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segunda-feira, 22 de abril de 2013

No regrets - Capítulo oito

- Da próxima vez, leve a chave de casa. – Minha mãe disse ainda rindo da minha cara por ter ficado trancada do lado de fora de casa na noite anterior.

- HÁ, HÁ. – Ri sarcasticamente. – Mas como eu tenho um amigo muito legal. Dormi na casa dele.

- Usaram camisinha? – Minha mãe me olhou séria

- Meu AMIGO muito legal! Tá, mãe! – Bradei e ele continuou rindo da minha pessoa. Desagradável.

* * * 

Estou com quatro ingressos para o jogo dos Maple Leafs amanhã. Eu você, Theodore e meu pai?
Dizia a mensagem que Justin me mandou há alguns minutos.

- Pai. O Justin tem quatro ingressos para o jogo do Maple Leafs amanhã. Eu, você, tio Jeremy e Justin, quer ir?

- Claro. Que horas?

- Acho que é às seis.

- Da tarde? – Já sei de onde eu puxei tanta idiotice.

- Claro né, pai? Quem vai à jogo de baseball às seis da manhã? – Ele parou por dois segundos com a cara de “é mesmo”.

- Tudo bem. Avisa à sua mãe.

- Mãe! – Fui gritando “mãe” da sala até a cozinha. Ela odeia que eu faça isso.

- Que foi, menina? Eu hein, parece maluca. – Ele resmungou mexendo na panela. – Diga, criatura. Vem gritando da sala até aqui e não fala nada.

- Ah sim.... É... Pô esqueci. Ah é. Meu pai pediu pra avisar que amanhã eu e ele vamos ao jogo do Maple Leafs, tá?

- Tudo bem.

* * * 

- Giovanna, é apenas um jogo. Não é o American Next Stop Model.

- Tá... Tô descendo. E é America’s Next TOP Model! – Corrigio o meu pai que estava saindo do quarto

- Meninas... – Ele bufou e saiu do quarto. Coloquei essa roupa apesar de ser uma ironia ir ao um jogo do Canada Maple Leafs com o boné dos Lakers, nada haver.





- JOGA PRO TIM! – Meu pai gritou com o saco de pipocas na mão deixando cair algumas.

- NÃO! – Jeremy – PRA ESQUERDA. – Jeremy colocou as mãos na cabeça. – PRA OUTRA ESQUERDA! – Ele gritou e eu ri. Eles pareciam dois malucos gritando para os jogadores, como se eles fossem escutar.

- Será que vamos poder sair da Waverly pra poder ir pra outro lugar? – Perguntei para Justin.

- Não sei... VAI TIM! – Ele gritou. Tim é o principal atacante do Canada Maple Leafs. Nem gosto tanto assim de hóquei como esses três, só vim pra cá por que... Sei lá. Último momento pai e filha e tal. Achei necessário. Mas sei lá, acho desnecessário essa coisa toda de “Ai meu Deus, ela vai se mudar”. Tipo, gente, eu não vou morrer, apenas me mudar.

* * * 

- Entra... – Falei quando minha mãe bateu na porta. Eu estava arrumando as minhas coisas para enviar para a Waverly. Ainda não acredito que vou pra lá

- Filha, a gente pode conversar?

- Claro... Só que eu tenho que enviar isso, então vai falando enquanto eu arrumo... – Respondi

- Eu não sei se você sabe, mas esses colégios internos são meio... podres.

- Ahan... – Assenti sem prestar muita atenção.

- Isso quer dizer que os garotos e as garotas faz...

- Mãe. Amor da minha vida. E sei bem o que rola lá dentro. E agora é a hora de você me soltar e acreditar que o que você me ensinou vai valer de alguma coisa. – Isso saiu da boca da filha que dormiu fora de casa por que estava bêbada? – Já comprou a passagem?

- Já... – Eu vi que os olhos da minha mãe estavam se enchendo d’água, e logo estavam derramando lágrimas. –

- Mãe... Não chora, vai. Eu vou vir pra cá todos os feriados. – Sentei-me ao lado dela.

- Mas não vai ser a mesma coisa.

- Eu sei. Pra mim também não, mas você mesma disse que é para o meu futuro, né? Que a Waverly é uma boa escola e que vai me preparar para uma faculdade boa. – Lembrei do que a Day disse sobre sexo e maconha. Minha mãe me abraçou. Sua respiração era profunda e pausada.

- Tudo bem, filha. Vou descer. Quando terminar, me avisa que eu vou levo você no correio para enviar isso, ok? – Ela secou algumas lágrimas e parou na porta do meu quarto, olhando pra mim. – Te amo, viu?

 - Te amo, também. – Respondi e ela sorriu. Tá. Eu posso parecer bem madura e tal, mas sempre que eu tenho um problema, é no colo dela que eu fico mais tranquila. Quando eu começo a chorar, é ela que me tranquiliza. Não sei se um dia eu vou ser uma mãe tão boa quanto ela é pra mim agora. Também não sei se um dia vou entender o significado de ser mãe. Não é uma coisa tão simples, não é apenas ter o filho. Mas também não é tão complexo quanto construir uma bomba atômica. Elas simplesmente são. E são perfeitas no que fazem. Quando digo perfeitas, não digo no fato de nunca errarem, porque ninguém é assim. Digo no sentido de serem perfeitas no sentido de saberem exatamente do que nós estamos precisando, mesmo que não concordemos, elas sempre estão certas, mesmo que não integralmente. 



Oi gatinhas! Tudo bem com vocês? Espero que sim. Esse ficou de um tamanho bom? Acho que ficou. Se vocês gostaram, comentem aqui em baixo e se não gostaram, comentem mesmo assim que gostaram , pode mentir, tudo bem... Obrigada as leitoras que comentam, bem vindas, leitoras novas, leitoras fantasmas, eu amo vocês também. Pode comentar, eu não mordo. Beijos com doce de leite pra vocês. Gi!

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