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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

No regrets - Último capítulo

5 anos depois

- Meu Deus, eu estou nervosa! Eu vou morrer, Sr. Johnson, fala logo a minha nota! – Cinco anos se passaram. E eu estou aqui, implorando pra saber se, por causa dessa nota, eu vou me formar na faculdade ou vou ter que repetir o período.

Pra poder deixar tudo mais claro, eu estou com 23 anos e estou no último de dez períodos da faculdade de artes cênicas. Essa matéria que, infelizmente, eu não sou muito boa se chama Dinâmica de Palco e envolve criar, (sim, criar) métodos para a movimentação no palco de modo que a presença de palco seja eficaz. E seria fácil, se não fosse por um detalhe, é por escrito. Segundo o Sr. Johnson, criar técnicas escritas facilitam na hora de escrever um roteiro e demonstrar a movimentação que você quer que o ator represente. É, eu sei que é complicado, por isso que eu fiquei pendurada nessa matéria.

- Então, de quanto você precisava pra passar mesmo? – Ele perguntou olhando o diário. Lenorah estava do meu lado, ela sempre foi uma ótima aluna e não ficou devendo em nada.

- Precisava de oito e meio.

- Sua nota é... Oito ponto seis.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Meu Deus! Eu consegui, Lenorah! Consegui! Eu vou me formar! Eu vou pra Tomorrowland com vocês! – Ah, uma coisinha, a nossa viagem de formatura, que eu paguei mesmo sem saber se ia me formar, é para um lugar chamado Tomorrowland. Exatamente, na Bélgica. Eu e Justin sonhamos com isso desde... Desde sempre, pra falar a verdade e dentro de uma semana, vamos para o mais incrível festival de música eletrônica do mundo e a vamos estar nos três dias. Além das pessoas da minha sala e Justin, Lenorah fez questão de chamar o namorado novo, Charlie pra ir conosco.

Ah, e o Justin. Pois é. O nosso namoro continua firme e forte e eu não sei como porque a quantidade de garota, principalmente da vadia da Zoe dando em cima dele, é imensa e eu estou quase dando um bico em qualquer uma que chegar perto demais do meu homem.

E cadê o Louis? Bom, ele continua sendo da nossa roda de amigos. Eu falo com ele, mas tento não manter muita intimidade. A nossa amizade já não é a mesma de antes há muito tempo.

Meus pais. Eles estão cada vez mais orgulhosos de mim e do Justin e vamos visita-los todo anos, quatro ou mais vezes por ano. Na verdade, eles vão vir nos visitar no dia da formatura. Já oferecemos uma casa linda que vimos perto do nosso apartamento, mas eles não saem da velha Stratford por nada nesse mundo, eles amam cidade pequena.

Eu não trabalho mais no Starbucks. Saí de lá há dois anos, agora eu estou trabalhando na escola que o Justin dá aula, na Hammer. Eu, junto com um velhinho simpático de cabelos completamente brancos, damos aula de teatro para crianças. Ano passado, no Natal, montamos uma peça com eles e eu não consegui não sorrir durante o espetáculo inteiro.

* * *

- Mãe! Mãe, que saudade! Nem acredito que chegaram! – Abracei a minha mãe e quando a via na portaria do prédio, em seguida, o meu pai. – Vocês não mudam... Quer dizer, só mais uns fiozinhos brancos na cabeça, mas nada demais.

- Filha. Você está linda. – Ela disse - E Justin... Você andou malhando? – Ela perguntou fazendo-o se virar, ele estava conversando com os pais dele e eu fui falar com Pattie e Jeremy.

- Oi, tia! – Eu disse abracei e depois o Jeremy – Tio...

- Como vocês estão? Nós estávamos morrendo de saudades...

- Eu imagino. Vocês não querem subir? Eu fiz bolo pra gente comer no lanche – Mais uma coisa... Eu aprendi a cozinhar! Não cozinho igual ao tio Jeremy, mas não morro de fome e de vez em quando, arrisco algumas sobremesas. Eles subiram com a gente levando cada um uma mala pequena de mão.

Colocamos o papo em dia durante o lanche e o tio Jeremy continua engraçado como sempre e zoando o Justin cada vez mais. Esses meus velhos... Num momento, Justin chamou Jeremy e meu pai pra mostrar alguma coisa lá no quarto. Deve ser o armário novo.

* * *

Justin P.O.V.


- Meu Deus, Theodore! Você deixa?

- Claro que sim, meu garoto! Claro que sim! - Eu abracei Theodore. Eu não podia estar mais feliz.

- Filho, eu achei que você não tinha tanta certeza... – Meu pai me disse e eu dei uma cutucada com o cotovelo nas costelas dele.

* * *

- Vocês estão prontos?! - O DJ do avião perguntou e nós gritamos em resposta enquanto balançávamos os bastões iluminados e que piscavam cores coloridas, deixando o avião ainda mais com cara de festa. – Estão?! – Gritamos novamente. – Então, vamos começar! – Ele soltou uma música e todos nós começamos a dançar freneticamente nos nossos assentos. É, definitivamente o melhor avião pra se viajar.

* * *
Giovanna P.O.V.

Finalmente, depois de quase doze horas de viagem, chegamos à cidade de Boom, na Bélgica. Quando eu pisei dentro do território do Tomorrowland, juro, uma lágrima caiu do meu olho. Eu não podia acreditar no que estava vendo. Assim como nós, de New Jersey, pessoas de todos os lugares do mundo estavam se reunindo e indo para os seus chalés para curtir o melhor final de semana das nossas vidas.

- Ai meu Deus! Eu não consigo acreditar! – Gritei fazendo as pessoas olharem pra mim, algumas não entendendo uma palavra do que eu dizia. – Essa é a melhor festa de formatura do mundo.

- Eu sei! Meu Deus, estou pirando! – Lenorah disse, do meu lado. Ela suspirou. – Até o cheiro daqui é bom!

- Amor, vai ser perfeito. – Justin disse chegando por trás de mim e abraçando a minha cintura. Eu de um selinho nele e voltei a olhar pra frente

- E vamos ficar os três dias... – Charlie disse abraçando Lenorah do mesmo jeito.

* * *

- Amor, o que aconteceu, você ficou tenso durante a viagem toda. Já estamos no terceiro dia, daqui a pouco tem o último show e você ficou tenso...

- Ah, não é nada... Eu não estava tenso. – Ele se deitou na cama do nosso chalé.

- Então tudo bem.

- Eu vou descansar um pouco, pra ficar mais animado pra de noite, tudo bem? – Ele disse e eu concordei.

- Tudo bem. Vou lá fora com a Lenorah, ela tinha marcado da gente fazer alguma coisa antes de ir embora.

- Tudo bem. Mas, vem cá. Me dá um beijo. – Subi na cama engatinhando e dei um beijo nele e voltei. - Te amo, viu. – Ele deu um tapinha na minha bunda, me fazendo rir.

- Te amo, também, Jus. - Eu disse e saí. – Ele está aprontando alguma coisa. Eu sei disso.

* * *

Eu estava dançando uma música nova da Yngri – DJ e eu nem conhecia, mas era contagiante demais e eu estava toda suja de tinta neon colorida que algumas pessoas jogaram. Eu estava tão perto do palco, quase na grade, que eu podia sentir o meu coração vibrar no ritmo da música. Era o último dia de festival e todos pareciam dançar como se não houvesse amanhã. Eram três horas da manhã aqui na Bélgica e ninguém parecia estar cansado. Lenorah e Charlie dançavam do nosso lado e se beijavam de vez em quando.

Tudo estava perfeito; o clima, a música, as pessoas, a ambiente, a vibe que estávamos naqueles dias. Percebi que Justin parou de pular por alguns segundos e ficou me encarando, hipnotizado. Parei de pular também e prendi o meu cabelo no coque, estava suada demais para deixar solto, mas eu não estava ligando nenhum pouco para beleza naquele momento. Eu olhei pra ele com um sorriso idiota demais na cara. Justin virou-se para Charlie e disse alguma coisa. Charlie pegou o celular e começou a nos filmar. Eu estranhei. Justin chegou perto de mim e falou bem perto do meu ouvido, para que eu pudesse escutá-lo.

- Você sabe que eu te amo muito, né? Mais que quase tudo no mundo.

- Claro. Eu também te amo demais, Justin. – Eu disse no ouvido dele.

- Sabe que você, pra mim, é a pessoa mais linda, gostosa e maravilhosa, né? – Ele disse novamente, me fazendo rir e concordar.

- Sei...

- E por último, sabe que eu não saberia viver sem que você estivesse do meu lado todos os dias, né? Que eu nunca conseguiria me ver sem você, sabe?

- Ahan... Agora eu sei...

- Então, agora que você já sabe de todas essas coisas, casa comigo? – Ele disse no meu ouvido e se abaixou no chão de joelhos com uma caixa de veludo na mão e que dentro, tinha uma aliança de ouro. Eu coloquei a mão na boca que se recusava a fecha. As pessoas ao redor se viravam para ver o que estava acontecendo e abriu uma toda de espaço ao nosso redor. O meu rosto, agora com tinta neon e lágrimas, possuía um sorriso capaz de estourar a cara.

- Claro que aceito, cara! Claro que sim! – Eu gritei e ele colocou a aliança no meu dedo anelar direito e eu no dele. Ele me puxou pela cintura e nos beijamos. Nada mais importava, só eu e ele. Eu só conseguir escutar as pessoas ao nosso redor aplaudiram e gritaram. Escutei a voz da DJ.

- Então os pombinhos vão casar?! – Yngrid disse. – Parabéns! Muitas felicidade e vamos acabar esse dia com chave de ouro! – Ela trocou a música depois de um dubstep.

Justin me puxou novamente e colou seus lábios nos meus. Entre um beijo e outro, num sorriso, eu disse o que já tinha dito milhares de vezes, mas agora com mais certeza ainda.

- Eu te amo... Muito.

- Eu também te amo. – Ele voltou a me beijar.

E foi assim que ele me pediu em casamento. As coisas acontecem quando a gente menos espera. Eu nunca imaginei que o garoto que jogava Imagem e Ação comigo quando tinha sete anos e cresceu comigo, o meu melhor amigo ia me pedir em casamento assim: no meio do festival de música que sonhamos desde sempre, chamado Tomorrowland, os dois sujos de tinta, no meio de um monte de gente que a gente nem conhece, num show de uma DJ brasileira, um quase não escutando o outro.

Pra você pode não parecer romântico, mas pra mim, foi perfeito. Hora certa, lugar certo, música certa, pessoas certas, ambiente certo, vibe certa, emoções certas, palavras certas, tudo cooperando para um sim que veio dos dois quando topamos começar a escrever uma história que nem sabíamos se ia dar certo. Uma amizade sendo posta em risco por causa de um amor, que, na época, era a coisa mais incerta de todas. Milhões de dúvidas brotavam nas nossas cabeças quando ainda éramos adolescentes que não sabiam nada sobre a vida e os seus desafios que não nos são contados quando nascemos e nem vem com manual de instruções. Mas sempre tem aquela pessoa que tem as respostas pras suas perguntas, ou até mesmo, é a resposta de todas elas. Talvez nós não saibamos, mas a pessoa que passa a vida inteira do nosso lado e nós nunca nos demos conta. Eu só percebi quando eu pare de olhar pra frente procurando a pessoa certa e passei a olhar pro lado e percebi que eu não precisava de mais nada pra ser feliz.

- Entendeu, filha? Foi assim que o seu pai me pediu em casamento.

- Nossa, foi lindo, mãe... Lindo demais.

- Falando de mim? – Justin perguntou saindo da cozinha com um sorriso lindo e me abraçando por trás enquanto eu estava sentada na cadeira.

- Nada demais... Julie, vai ajudar o seu pai com a comida que eu vou ver uma coisa aqui. – Ela seguiu o pai e eu fiquei olhando para a foto no centro da mesa. A foto que o Charlie tirou naquele dia e foi parar no nosso convite de casamento.

Há 20 anos atrás...


HEY! Gatinhas, foi isso. Eu amei escrever No regrets e espero que vocês tenham gostado de ler tanto quanto eu gostei de escrever. Foi ótimo pra eu poder aperfeiçoar a minha escrita e desenvolver a minha capacidade de escrever. Espero que tenham gostado do casal que eu formei, da história e emfim. 
Não vou parar de escrever nunca e se vocês quiserem me acompanhar em mais uma aventura, o link da minha fanfic nova, Scars, está aqui, espero que gostem de verdade, estou me esforçando.
Beijos caramelizados pra vocês e nos vemos por aí, Gi!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e nove

Giovanna P.O.V.

“Então tudo bem”. Só isso. Se fosse o Justin, ele me pediria pra ficar mais um pouco... Ou mais um muito. Eu só queria ir pra casa, me aninhar em seu peito e pedir desculpas por ser tão idiota e egoísta a ponto de pensar que eu precisava mesmo de um tempo. Só quero escutar ele dizer que me perdoa e me ama.

Mas eu sei que quando eu chegar em casa, vai ser tudo a mesma coisa que tem sido há algumas semanas. Ele estará irredutível. E a culpa é minha.

E foi exatamente isso que aconteceu. Ele estava sentado no sofá assistindo TV às duas e alguma coisa da manhã. Uma garrafa na mão e uma vazia no chão. Parece que estava me esperando.

Eu tinha acabado de voltar da casa do Lou depois de perceber que ele só queria dormir comigo. Chutei a minha cara mentalmente por ter deixado isso acontecer e chutei novamente por ter deixado uma lágrima cair.

- Onde você estava? – Ele perguntou virando o rosto pra mim e se levantando em seguida.

- Não interessa. – Respondi. Ela sabia que eu estava com o Louis. Eu queria me desculpar, mas me render nunca foi o meu ponto forte, digamos assim.

- Interessa sim. – Ele segurou o meu pulso quando eu ia tentar sair dali. Olhei para o meu pulso e ele afrouxou a mão e depois soltou-a. – Eu sou seu... - A voz dele falhou quando eu arqueei a sobrancelha. – Amigo. – Ele disse, por fim.

- E?

- Por que estava chorando, caralh*? – Ele perguntou mudando de assunto. Eu senti que estava fazendo força para ser grosso porque o que ele mais queria era me abraçar forte e falar que tudo ia ficar bem...

Ou não.

- Não te interessa. – Falei pausadamente. Ele trincou o maxilar. Ele odeia quando eu respondo assim.

- Aquele dia. Você sabia que tinha alguém comigo né? – Ele perguntou mudando de assunto novamente e fazendo menção ao dia que eu peguei ele na cama com uma loira oxigenada aleatória.

- Qual é a diferença? Já é passado. – Eu disse indo para a cozinha, mas ele me segurou de novo.

- Eu estou falando com você – Dei um solavanco e ele me soltou. – Você sabia. – Ele afirmou. – Não acha que está grandinha demais para sabotar os outros não? – Ele disse aumentando o tom da voz dele.

- Sabotando?! Claro que não! – Eu respondi me virando pra ele.

- Claro que sim, idiota! Você sabia que tinha alguém comigo no quarto!

- E você fez a mesma coisa!

- Achei que estivesse sozinha!

- Não achou! – Eu empurrei ele pra trás e ficamos de frente um para o outro, os olhos cheios lágrimas. Dos dois. – Justin, seu imbecíl, eu te odeio! – Eu o empurrei.

- E eu odeio você, vadia!

- Você me chamou de que?!

- É! Isso mesmo! Aquela que dorme com um monte de caras! Tipo o Louis e o Harry! E sabe Deus mais quem!

- Você, vai tomar no c*! Eu te odeio, seu broxa!

- Eu vou te mostrar o porr* broxa enquanto você rebola em mim, caralh*! – Em uma fração de segundos, ele marchou até mim e me pegou pela cintura com toda a força que tinha e me jogou na parede e me beijou, quase tirando sangue dos meus lábios, tamanha a selvageria que ele usou. Eu tirei a sua camisa com urgência e arranhei o seu abdômen, deixando marcas de unha enquanto eu o beijava com tanta intensidade que nem eu mesma me reconhecia.

Ele me colocou no colo dele e me levou para o quarto enquanto intercalava beijos, mordidas e chupões no meu pescoço. Ele entrou a fechou a porta com força pressionando-me contra ela. Ele tirou a minha blusa e literalmente me colocou em cima da cômoda, tirando tudo que estava atrás de mim e me deitando nela com força, beijou toda a minha barriga e dando chupões e lambendo, me fazendo deixar escapar gemidos. Peguei a sua cabeça e busquei seus lábios urgentemente, já tão vermelhos de beijar.

Ele me jogou na cama, me fazendo quicar em cima dela, o que foi extremamente excitante. Depois, me ajudou a tirar o meu short o mais rápido possível e eu tirei a sua calça com urgência. O membro dele estava realmente rígido. Ele desceu as mãos dos meus seios, os quais ele apertou tanto que ficaram doloridos e vermelhos por causa dos chupões e apertões, para a minha calcinha e rasgou-a.

Sim, ele rasgou a minha calcinha em dois pedaços, como se fosse papel higiênico ou qualquer coisa do tipo. Depois ele me olhou nos olhos, esperando impacientemente um comando vindo de mim.

- Não me faça me arrepender de manhã. – Eu disse.

- Faça durar que eu faço valer à pena. – Ele me olhou e meteu (sim, eu falo meteu no sentido de fod*r). Assim mesmo. Sem mais nem menos, sem preliminares, sem oral. Ele começou a se mover e estocando, ele me fazia gemer desesperadamente alto. Nós estávamos f*dendo e fazíamos isso com força. – Eu vou fazer você soletrar o meu nome. - Ele estocava e eu arqueava as costas, sempre em busca de mais dele em mim. A cada investida, parecia que os nossos corpos se fundiriam em um só. Não estávamos dando a mínima se os vizinhos escutassem nós estávamos f*dendo e nada mais no mundo importava além de nós dois.

O que não passavam de gemidos, agora, eram gritos estrangulados de prazer misturado com todos os sentimentos que deixamos apinhados dentro de nós mesmos durante esse tempo que ficamos “separados”. Era sexo com urgência e necessidade, sem o mínimo de cuidado. Se nos machucássemos, não sentiríamos dor, o prazer era muito maior.

- Geme pra mim, geme...

- Aw... Oh, meu Deus... Ah... – Ele apoiava as mãos uma de cada lado na minha cabeça.

- Geme o meu nome... – Ele não parava de aumentar a velocidade a cada segundo que se passava enquanto usava o meu pescoço como bem queria, dando beijos e chupões. De vez em quando, mordidas excitantes na no lóbulo da orelha.

- Jus...Justin... – Eu gemi no seu ouvido.

Justin P.O.V.

O corpo dela é o país das maravilhas. Todas as vezes que transamos é como se fosse a primeira, sempre com alguma coisa que eu ainda não sabia que existia e que me deixava completamente excitado. Mas, ainda sim, como se tivéssemos feito milhares de vezes. Sabemos o que estamos fazendo, sabemos como e o que fazer para dar e receber um prazer extremo. Temos uma sintonia que chega a ser ridícula.

- Jus... Eu vo... – Ela falou enquanto rebolava embaixo de mim. Eu não queria parar de meter nela por nada no mundo.

- Espera, tô quase lá...

Giovanna P.O.V.
Depois de quase seis minutos, gozamos e chegamos ao orgasmo juntos. Ninguém, repito, ninguém nunca me fez chegar ao um orgasmo tão rápido quanto ele. Depois de ele ficar alguns segundos com a cabeça apoiada na curva do meu pescoço, caímos exaustos na cama, cansados e aliviados, completamente satisfeitos e mais leves, com a respiração descompassada.

Olhamos para o teto como se ele tivesse as respostas das perguntas que sabíamos que teriam que ser feitas. O seus dedos deslizavam pelas minhas costas nuas e as respirações, já normalizadas, misturavam-se com o barulho dos carros, mas isso não incomodava nenhum dos dois.

- Justin...

- Fala. – Ele olhou pra mim.

- Estou sem sono.

- E o que você sugere que eu faça?

- Canta pra mim... - Sorri levemente pra ele, mesmo no escuro, apenas com luzes lá de fora, ele ficava lindo. Ele se levantou, vestiu a boxer preta que estava no chão, pegou o seu violão no canto do quarto, sentou na beira da cama, de lado pra mim, mas ainda sim com os seus olhos fixos em mim, ele começou a dedilhar as primeira notas de uma das minhas músicas preferidas de todos os tempos, Something, dos Beatles.

- Something in the way she moves, attracts me like no other lover. Something in the way she wooooooooos me.(Alguma coisa no jeito que ela se move me atrai como nenhum outro amor. Alguma coisa no jeito que ela me convence)  – Ele cantou, me fazendo rir, exatamente como o George Harrinson canta na música.

Como esse cara exerce tanto poder sobre mim? Como uma pessoa pode se sentir tão infinitamente atraída por alguém? Foi pensando nisso e escutando os acordes de uma música perfeita na voz dele que eu dormi às três e nove da manhã daquela sexta. O dia que eu tive certeza que eu não podia passar muito tempo sem ele. O dia que eu tive certeza que eu o amava.

* * *

Acordei com uma luz irritante na minha cara. Olhei para o lado e ele ainda estava dormindo. Olhando assim, nem parece que essa coisa linda e angelical faria o que fez ontem à noite. Quero deixar bem claro que além de fazer amor, o que acho meio inapropriado para a ocasião, nós f*demos mesmo. Eu cheguei a pensar que além das marcas de chupões, eu ia ficar sem andar.

Sorri olhando pra ele e sabendo que tudo tinha voltado ao normal. Peguei uma camisa qualquer e uma calcinha nova, já que o Justin tinha rasgado a minha. Fui para cozinha e coloquei uma xícara de café pra mim e voltei pro quarto. Dei uma olhada em volta do lugar.

Roupas e os restos da minha calcinha no chão, a cama toda bagunçada, a cômoda sem nada em cima e as coisas que deveriam estar nela estavam no chão, as costas plenamente visíveis dele estava arranhadas e a avermelhadas. Deixei para arrumar as coisas depois e fui até a janela ficar olhando lá pra baixo enquanto tomava o café. Ainda bem que hoje não tem faculdade, é sábado, eu não aguentaria ficar acordada depois de ontem.

Senti os braços de Justin me abraçando por trás e me envolvendo fortemente num abraço.

- Bom dia... – Ele disse dando um beijo no meu pescoço.

- Bom dia... – Passei a mão por sua nuca e dei-lhe um beijo rápido na boca

- Eu já te disse que você fica muito sexy com blusa de banda de rock antiga?

- Não... E eu já disse que você fica absurdamente gostoso de cueca boxer preta quando acorda?

- Não. Mas obrigado. – Virei-me de costas para a janela e caminhei e sentei na beira da cama e olhei pra ele, que ficava ainda mais lindo com a luz contra o seu corpo que deixava-o com um contorno dourado, se é que é possível ele fica mais lindo do que já é.

- E agora? – Eu perguntei. Essa foi a mesma pergunta que eu fiz depois da nossa primeira vez.

- A gente voltou, né? – Ele veio até mim e deitou-se, encostando a cabeça sobre as minhas pernas. Eu dei um beijo na sua testa.

- Eu te amo, sabia, seu put*?

- Sabia sim. E eu também te amo, vadia... – Sorri e voltei a beber o meu café olhando para os arranha-céus de New Jersey.



Justin P.O.V.
Respirei bem fundo. Cheiro de alívio. Caralh*, ela voltou. Olhei pra ela. Estava olhando pra janela enquanto bebia café. Como eu fui ter a sorte? De verdade, eu conheço essa garota desde que eu nasci e, desde que parei de gostar de brincar só com garotos e garotas foram se tornando mais importantes, tipo com uns 12 anos, eu sou doido por ela. E ela não precisa e nem nunca precisou fazer nada pra eu ficar desse jeito.

E olha só pra gente agora.

Morando juntos num apartamento, fazendo faculdade e pensando em como vai ser daqui a cinco anos quando nos formarmos.

Eu sou bem romântico (lê-se gay) quando se trata de gostar de alguém. Juro que quando ela terminou comigo eu fiquei tão put*, mas tão put* por fora, mas por dentro eu queria agarrar aquela garota e se fosse preciso, amarrá-la na cama pra ela não ir embora; fazer alguma coisa pra ela ficar. Eu estava transando com a Zoe porque ela sempre deu em cima de mim, mas eu imaginava a Giovanna em baixo de mim, gritando o meu nome. Eu percebi que sou completamente louco por ela.

E nesse momento eu percebo que, partindo daqui, virar gay de verdade é um passo.

5 anos depois...

Anjinhos do meu coração, tá acabando, esse é o penúltimo capítulo e juro, o final é a minha cara, do jeito que eu queria que eu ficasse ou talvez melhor. Sem spoilers por enquanto, mas quem quiser pode ler a minha outra fanfic aqui. Beijinhos achocolatados pra vocês, Gi!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e oito

Domingo de arrependimento.
Essa seria um ótimo adjetivo para caracterizar o meu dia. Estou trancada no quarto desde de manhã e já são duas da tarde. Meus olhos estão ardendo, meu corpo está cansado, minhas costas estão tensas e minha cabeça dói. Se eu soubesse o efeito da fada verde, não teria bebido. Já me acostumei com a vodka e os efeitos não são tão horríveis como os do absinto.

Pra falar a verdade, eu estou me sentindo como uma vadia. Sabe aquelas que dão pra qualquer pra se satisfazer ou pra dar o troco em alguém? Então. As únicas diferenças entre mim e elas é que elas não precisam estar bêbadas para conseguir alguém e nem sentem-se um lixo depois de transar com alguém que você só sabe o primeiro nome.

- Bullshit. – Disse em voz alta e saí da cama.

* * *

Meu dia se resumiu em comer, ignorar o Justin e ficar no quarto sem fazer nada, mesmo sabendo que tenho aula amanhã. Resolvi sair um pouco para o único lugar onde eu consigo pensar e organizar as minhas ideias. Allarie State Park. Fica bem perto do meu prédio e desde que eu me mudei pra cá e meu estado emocional fica meio caótico, eu vou lá pra pensar.

Atravessei as ruas e fui em direção a um banquinho que tinha lá. Passei um tempo olhando para as árvores desejando ser uma delas até o Justin parar de ficar bolado comigo ou até eu parar de me sentir uma vadia. Senti o meu celular vibrando por causa de uma mensagem que chegara.

Louis.

Sorri e perguntei-me o porquê disso.

Onde você está? Está ocupada?

A mensagem dizia. Respondi:

Pense um pouco. Você sabe onde me encontrar.
* * *

- E aí... – Escutei a voz do Louis vindo de trás de mim e suas mãos pousando em meu ombro. Os meus cabelos dançavam conforme o vento das cinco da tarde no parque que, estranhamente, já me era tão familiar.

- Eu disse que você saberia onde me encontrar. – Ele saiu de trás de mim e sentou-se do meu lado, olhando pra frente.

- Por que está aqui?

- Vim pensar um pouco...

- Sua casa está caótica?

- Um pouco. O silêncio é pior do que os nossos gritos.

- Imagino. Quer ir lá pra casa? – Hesitei um pouco e me levantei depois.

* * *

- Então quer dizer que você dormiu com o cara só pra fazer ciúmes no Justin? – Louis perguntou depois de eu explicar pra ele.

- Dar o troco é a palavra certa. – Falei com um pouco de vergonha.

- Mesmo assim. Posso falar o que eu acho?

- Me acha uma vadia?

- Não... Não mesmo. Eu acho que você não precisa disso. Você não precisa o fazer sentir ciúmes desse jeito, ele vai perceber que perdeu a pessoa mais importante da vida dele por causa de uma criancice dele.

- Obrigada. – Olhei pra baixo com um pouco de vergonha e olhei para os olhos azuis dele que estavam fitando a minha boca. Sem saber exatamente o porquê, eu me aproximei dele e o beijei. Curiosidade, atração, desejo, seja lá o que me fez beijar o lindo britânico de olhos azuis, eu estava agradecendo a Deus por ter sentindo porque os lábios dele eram macios e sutis, mas as suas mãos tinham o toque malicioso que todas as meninas gostam. Sim, eu gostei do jeito que as mãos dele percorreram as minhas costas e o hálito indecifrável que ele possuía. Afastei-me um pouco dele quando percebi que estava ficando um pouco mais quente. – Desculpa. – Sussurrei, tirando coragem de não sei aonde para encará-lo nos olhos.

- Não foi nada... Eu gostei. – Ele sorriu.

* * *

Algumas semanas se passaram e só Lenorah sabia que eu e Louis estávamos nos encontrando depois das aulas ou qualquer coisa assim. Mesmo que eu não soubesse exatamente o porquê de estar levando tudo isso adiante. É estranho o modo como eu me sinto com relação à isso, porque eu não sinto...nada.

É. Essa é a verdade.

Eu gosto do Louis, ele é uma ótima pessoa, mas eu amo o Justin e no momento ele deve estar comendo aquela vadia da Zoe porque é isso que ele faz quando quer afogar as mágoas dele. E, sinto muito, mas não vou pedir desculpas; sou orgulhosa demais para isso.

Se você está se perguntando se eu e Louis já transamos, a resposta é não. Mas creio que aconteça em breve e, sinceramente, não sei se é isso mesmo o que eu quero. Louis sempre diz que gosta de mim e que sou uma ótima pessoa também, apesar de não termos nada muito sério. Às vezes ele demonstra que eu sou a única pessoa no mundo pra ele, e outras vezes ele age como se só tivéssemos nos pegando depois das aulas.

Que tal um filme aqui em casa? – Ele mandou pra mim no sábado de tarde.

Só se tiver pipoca. – Respondi

Já comprei e voltei e você não chegou ainda. – Eu li e fui pegar uma roupa no armário. Optei por um short, blusa simples e cardigã. Nada muito elaborado.

Se eu quero que role hoje?

Pra mim, tanto faz como tanto fez. Eu não ligo mesmo. Mas se for eu quero que seja por algum motivo realmente especial, sei lá. Só não quero me arrepender, porque depois de me sentir uma vadia dormindo com Harry, a última coisa que preciso é passar novamente por isso.

Ok, já podem me chamar de drama queen.

Coloquei a minha roupa, peguei o me celular e coloquei algumas coisas na bolsa e quando estava saindo, escutei uma voz que tem tempos que eu não escutava.

- Está indo pra onde?

- Vou ver um filme.

- Por que não fica em casa? – E porque você não vai cuidar da sua vida e, sei lá, tomar no c*? Não fala comigo direito há semanas e ainda quer que eu fique em casa?

- Porque não. Acho que não vou dormir aqui, mas tem pizza no congelador. É só colocar no forno. Tchau. – Disse e saí. Assim têm sido as nossas conversas. Puramente superficiais e frias.

Justin P.O.V.
Acho que não vou dormir aqui.

Essa merd* ficou martelando a minha cabeça durante algumas horas. A vadia só estava querendo me deixar maluco.

Apesar de ela não ter dito exatamente pra onde estava indo, eu sabia que estava indo para a casa do Louis e o que me deixava cada vez mais pilhado é que talvez ela nem viesse dormir em casa e eu não vou conseguir impedir que ela durma com ele.

Quando ela chegar chorando me dizendo que ele não a queria de verdade, não queria como eu quero, eu nem sei o que vou fazer.

Giovanna P.O.V.

* * *

Estávamos vendo O Grande Gatsby e, mais ou menos no final do filme, Louis colocou uma de suas mãos na minha perna.

- Ei... Esse cara adorava festas, né? – Ele perguntou mencionando o Jay Gatsby, o Leonardo Lindo Di Caprio.

- Uma festinha nunca matou ninguém. – Repeti a frase de Gatsby, sorrindo e olhando para Lou.

- Se nunca matou ninguém, que tal fazermos a nossa festinha? – Ele se virou para mim sorrindo e depois me beijou.

* * *

Se você está se perguntando, não, eu não vou narrar como foi o sexo com o Louis. Posso te dizer que foi muito bom. Acabamos no quarto dele. Ele caiu do meu lado, ofegante, com a respiração descompassada, coisa que eu já tinha escutado antes algumas vezes. Não sei quanto tempo levou para eu voltar a respirar normalmente, mas quando isso aconteceu, Louis já estava quase dormindo. Encarei o teto do quarto dele e pensei se deveria falar alguma coisa.

- Lou... Tá acordado?

- Tô.

- Hm... Acabou?

- Por que? Está faltando alguma coisa? – Ele me encarou com aqueles olhos azuis e confusos.

- Não... Tudo bem... Boa noite. – Sorri, dei um selinho nele e virei-me de lado, de costas pra ele Até dar selinhos nele agora parecia meio estranho. Está sim faltando alguma coisa, Louis. Com certeza o meu coração sabia, mas a minha mente não fazia ideia do porquê um choro subiu aos meus olhos. Comprimi os lábios para não fazer barulho. Olhei por cima do ombro pra saber se ele já estava dormindo. E estava.

Virei-me novamente e mais uma lágrima quente caiu quando eu percebi o que estava faltando. Faltavam os braços do Justin ao meu redor, o cheiro dele no quarto, o hálito de canela dele chicoteando o meu pescoço enquanto dormimos juntinhos, faltava o “eu te amo” que ele nunca deixou de dizer, estava faltando ele. Eu precisava voltar pra ele, precisava dele. E eu sei que ele sente o mesmo. Mas tem uma coisa. Uma coisa que nos atrapalha. Os dois são orgulhosos demais para pedir desculpas. Não conseguimos nem mesmo dizer boa noite um para o outro, quanto mais pedir desculpas.

Levantei-me cuidadosamente da cama para não acordá-lo e enquanto vestia meus shorts, escutei Louis acordar.

- Por que está acordada? E pra onde está indo? - Ele perguntou, meio sonolento.

- Hm... Eu... Só quero ir pra casa, tá bem? – Abotoei o short e coloquei a blusa.

- Mas são quinze pras duas da manhã...

- Eu sei. – Coloquei o meu cardigã e peguei a minha bolsa.

- Então tudo bem... – Ele disse.

Louis P.O.V.

Antes que você me xingue, preciso me defender. Antes de começarmos com isso, eu disse para ela que eu precisava de alguma coisa nela e eu não sabia o que era, mas precisava conseguir e ter para mim. Acho que ela encarou como uma coisa romântica e achou que eu estava perdidamente apaixonado. E estava.

Perdidamente apaixonado pelo corpo dela.

Era isso que eu precisava e não acho que ela tenha encarado isso da forma que eu fiz. De qualquer maneira, está feito. E não, não fiz isso para magoá-la, achei que ela entenderia apesar de tudo.

Hey, girls, Agora é oficial, tá quase no final de No regrets. Acho que mais dois capítulos. Quero ver todo mundo chorando. Emfim, espero que tenham gostando e para a felicidade de vocês, Jusanna vai voltar =D  
Beijos de chocolate branco, Gi!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e sete


* * *
Desliguei o despertador com raiva por ter que estudar segunda feira de manhã. Levantei e me olhei no espelho. Cabelo desarrumado, cara de bunda e cansada.

Ótimo. Pensei.

Eu tinha tirado o vestido que estava e dormido apenas de sutiã e calcinha, já que Louis não tinha nenhuma roupa de mulher, nem da Donna, irmã dele que passou uns dias aqui essa semana. Escutei a porta abrindo, mas antes de eu me ligar que era outro cara, e não o meu namorado com que eu estou acostumada, ele já tinha aberto a porta e gritado desculpa bem alto do lado de fora.

Procurei o meu vestido rápido ainda rindo do que aconteceu e vesti, saindo logo em seguida com o celular na mão. Fui até a cozinha pra ver o que ele estava fazendo. Ele estava bebendo alguma coisa de costas pra mim, resolvi dar um sustinho nele.

- Puuuuuuuuuu! – Gritei no seu ouvido gargalhando em seguida da cara de desespero dele. Ele colocou o copo do que parecia ser coca cola na pia e se virou pra trás.

- Doida. Por que fez isso? – Ele perguntou.

- Sei lá. Deu vontade. – Sorri. Ele fitou os meus lábios por alguns segundos que pareceram uma eternidade. Quando senti que ele estava chegando mais perto, resolvi chegar pra trás e dispersar a atenção dele. – O que acha de comprarmos um café e irmos tomando? Não está tão cedo. - Vi Louis corando um pouco e sorri.

- Hm... Er. Claro, vamos. Vou só pegar o meu celular. Pode ir indo para a porta, se quiser... – Ele ficou meio sem graça e saiu procurando o celular pela sala enquanto eu o esperava na porta do apartamento. Ele pegou o celular e fomos caminhando até alguma cafeteria onde compramos dois cappuccinos.

* * *

Todas as vezes que vi Justin na faculdade hoje, ele me encarou com um olhar sem vida, mas que ainda sim, dava um pouco de medo. Contei para Lenorah o que aconteceu e ela achou um absurdo da parte dele e disse que se ele vier falar com ela, vai voar nos pescoço dele com as unhas.

- Ele não podia deixar uma marca em você! A não ser a de chupões! Eu vou matar esse cara quando ele menos esperar. – Lenorah sendo agressiva.

* * *

- Quer que eu te acompanhe até em casa? – Betty perguntou quando me viu pendurando o avental.

- Claro. Quero sim. – Eu estava calma por fora, mas por dentro eu estava com mais medo que eu uma criança sozinha numa floresta escura. E eu não estou exagerando nem um pouco.

Betty me acompanhou até a portaria e depois seguiu para a casa dela. Subi de escadas tentando protelar ao máximo a minha chegada em casa. Como ficaria? Eu dormira na mesma cama que ele?

Abri a porta do apartamento e ele estava do mesmo jeito de ontem. Uma garrafa na mão e uma vazia no chão, vendo televisão. Fechei a porta sem dizer uma palavra e fui direto para o banheiro. Tomei um banho pensando no que eu falaria primeiro. Olhei-me no espelho depois de colocar o cabelo preso num rabo de cavalo e colocar o meu pijama. Meus olhos estavam com uma cara de cansaço.

- Medo do meu ex... Ótimo. – Sussurrei e bufei logo em seguida.

Pendurei a minha toalha no box e deixei a roupa pendurada num cabide, no quarto. Fui até a sala, ao lado do sofá e perguntei.

- Você vai dormir na cama?

- Não. – Ele disse seco, sem desviar os olhos da TV. Suspirei sem fazer muito barulho.

- E amanhã? – Eu disse, tentando estabelecer um padrão.

- Vou. – Ele disse. Entendi que seria um dia eu na cama e outro dia, ele. Tá bom assim. Saí da sala sem nem dar boa noite e me joguei na cama, fazendo força para dormir. Eu não aguentaria dormir chorando e acordar com a cara inchada.

* * *

1 semana depois

Subi no elevador e dei graças à Deus por estar colocando a chave na fechadura do meu apartamento e por ser sexta-feira. Fiquei mais frustrada do que deveria depois de olhar para a sala e me lembrar de que era o meu dia de dormir no sofá. Mas a raiva começou a fervilhar ainda mais quando eu estava colocando os tênis na entrada e vi um par de saltos vermelhos que não eram meus do lado dos Vans sujos do Justin.

Eu vou degolar ele e a vagabunda que está com o Justin. Por Deus eu não fiz barraco porque fui eu quem pediu um tempo, mas não era pra ele comer a primeira vadia que aparecesse na frente dele.

Sentei-me no sofá e deixei os gemidos dela vindos do nosso quarto acabarem até que só os dele ficassem audíveis. Por mais que eu quisesse fazer uma surpresinha, pegar Justin comendo ela não seria assim tão emocionante. Ela estava chupando o pau dele e eu sabia disso porque conhecia esse gemido entredentes de longe.

Pensei no que eu poderia dizer para não entrar assim, sem motivo nenhum. Abri a porta num repente.

- Justin, vai querer o qu... – Eu já sabia o que encontraria, mas tinha que fazer cara de surpresa. A vadia loira oxigenada virou-se para mim ainda segurando o colega dele e ele me olhou com os olhos arregalados. – Desculpa, não sabia que estavam aí. – Disse fechando a porta e rindo baixinho da situação. Tomara que ele tenha broxado.

* * *

Acho que uns dois minutos depois do pequeno incidente, a vadia oxigenada com as pontas dos cabelos falsos azuis já estava indo enquanto eu colocava macarrão nos nossos pratos e coca-cola nos copos e servi na mesa para nós.

Justin não disse nada durante o jantar e aquilo estava começando a me irritar, mas eu fiquei quieta. Nunca gostei de jantares silenciosos, sempre me faziam pensar que tinha alguma coisa errada. Não que não tivesse nada errado, - já que, possivelmente, eu teria feito o meu ex broxar nas mãos de outra garota que talvez saia espalhando isso pra todo mundo que ela conhece – mas sempre achei aceitável as pessoas fingirem que não estava acontecendo nada.

Eu sabia que era minha culpa aquele silêncio insuportável que dura há uma semana, mas se ele quisesse mesmo transar sem ser incomodado, deveria ter ido na porr* de um motel e não na casa dividida.

Tentei puxar assunto, mas nada.

- Como foi no trabalho?

- Normal... – Ele respondeu, apenas.

- Hm... Hoje o café não estava tão cheio.

- Hm... Eu acabei, estou indo dormir. – Ele disse deixando-me sozinha com meus pensamentos. Dei o último gole na minha coca e fui lavar a pouca louça que tinha.

Eu estava sozinha na cozinha, de boa tentando me lembrar do dia que seria a aula extra de dinâmica de palco quando Justin entrou na cozinha e caminhou até o final dela, onde era a área de serviço e colocou um lençol em cima da máquina de lavar, saindo sem dizer uma palavra sequer. Terminei de lavar a louça e fui procurar alguma coisa suja no lençol que Justin colocara lá.

Procurei um pouco quando encostei dois dedos em uma coisa líquida nojenta e um pouco gosmenta. Pressionei os olhos fechados com força quando percebi e identifiquei o que era. Abri os olhos apenas para constatar. Fui correndo lavar minhas mãos. Eu nem sabia de quem era aquela porr* - literalmente - branca. Que nojo. Voltei para perto da máquina e encarei o lençol e coloquei pra lavar separado das outras coisas.

Ele tinha deixado o lençol lá de propósito. Tipo “você me fez broxar, mas eu já tinha gozado”. Eu estava até pensando em pedir desculpas, mas agora que ele faz isso, nem fodedendo.

- Idiota. – Murmurei saindo da cozinha

* * *

- Vamos lá, é agora. Eu tenho que dar o troco. – Marchei até o bar da boate que eu havia ido naquela vez. – Qual é a bebida mais forte que você tem? – Perguntei ao barman.

- Absinto.

- Quero três doses, por favor... – Pedi e ele colocou três copos pequenos na minha frente. Encarei as doses de fada verde, como é chamada a bebida e bebi a primeira sentindo o líquido descer queimando pela minha garganta. Quando chegou no terceiro, minha garganta já estava anestesiada e eu começava a sentir o efeito. Tão rápido assim por que tem mais ou menos 75% de álcool.

Parti em direção ao lounge porque eu sabia que ele estaria lá.

Gosto da boate. Venho todo sábado.


Lembrei-me da fala do inglês com quem esbarrei na minha última visita ao lugar. Fui direto nele, que estava sentado no mesmo sofá branco daquele dia. Perguntei-me se ele sempre usa a mesma tática pra conseguir uma transa. As pessoas daqui devem conhecê-lo, devem saber que ele faz isso.

Ele estava cantando uma mulher, mas fod*-se a vagabunda, cheguei mais ou menos perto dele e disse:

- Você! – Ele ergueu o olhar pra mim sorrindo, pediu licença e veio até mim. Agarrei a nuca dele e tomei seus lábios para mim. Não faço ideia de onde saiu a minha coragem para fazer isso, mas acho que foi das três doses de uma das bebidas mais fortes do mundo. Fiquei sem fôlego e separei nossos rostos, apenas e ele me encarou com os olhos verdes, como a da bebida que eu tomei e sorriu.

- Ainda quer transar? – Perguntei sem pensar. Se pensasse, iria me arrepender. Ele pensou um pouco.

- Quero. Sua casa o na minha? – Lembrei que hoje era o meu dia de dormir na cama.

- Minha. Ele pegou a minha mão e foi comigo até a saída.

* * *

- Olha, eu estava muito decidida lá na boate, mas é porque eu tinha acabado de beber, estava um pouco alterada e queria dar uma dramatizada.

- Não quer mais? – Ele me encarou. Harry já estava em cima de mim, me olhando com aqueles olhos verdes fascinantemente lindos e eu precisava de sexo... E de dar o troco no Justin.

- Claro que quero. – Voltei a beijar boca dele que já estava vermelha.

* * *

- Há-harry! Porr*!

- Tô quase, babe! – Com isso, ele estocou mais forte uma vez e gozamos. No mesmo segundo que chegamos , escutei Justin gritar do outro lado da porta.

- Giovanna? Tem alguém aí com você? – Ele perguntou. Harry saiu de cima de mim e me encarou com os olhos verdes explicitamente confusos.

- Quem é? – Harry sussurrou.

- Meu ex... – Ele franziu a testa. – É, moramos juntos. Terminamos há pouco tempo.

- Ah sim...

Justin P.O.V.

Depois de um tempo escutando a minha mulher gemendo o nome de outro cara – o que era relativamente frustrante - como se fosse uma vadia, resolvi interromper, só que a idiota trancou a porta.

- Giovanna? Tem alguém aí com você? – Perguntei junto à porta. A pergunta soou idiota. É claro que tinha, animal. Pensei. Soou mais idiota quando a resposta demorou e mais ainda quando veio e me fez sentir um babaca apaixonado, o que só aumentava a minha raiva dela.

- Tem sim! Por que? – Não respondi. Acho que ela não queria que parecesse rude, mas soou bem rude pra mim. Do nada, ela abriu a porta usando uma blusa branca dos Beatles, que eu dei pra ela e uma calcinha vermelha. Tudo feito propositalmente, extremamente calculado para ame fazer sentir ciúmes.

Funcionou, vadia. Pensei.

Encarei-a de cima a baixo e ela me olhou com um sorriso vitorioso. Orgulhosa.

- Justin?

- Que? – Olhei pra ela, mas atrás da Giovanna tinha um cara mais ou menos da minha altura terminando de colocar uma calça apertada demais e colocando um sobretudo muito chique que deve ter custado a minha alma, mas que me pareceu bem gay. Ela abriu a porta só pra eu ver a cena. – Nada. Só queria pegar uma coisa, mas esqueci o que era. – Ela sorriu com a minha desculpa idiota. O cara chegou por trás dela, agarrando a sua cintura e deu-lhe um beijo na bochecha.

- Justin, esse é o Harry. Harry, esse é o Justin... – Ela disse, se divertindo com a situação. Eu e o tal Harry apenas maneamos a cabeça.

- Já estou indo, baby. – Ele disse com um forte sotaque britânico. Ela deu um selinho nele.

- A porta está trancada? – Ela perguntou pra mim e eu neguei com a cabeça. – Vem, Harry. Vou te levar na porta. – Ela foi atrás dela encarando a sua bunda e depois se virou pra mim.

- Tchau, Justin. – Ele disse tentando ser educado, mas me pareceu mais com uma merd* de zoação. Não respondi. Trinquei o maxilar e ele saiu. Giovanna estava voltando para o quarto enquanto eu estava indo para a sala.

- Quem era aquele? – Perguntei sendo seco.

- Harry. Já disse.

- Você entendeu o que eu quis dizer. Quem era aquele cara? – Perguntei novamente.

- Pergunta pra sua amiguinha de semana passada. Ela já deve ter dado pra ele. – Ela disse sem olhar pra trás e foi andando até o quarto rebolando aquela bunda gostosa dentro de uma calcinha vermelha e pequena.

Ela estava com ciúmes.

Tudo isso porque ela estava com ciúmes. Por um lado, isso é bom, quer dizer que ela ainda gosta de mim. Por outro... Ela transou com outro cara. Até ontem, eu era o único com o qual ela já tinha dormido e agora, um britânico de merd* estava na lista dela. Fiquei parado olhando para o corredor vazio e pensando nela e me senti um viadinho de doze anos apaixonado. Balancei a cabeça rindo e fui deitar no sofá.

* * *

Um presente pra vocês, já que eu fiquei tanto tempo sem postar. Eu comecei a postar a outra fanfic, Scars, nesse link. Façam-me um favor? Cadastrem-se no site para poderem comentar, não tem quase ninguém lendo lá e eu preciso de vocês. O meu perfil é esse aqui. Faltam só mais dois capítulos pra, acabar, quem tá chorando? Emfim, espero que acompanhem Scars, estou dando o meu melhor, amo vocês, beijos de paçoca, Gi!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e seis


* * *

No dia seguinte, cheguei em casa com um pouco de medo do que poderia acontecer. Justin tem andado meio alterado e calado enquanto está em casa. Ele sempre fazia gracinhas quando eu chegava e ele já estava em casa e, mesmo se a gente não tivesse transado, ele fazia questão de falar eu te amo na hora que íamos dormir.

Sem falar que, ultimamente, tudo tem sido motivo para brigarmos. Uma vez, Louis estava na cafeteria e me acompanhou até em casa porque eu estava fazendo uma hora extra e já estava tarde pra eu ia pra casa sozinha e quando Louis se despediu e saiu, Justin ficou irritado e começou a brigar comigo.

Outro dia mesmo, quando eu não respondi a mensagem dele porque estava muito ocupada com o trabalho, quando cheguei em casa, ele brigou comigo novamente.

Falando assim, parece que ele é que está sendo terrível comigo, mas sempre que ele fala da Zoe, uma amiguinha que faz algumas aulas com ele e que tenho quase certeza que está doidinha pra dar pra ele e que não gosta de mim. Ou da Allie, a mulher mais velha que trabalha com ele, eu fico irreconhecível, de tanto ciúmes de que eu fico. E eu nunca fui assim.

Talvez essas pequenas coisas que foram acontecendo ao longo desse tempo me fizeram pensar que eu estava precisando de um tempo. Só que eu estava com medo. Medo de ele não aceitar. Justin nunca foi agressivo, mas sempre que brigávamos, ele ficava transtornado e eu ficava um pouco acuada com relação a isso.

Quando entrei, ele estava vendo algum jogo na televisão segurando uma garrafa de cerveja na com mais uma vazia no chão. Não faço ideia de como ele não tem barriga nenhuma e continua com um físico de dar inveja. Vou pedir um tempo pra ele, mas vou continuar tendo um gostoso morando comigo.

- Justin... - Comecei e depois me sentei ao seu lado no sofá.
- Que? - Ele disso sendo seco e me olhou, colocando a garrafa no chão. Deus sabe o porquê do olhar dele estar tão sem vida quanto estava naquele dia.
- Eu queria conversar com você.
- Fala, oras. - Ele voltou os olhos para a TV. De algum modo era como se ele soubesse que eu ia pedir um tempo.
- Mas eu preciso de atenção. - Ele se virou pra mim.
- Fala.
- Hm... Eu não sei como.
- Fala logo. - Grosso.
- Então tá. Eu quero dar um tempo. - Eu disse e ele franziu a testa.
- Um tempo no que?
- Na gente. Um tempo.
- Um tempo pra que, caralh*? - Ele falou levantando-se.
- Um tempo pra... Pra gente conhecer gente nova. Nós ainda vamos guardar a dentadura no mesmo copo, igual você brinca. - Tentei descontrair, mas pelo visto, não funcionou nem um pouco. - Mas agora eu acho que eu preciso de um tempo.
- Que porr*! Eu sabia! Você tá gostando de outro cara, né? E é o Louis!
- Não, Justin! Não! Eu nunca faria isso com você! - Ele me olhou com incredulidade.
- Mas ele sim! Eu não confio naquele merd*! - Justin gritou.
- Não chama ele de merd*! Ele não tem absolutamente nada haver com isso! - Levantei-me e fiquei de frente pra ele, gritei igualando o nosso tom de voz. Nós éramos fofos sim, um casal doce sempre que podíamos, na medida do possível e até chegava a dar inveja... Mas quando nós brigávamos, era realmente perturbador.

E ele tinha me irritado insultando o Louis.

- Vai defender ele agora, porr*?! Vai?!
- Vou sim! Sabe por quê?! Ele não tem porr* nenhuma haver com isso! Por que caralh* você cismou com ele?!
- Ele só anda atrás de você! Ele só quer te comer! Será que você não percebe isso, caralh*?!
- Você está com ciúmes! Porque ninguém nunca tentou me conquistar enquanto eu estava com você! E ele pode sim estar interessado em mim!
- Que merd*, Giovanna! Eu sempre te amei mais você! Eu era o que sempre gostou mais desse relacionamento! Parecia que você estava comigo por pena! Sabia disso?! - Ele gritou comigo andando de um lado para o outro na sala e passando a mãos nos cabelos dourados nervosamente. Vê-lo gritando essas coisas pra mim e na minha cara fez meus olhos se encherem d’água, lágrimas implorando pra sair.
- Justin, eu me recuso a ficar aqui escutando você falar esse monte de merd* no meu ouvido. - Me virei pra pegar o meu celular e sair daquele lugar, mas ele me segurou pelo braço usando força demais e me fazendo me virar de volta.
- Onde você vai, porr*?!
- Está me machucando! Me solta! - Ele largou meu braço dando um solavanco e com fúria nos olhos. Olhei para a marca vermelha que logo ficará roxa no meu braço e as lágrimas pularam pra fora e sequei-as rapidamente. Detesto parecer fraca. - Estúpido. - Minha voz saiu como um sussurro raivoso.
- Sai logo daqui... Antes que fique pior.
- Tá me mandando sair da minha casa? – Perguntei encarando as costas dele.
- Sai logo daqui... Antes que fique pior. - Ele repetiu virando de costas pra mim. Seus olhos muito mais escuros que o normal. Trinquei o maxilar, fervilhando de raiva. Eu tentei ser educada. Eu tentei mesmo, mas ele teve que deixar isso mais difícil do que já estava antes.

Com raiva, peguei o meu celular e saí batendo a porta. Encostei-me à porta e agachei no chão e logo fiquei em posição fetal enterrando a minha cabeça nos joelhos sobrados. Eu nunca tinha visto Justin daquele jeito. Nunca. Ele estava parecendo um animal, e se eu não saísse dali, talvez ele tivesse me agredido. Balancei a cabeça tentando tirar aquele pensamento horrível da minha mente. Nunca que o garoto mais dócil que eu conheço agrediria uma mulher.

Mas o Justin que estava naquele apartamento não parece o que eu conheci e me apaixonei.

Peguei meu celular e disquei o número da pessoa que eu sei que poderia contar pra qualquer, mesmo àquela hora da noite.

Louis P.O.V.


Eu estava fazendo um sanduíche de manteiga de amendoim quando escutei o meu celular tocando na sala, o que me fez pensar em mudar o toque urgentemente. Vi a foto da Giovanna no visor do celular e sorri. Não faço ideia do por que, mas desde que a conheci, soube que precisava de alguma coisa dela ou nela. Só não sei o que ainda.

- Fala, baby. - Atendi.

- O-oi... Lou? Tudo bem? - Ela disse com a voz trêmula.

- Tudo. O que houve com você? Sua voz está estranha. Esteve chorando?

- Hm... De-depois eu te explico, tudo bem? Posso passar aí na sua casa?

- Pode, claro. Estou te esperando.

* * *

Acho que uns vinte minutos depois que ela ligou, já estava na porta da minha casa com um sorriso fraco e um vestido curto floral de alcinha que a faz parecer mais frágil.

- O que houve? Está com uma cara péssima... - Eu disse enquanto ela olhava pra mim.
- Frase errada, cara. Frase errada. - Ela disse entrando e sentando-se no meu sofá.
- Ok. Desculpa. O que aconteceu? E o que é isso no seu braço? - Eu perguntei segurando seu braço e analisando as marcas roxas de dedos.
- E-eu pedi um tempo para ele. Expliquei que precisamos conhecer pessoas novas, mas ele ficou alterado. Disse que ele sempre me amou mais do que eu amei ele. Quando eu estava saindo, ele m segurou com força e ficou essa marca. E-eu fiquei com medo de acontecer alguma coisa mais grave e ele estava se controlando e me pediu pra sair. E foi exatamente isso que eu fiz. - Ela disse chorando enquanto olhava para o braço. Nasceu uma ira tão grande em mim que eu não consigo nem explicar. 

- Eu vou matar o Justin! Vou cortar o pau dele fora!
- Lou, calma... Eu vim pra cá pra fugir de estresse. Já está tudo bem... Só preciso passar a noite aqui hoje. Só isso.
- Posso te perguntar uma coisa?
- Claro. - Ela disse calmamente fingindo um sorriso que saiu triste.
- Ela já te bateu?
- O Justin? - Ela perguntou incrédula enquanto se levantava e começava a andar de um lado para o outro na sala. - O Justin nunca foi capaz nem de relar um dedo numa mosca... Mas hoje... - Ela parou de lado para mim na minha frente olhando para a janela. - Hoje ele estava irreconhecível. - Vi uma lágrima cair do olho dela e contornar sua bochecha grande e rosada. Resolvi tentar acalmá-la.
- Hm... Não sei exatamente o que dizer, mas meus instintos dizem par eu falar pra você que tudo vai ficar bem... - Eu abracei ela, que continuava parada abraçando os próprios braços e com a cabeça encostada no meu peito. Ela parecia ainda mais frágil daquele jeito. Dei um beijo em sua cabeça e me afastei um pouco. - Vem, dorme lá na cama que eu durmo aqui na sala. - Ela hesitou, mas antes de ela dizer alguma coisa em protesto, eu insisti. - Nem pense nisso. Dorme lá na cama que eu durmo na sala.

Giovanna P.O.V.

Por mais que Louis esteja endo absurdamente fofo comigo, é estranho você ter acabado de terminar com o seu namorado e ir dormir na casa de outro cara.

* * *

- Aqui... - Ele esticou uma xícara de chocolate quente.
- Não precisava, Louis.
- Precisava sim. Segundo a regra de convivência, sempre que uma visista estiver pra baixo, você tem que dá-la uma bebida quente.
- Não sabia que você via The Big Bang Theory. - Eu disse rindo lembrando-me do personagem Sheldon. Justin o adora. Meu semblante ficou triste novamente ao lembrar-me dele. O jeito que ele me segurou veio a minha mente e causou um pouco de arrepios.
- O que houve? - Louis perguntou sentando no pé da cama.
- Nada... Eu só... Tive tanto medo.
- Ei... Calma, você está aqui agora. Não vai acontecer nada. - Ele disse indo mais pra perto de mim e me abraçando. - Vai ficar tudo bem. - Ele me deu um beijo na testa. - Mas bebe o chocolate e vai dormir. Nós dois amanhã temos aula cedo.
- Sei disso... Boa nite.
- Boa noite, Gi.
- Obrigada, Louis. - Eu disse enquanto ele ia pra peto da porta.
- Não foi nada. - Ele sorriu, apagou a luz, deixando que só a do abajur perto da cama iluminasse o quarto e depois saiu.

* * *


Heyyyy! Como ficou o capítulo? Eu achei que ficou grandão, mas é de presente, já que está quase acabando - já podem chorar. Emfim, espero que tenham gostado, mesmo que vocês shippem Giovanna e Justin, uma história de amor não é uma história de amor sem algumas reviravoltas, certo? Beijinhos com glitter comestível, Gi!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e cinco

Justin P.O.V.

E quando ela começou a dormir, iniciou-se um dos mais belos fenômenos da natureza: vê-la dormindo.
Aquela expressão angelical que dá vontade de nunca mais parar de olhar. Eu fico observando cada pintinha do rosto dela. O seu peito levanta e abaixa conforme a respiração calma e compassada dela, como a de um bebê no colo da mãe. Bebês que não tem nada com o que se preocupar. A mão delicadamente pousada no queixo, como se estivesse fazendo uma pose me faz querer pintar um quadro dessa cena que eu não me canso nunca de presenciar e me encanto todas as vezes que eu vejo tal imagem perfeita no meu campo de visão. O seu corpo. Deus, o seu corpo! Faz-me pecar apenas olhando e imaginando as mil coisas que eu poderia fazer com ele. O ossinho da cintura se mostrando pra mim para fora da camiseta, como se estivesse gritando “Beije-me”, assim como a sua boca rosada e relaxada num leve sorriso, apenas perceptível pra quem fica olhando durante um bom tempo, assim como eu. Os cabelos desarrumados, porém lindos caídos na almofada. Eu não consigo deixar de reparar nos seus olhos, que mesmo fechados, esbanjam perfeição e me causam arrepios que poderiam ser considerados até mesmo gays. O seu pescoço completamente vulnerável, devido aos cabelos jogados para cima. Faço tudo calmamente ao seu lado, com medo de acordá-la e estragar o perfeito cenário diante de mim.
Peguei-me viadamente sorrindo por estar de frente para uma criatura tão adorável. De repente, me pego perguntando para mim mesmo o porquê de eu estar tão apaixonado.

5 meses depois.
- Amor! Tá em casa? - Gritei quando entrei em casa depois de uma noite cansativa demais na faculdade. Finalmente sexta feira.
- Tô! Aqui no quarto! - Ela respondeu e eu fui até lá. Ela estava deitada na cama lendo um livro.
- Tudo bem? - Perguntei enquanto estava de costas para a cama guardando no armário a roupa que eu tinha acabado de tirar.
- Tudo. 

Giovanna P.O.V.
- Como foi na escola hoje? - Perguntei.
- Bem. - Ele deitou do meu lado e logo estava dormindo profundamente.

Eu detesto admitir isso, mas, às vezes parece que o nosso relacionamento está tão monótono. Eu preciso de alguma coisa pra agitar isso, mas infelizmente eu não sei. Esses dias eu estava em dúvida sobre pedir um tempo ou não, mas depois que depois que a gente transou essa semana e ele disse que me encontrar foi tipo encontrar uma agulha num palheiro, eu meio que desisti de falar alguma coisa.

Sim, eu ainda amo Justin e não tenho dúvidas disso, mas parece que não é mais a mesma coisa do início do relacionamento, sabe?

Na verdade, parece que eu estou perdendo muito coisa enquanto estou namorando e é por isso que eu e Lenorah vamos a alguma boate que preste amanhã. Tem muito tempo mesmo que eu não vou a uma.

E sim, eu já pensei em ficar com o Louis, mas me lembrei de que eu tinha um namorado.

Louis é um caso à parte. Ele, na verdade, tem sido um anjo comigo, educado demais e gentil. Sempre pergunta se eu preciso de ajuda com alguma coisa da faculdade, alguma coisa da casa e essas coisas. Com certeza, ele se tornou um grande amigo.

* * *

- Justin, Lenorah me chamou pra sair com ela. Estou indo, tudo bem? - Eram dez e um pouquinho da noite e ele estava assistindo um jogo de baseball. Tínhamos instalado a TV na parede há três dias e finalmente, a nossa sala estava completa.
- Você vai assim? - Ele me olhou de cima a baixo. Não tinha nada demais. Era um vestido verde, colado no busto e bem soltinho em baixo com um cinto fino preto para marcar a cintura e salto. Ele só era um pouquinho curto, mas nada demais.
- Vou. O que tem de errado?
- Nada. Pode ir. - Ele voltou a olhar para a TV. Abaixei e dei um beijo em sua bochecha.
- Não precisa ficar preocupado não, viu, amor. Relaxa. - Eu disse e saí.

Justin P.O.V.


Se você está querendo saber. Não, eu nunca impedi a minha namorada de fazer absolutamente nada, mas a minha vontade foi de fazer isso agora. E eu tenho sim as minhas dúvidas de que já tenha me traído com alguém.

Ela anda tão distante esses dias, distraída, não faz mais gracinhas como costumava fazer antes. Sei que são só nove meses que estamos namorando, mas parece que está tão desgastado. Eu ainda a amo. Mas tenho sérias dúvidas se ela ainda me ama como antes.

* * *

Giovanna P.O.V.

- Finalmente! - Lenorah disse quando a fila da boate chegou em nós.
- Não sei pra que tanta pressa... - Eu disse.
- É impressão minha ou você não está afim? - A garota baixa de cabelos vermelhos chamada Lenorah perguntou enquanto entrávamos nos espaço cheio de música e com luzes roxas e vermelhas sendo jogadas em todos os lugares. Um monte de gente dançando, conversando e se pegando. Isso me lembrou um pouco as festas da Waverly.

Sorri ao lembrar me da Dayane, Ashley, Bianca e Noah. Eram pessoas legais. O que eles estão fazendo nesse minuto?

- Eu até estava muito afim, mas a cara do Justin logo quando eu saí estava péssima. Parecia que ele... sei lá.
- Cara, eu realmente amo o Justin. Ele é um fofo. Mas eu acho que você está perdendo um pouquinho da sua juventude. A gente já está no meio do primeiro período da faculdade. E você acabou de completar 18 anos. - Ela fala isso porque o namorado dela, Patrick, está longe e não com crise de ciúmes com o melhor amigo.
- Eu gosto muito dele, sempre gostei e tenho certeza que ele me ama, mas às vezes parece que eu nunca correspondo à altura.
- Menina, se eu fosse você aproveitava. Tem um certo inglês de olhos azuis piscina que está muito na sua.
- Quem? O Louis?
- Não. Eu! - Ela disse enquanto sentávamos no bar, para depois pedirmos um copo de uma bebida qualquer. - Claro que é!
- Não sei... Mas eu vim aqui pra me divertir um pouco, o que acha de dançar? - Levantei-me e depois ela fez o mesmo ajeitando o vestido.

* * *

Depois de quase uma hora eu estava sentindo que os meus pés iam cair, então, eu e Lenorah fomos nos sentar no lounge, onde era mais calmo e algumas pessoas conversavam. Sentei num sofá branco enquanto ela foi para o bar. Senti o estofado ao meu lado afundar. Olhei para o lado e me deparei com um cara que eu nunca tinha visto na vida.

- E aí? Tudo bom? - Ele perguntou. Sua voz era rouca e completamente sexy. Ele tinha um forte sotaque britânico que me fez pensar que New Jersey deve ter a maior concentração de britânicos dos Estados Unidos.
- Uhum. Quem é você? - Eu perguntei, tentando fazer pouco caso, o que o fez rir um pouco.
- Sou Harry. E você?
- Giovanna. O que veio fazer aqui, mesmo.
- Gosto da boate. Venho todo sábado. - Ele sorriu.
- Com “aqui”, eu quis dizer do meu lado.
- Te vi dançando. Achei você gata e estava querendo saber se você quer passear...
- E com “passear” você quis dizer transar, certo? - Perguntei surpreendendo-me com o modo que eu fui direta.
- Sim. Exatamente isso. - Fiquei mais surpresa com a firmeza e a certeza que ele respondeu. E ainda sorriu depois.
- E eu estava pensando em como você é realmente direto. E não. Eu não estou a fim de passear com você. - Disse fazendo aspas no passear. - E eu tenho um namorado.
- Então, tudo bem. - Ele se levantou e parou na minha frente com as mãos dentro da skinny preta apertada demais para um cara e com alguns buracos. Não sei porque ele usava um sobretudo preto que não tinha nada haver com o ambiente, mas ficou extremamente... sexy nele. - Você é difícil. Prazer em conhecê-la, Giovanna. - Ele estendeu a mão e eu entendi que era para apertar e quando fui fazê-lo, ele a segurou e puxou-a dando um solavanco e a beijou, sem desviar os olhos verdes e penetrantes de mim e depois saiu. Eu fiquei vendo-o sumir depois disso.

Vou pedir um tempo pra o Justin amanhã.


Oi lindas do meu coração! No regrets está quase no final. É, podem chorar, mas está. Preparei um final que está a minha cara, espero que gostem. Amo vocês. Beijos com açúcar colorido, Gi!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e quatro

* * *

Quando cheguei na escola Hammer, descobri que eu não seria o único professor dentro da sala de aula. Haveria outra pessoa, outra professora, para falar a verdade. O nome dela é Allie, ela deve ter uns 23 anos. Pelo que entendi, do tempo que passamos na sala dos professores e uma coisa que ninguém tinha me explicado antes é que eu vou ser tipo um professor auxiliar. Por exemplo, ela vai ensinar e eu vou ajudar os pequenos a segurar o violão e essas coisas.

Eu não me incomodei com isso porque eu vou ganhar o mesmo salário que ela, o que é bom. Menos trabalho pelo mesmo dinheiro.

- Vamos lá, você vai se sair bem. As crianças dessa idade são como esponjas. Estão absorvendo tudo o que podem. - Allie disse enquanto caminhávamos para a sala. Ela é alta e o cabelo dela é longo e preto. Com esses óculos, a minha namorada que me perdoe, mas ela parece com uma professora de filme pornô.

E se você está se perguntando se eu já vi filme pornô, sim. Eu já vi muitos. Milhares de vezes. Sou um cara, não um anjo.

- Espero que sim. De qualquer forma, obrigada.

Descobri que eu e Allie daríamos aulas pra crianças de sete anos. Não é uma maravilha?

Não. Não é.

Teve um momento que Allie me deixou sozinho na sala de aula porque ela teve que ir ao banheiro e foi desesperador. As crianças não paravam quietas nem por um minuto sequer, ficavam falando o tempo todo, mas quando Allie chegou, parecia uma mãe, era só ela começar a falar que as crianças ficavam quietas.

Ela começou a mostrar como se segura o violão e como se faz o dó. Não pude deixar de reparar que Allie era em amor com as crianças. Parece meio gay dizer isso, mas ela era muito carinhosa com elas. Eu, na verdade, estava com vontade de mandá-las calaram a boca antes de a Allie chegar, mas quando ela finalmente entrou na sala, os fez ficarem quietos.

- Então, quem quer aprender a tocar violão? Garanto que quando terminaram o ano, já estarão tocando guitarra igual a Elvis Presley! - Ela imitou Elvis fazendo gestos com as mãos e com a cabeça.
- Igual ao Jimi Hendrix. - Um garotinho chamado Tyler disse e imitou o Jimi.
- Então, vamos lá? - Allie disse olhando para as crianças e depois, piscando para mim.

Giovanna P.O.V.

Inevitavelmente, eu não quis ir embora quando as aulas da tarde acabaram. Eu realmente queria ficar conversando mais com Louis e Lenorah, mas eu tive quer ir trabalhar. O meu turno é de seis da tarde até dez da noite. É meio período, mas para servir cafés, até que pagam bem.

Cheguei lá e estava bem cheio, já que eu pego o horário das seis, horário do rush. Ótima escolha, hein, Giovanna.

- Oi, você deve ser a Giovanna, certo? - Uma mulher me perguntou.
- Sim. Sou eu. Você é a Sheron, sim? - Perguntei.
- Sim. Sou Sheron, gerente daqui. Vanha por aqui e eu vou lhe explicar o que fazer. - Ela disse e eu a segui para dentro do balcão. - Bom, aqui está o seu avental, com a sua identificação. Você vai ficar no caixa e anotar os pedidos. Só isso. Você vai perguntar o que o cliente quer, vai perguntar o nome dele e vai colocar na nota. Confirme o pedido e encaminha para a outra parte do balcão. Tudo bem? - Sheron falou muito rápido, porém eu entendi. Peguei o avental verde e prendi uma plaquinha pequena e dourada com o meu nome no avental. - Aqui, atende essa moça.

- Oi, boa tarde. O que a senhora deseja? - Perguntei, me esforçando para parecer profissional o suficiente.
- Oi. Eu vou querer um café mocha e um frapuccino de caramelo com base de creme. - Apertei a opção café mocha na tela e depois o frapuccino.
- Qual o tamanho?
- Os dois são do tall.
- Qual é o seu nome?
- Sophie. - Escrevi o nome dela nos copos
- São 15 dólares. Paga no próximo balcão. - Passei os copos para uma menina no outro balcão que parecia ter a minha idade.
- Hey, meu nome é Betty. Você é nova, certo?
- Sou. Me chamo Giovanna.
- Bem, boa sorte, Giovanna. Temos um horário complicado.
- Percebi isso. Você tra... - Percebi que tinham outras pessoas na fila e cortei a frase. - Boa tarde, o que o senhor deseja? - Perguntei, voltando para a minha parte do balcão.
- Eu quero dois cookies lights e um chocolate quente grande.

* * *

- Boa tarde, o que o senhor deseja? - Eu estava exausta, contava os minutos para as dez horas, parei poucos minutos para descansar. Aquele Café não parava nunca.

- Você. - Levantei os olhos do monitor e vi Justin sorrindo na minha frente. - Já está acabando?
- Ainda faltam quinze minutos e depois eu troco de turno.
- É 24 horas? - Ele perguntou.
- Sim, é. Vamos, vai querer o que?
- Só pra você não dizer que eu não comprei nada, vou querer um cappuccino médio. - Ele riu. Peguei um copo médio, escrevi o nome dele e coloquei um coração do lado. Sorri com o que fiz. Quando o pedido ficou pronto e ele pegou, olhei pra ele que sorriu e piscou pra mim.
- Betty, acabei por aqui. Onde você disse que morava, mesmo? - Eu tinha acabado de terminar o meu turno e a próxima mulher pegou o avental que eu usava e colocou. Sinto pensa dela, vai ter que trabalhar durante a madrugada.
- Rua Dickens...
- Ótimo, quer ir conosco? Moramos lá também.
- Tudo bem. Um minuto.

* * *

- Mas em geral foi bem legal lá no trabalho. - Apoiei as pernas em cima dele, que ficou acariciando-as. Na sala, não tinha nada, além de uma brisa agradável vindo da janela aberta.
- E como é essa Allie... - Perguntei bebendo da garrafa de cerveja. Sim, eu passei a consumir essa bosta. Não é boa demais como as pessoas falam, mas você se acostuma.
- Por que, está com ciúmes? - Sim.
- Não. Não estou.
- Eu quem deveria sentir ciúmes daquele Louis... Não sei por que, mas não fui com a cara dele.
- Tá parecendo aquelas meninas de filmes americanos que passam naquele canal ruim.
- Besta. - Ele deu um tapa leve na minha coxa. - Não é isso... Só não queria perder você praquele britânico.
- Para de ser besta. Isso não vai acontecer.
- Tomara mesmo.
- Tô sem sono. - Eu disse.
- Conta carneirinhos.
- Um carneirinho. Dois carneirinhos. Três carn...
- Ta me zoando, né?
- Não... - Olhei para o teto e deixei a garrafa pela metade no chão perto do pé do sofá. - Três carneirinhos. Quatro carneirinhos. - O escutei dando um riso abafado, sorri e continuei contando. Até dormir.


Hey, hey, hey! Gatas, eu tenho um motivo para não ter postado. Eu estava em um acampamento e não tive mesmo como postar, desculpem-me. Anyway, espero que tenham gostado. Amo vocês, beijos com granulado colorido, Gi!