava rindo. Ele fazendo voz de menina é engraçado. – “Amor da minha vida. Vai tomar no seu c*zinho lindo e cheiroso, tá? Dá beijo, dá” – Ele jogou um beijo no ar me fazendo rir. Mesmo de cabeça pra baixo, ele continua engraçado, e percebi, lindo. Imaginei o porquê de Tyler ter ciúmes. Justin é realmente lindo. Esse cabelo dele que ele joga pro lado de cinco em cinco segundos tem um caimento perfeito.
- Ai. – Levantei e sentei-me normalmente na cama. – Minha cabeça tá começando a doer.
- Só um minuto. Vai melhorar. – Ele virou-se para o computador e quando percebi a música Sad but true do Metallica já estava no último volume na parte mais barulhenta. Depois ele desligou, virou-se e sorriu.
- Ba-ba-ca. – Eu disse.
- Eu diria implicante.
- Ok. Babaca e implicante.

* * *

- Ah! Ganhei! – Eu disse. – Quem perder tinha que dar um beijo. - É idiota, eu sei, mas eu gosto. Ele me deu um beijo e se afastou.
- Vai querer comer o que?
- Sei lá. Na lanchonete do boliche tem nachos. É uma delícia. Eu vim aqui com Justin uma vez e nós comemos. São um pouco apimentados, mas deliciosos. – Eu percebi que ficar falando do Justin perto dele faz com que ele sinta ciúmes. Tenho que parar com isso já.
Depois que comemos os nachos e bebemos refrigerante (ele deu nachos na minha boca e limpou o molho que estava em volta... com a boca dele) e me levou em casa.
- Ele é tão fofo... – Foi o que eu disse quando encostei a cabeça no travesseiro, prestes a dormir.

* * *
O primeiro bimestre de provas já havia passado e já estávamos no final de novembro. Havia só mais um teste pra fazer. O de sociologia. (Na América do Norte, as férias de verão são em Agosto. É como se fossem as férias de Janeiro daqui).
- Amor, vamos comer alguma coisa depois da escola. – Tyler disse enquanto estávamos indo nos sentar perto de Brett, Chris e Justin.
- Hm... Não vai dar.
- Por que?
- Vou estudar com Justin para sociologia.
- Com Justin.
- É. Qual é o problema? – Deixei a minha bandeja na mesa e coloquei as mãos na cintura. Já havíamos brigado por isso umas duas vezes.
- É tudo com ele. Justin pra cá. Justin pra lá. – Ele aumentou o tom de voz consideravelmente.
- E qual é o problema? Tá com ciúmes? – Aumentei o tom também. O suficiente para as pessoas da outra mesa nos olharem.
- O problema é que eu sou o seu namorado. E não ele!
- Tá preocupado de virar corno, amorzinho? – Essa sou eu sendo irônica.
- Não. Mas vai ser feliz com ele. Cansei de você me trocar por ele
- Deve ser por que ele é muito mais legal que você.
- Então por que você não namora com ele? – Ele perguntou me desafiando. À essa altura do campeonato, todos os olhos do refeitório estavam sobre nós. Eu abri a boca pra responder.
- Pode ser que eu namore.
- Ah é? Beija o Justin então se você gosta tanto assim dele a ponto de me trocar por ele. – Ele me desafiou novamente. Se tem uma coisa que eu odeio é quando duvidam de mim. Sorri sarcasticamente, virei-me para Justin, peguei a mão dele, levantei-o e beijei Justin. Ele é meu amigo, vai me entender e sabe que eu sou orgulhosa e que a última palavra sempre é minha. Ele entendeu o meu recado e agiu como se já tivéssemos feito isso milhões de vezes, sendo que só foi uma. Afastei-me dele, limpei o canto da boca com o polegar, peguei a minha Coca Diet e bebi um gole sem tirar os olhos de Tyler. Aprendi uma coisa com um livro que ganhei, A arte da Guerra: Nunca tire os olhos do seu oponente. Desviar os olhos demonstra insegurança. Arqueei a sobrancelha no sinal de “acabou pra você”. Ele deixou a bandeja na mesa e saiu do refeitório e percebi que havia gente que tinha gravado no celular. Aos poucos, os cochichos viraram conversas e tudo se normalizou depois.

Rélou lindas! Então, mais um aí pra vocês, comentem pelo amor de Deus Pai o que vocês estão achando da história, isso me incentiva a continuar. Beijocas com cheiro de Somaday. Gi

3 comentários:

  1. A-D-O-R-E-IIIII ... cada vez mais criativa ... continuaaa !!

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  2. Aaaaah gostei muito amiga continua assim !

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  3. Meu Deus !!! Ta sensacional!!! Ótimoooo!!! to ADORANDO <3 !!-Lays

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