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terça-feira, 5 de novembro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e seis


* * *

No dia seguinte, cheguei em casa com um pouco de medo do que poderia acontecer. Justin tem andado meio alterado e calado enquanto está em casa. Ele sempre fazia gracinhas quando eu chegava e ele já estava em casa e, mesmo se a gente não tivesse transado, ele fazia questão de falar eu te amo na hora que íamos dormir.

Sem falar que, ultimamente, tudo tem sido motivo para brigarmos. Uma vez, Louis estava na cafeteria e me acompanhou até em casa porque eu estava fazendo uma hora extra e já estava tarde pra eu ia pra casa sozinha e quando Louis se despediu e saiu, Justin ficou irritado e começou a brigar comigo.

Outro dia mesmo, quando eu não respondi a mensagem dele porque estava muito ocupada com o trabalho, quando cheguei em casa, ele brigou comigo novamente.

Falando assim, parece que ele é que está sendo terrível comigo, mas sempre que ele fala da Zoe, uma amiguinha que faz algumas aulas com ele e que tenho quase certeza que está doidinha pra dar pra ele e que não gosta de mim. Ou da Allie, a mulher mais velha que trabalha com ele, eu fico irreconhecível, de tanto ciúmes de que eu fico. E eu nunca fui assim.

Talvez essas pequenas coisas que foram acontecendo ao longo desse tempo me fizeram pensar que eu estava precisando de um tempo. Só que eu estava com medo. Medo de ele não aceitar. Justin nunca foi agressivo, mas sempre que brigávamos, ele ficava transtornado e eu ficava um pouco acuada com relação a isso.

Quando entrei, ele estava vendo algum jogo na televisão segurando uma garrafa de cerveja na com mais uma vazia no chão. Não faço ideia de como ele não tem barriga nenhuma e continua com um físico de dar inveja. Vou pedir um tempo pra ele, mas vou continuar tendo um gostoso morando comigo.

- Justin... - Comecei e depois me sentei ao seu lado no sofá.
- Que? - Ele disso sendo seco e me olhou, colocando a garrafa no chão. Deus sabe o porquê do olhar dele estar tão sem vida quanto estava naquele dia.
- Eu queria conversar com você.
- Fala, oras. - Ele voltou os olhos para a TV. De algum modo era como se ele soubesse que eu ia pedir um tempo.
- Mas eu preciso de atenção. - Ele se virou pra mim.
- Fala.
- Hm... Eu não sei como.
- Fala logo. - Grosso.
- Então tá. Eu quero dar um tempo. - Eu disse e ele franziu a testa.
- Um tempo no que?
- Na gente. Um tempo.
- Um tempo pra que, caralh*? - Ele falou levantando-se.
- Um tempo pra... Pra gente conhecer gente nova. Nós ainda vamos guardar a dentadura no mesmo copo, igual você brinca. - Tentei descontrair, mas pelo visto, não funcionou nem um pouco. - Mas agora eu acho que eu preciso de um tempo.
- Que porr*! Eu sabia! Você tá gostando de outro cara, né? E é o Louis!
- Não, Justin! Não! Eu nunca faria isso com você! - Ele me olhou com incredulidade.
- Mas ele sim! Eu não confio naquele merd*! - Justin gritou.
- Não chama ele de merd*! Ele não tem absolutamente nada haver com isso! - Levantei-me e fiquei de frente pra ele, gritei igualando o nosso tom de voz. Nós éramos fofos sim, um casal doce sempre que podíamos, na medida do possível e até chegava a dar inveja... Mas quando nós brigávamos, era realmente perturbador.

E ele tinha me irritado insultando o Louis.

- Vai defender ele agora, porr*?! Vai?!
- Vou sim! Sabe por quê?! Ele não tem porr* nenhuma haver com isso! Por que caralh* você cismou com ele?!
- Ele só anda atrás de você! Ele só quer te comer! Será que você não percebe isso, caralh*?!
- Você está com ciúmes! Porque ninguém nunca tentou me conquistar enquanto eu estava com você! E ele pode sim estar interessado em mim!
- Que merd*, Giovanna! Eu sempre te amei mais você! Eu era o que sempre gostou mais desse relacionamento! Parecia que você estava comigo por pena! Sabia disso?! - Ele gritou comigo andando de um lado para o outro na sala e passando a mãos nos cabelos dourados nervosamente. Vê-lo gritando essas coisas pra mim e na minha cara fez meus olhos se encherem d’água, lágrimas implorando pra sair.
- Justin, eu me recuso a ficar aqui escutando você falar esse monte de merd* no meu ouvido. - Me virei pra pegar o meu celular e sair daquele lugar, mas ele me segurou pelo braço usando força demais e me fazendo me virar de volta.
- Onde você vai, porr*?!
- Está me machucando! Me solta! - Ele largou meu braço dando um solavanco e com fúria nos olhos. Olhei para a marca vermelha que logo ficará roxa no meu braço e as lágrimas pularam pra fora e sequei-as rapidamente. Detesto parecer fraca. - Estúpido. - Minha voz saiu como um sussurro raivoso.
- Sai logo daqui... Antes que fique pior.
- Tá me mandando sair da minha casa? – Perguntei encarando as costas dele.
- Sai logo daqui... Antes que fique pior. - Ele repetiu virando de costas pra mim. Seus olhos muito mais escuros que o normal. Trinquei o maxilar, fervilhando de raiva. Eu tentei ser educada. Eu tentei mesmo, mas ele teve que deixar isso mais difícil do que já estava antes.

Com raiva, peguei o meu celular e saí batendo a porta. Encostei-me à porta e agachei no chão e logo fiquei em posição fetal enterrando a minha cabeça nos joelhos sobrados. Eu nunca tinha visto Justin daquele jeito. Nunca. Ele estava parecendo um animal, e se eu não saísse dali, talvez ele tivesse me agredido. Balancei a cabeça tentando tirar aquele pensamento horrível da minha mente. Nunca que o garoto mais dócil que eu conheço agrediria uma mulher.

Mas o Justin que estava naquele apartamento não parece o que eu conheci e me apaixonei.

Peguei meu celular e disquei o número da pessoa que eu sei que poderia contar pra qualquer, mesmo àquela hora da noite.

Louis P.O.V.


Eu estava fazendo um sanduíche de manteiga de amendoim quando escutei o meu celular tocando na sala, o que me fez pensar em mudar o toque urgentemente. Vi a foto da Giovanna no visor do celular e sorri. Não faço ideia do por que, mas desde que a conheci, soube que precisava de alguma coisa dela ou nela. Só não sei o que ainda.

- Fala, baby. - Atendi.

- O-oi... Lou? Tudo bem? - Ela disse com a voz trêmula.

- Tudo. O que houve com você? Sua voz está estranha. Esteve chorando?

- Hm... De-depois eu te explico, tudo bem? Posso passar aí na sua casa?

- Pode, claro. Estou te esperando.

* * *

Acho que uns vinte minutos depois que ela ligou, já estava na porta da minha casa com um sorriso fraco e um vestido curto floral de alcinha que a faz parecer mais frágil.

- O que houve? Está com uma cara péssima... - Eu disse enquanto ela olhava pra mim.
- Frase errada, cara. Frase errada. - Ela disse entrando e sentando-se no meu sofá.
- Ok. Desculpa. O que aconteceu? E o que é isso no seu braço? - Eu perguntei segurando seu braço e analisando as marcas roxas de dedos.
- E-eu pedi um tempo para ele. Expliquei que precisamos conhecer pessoas novas, mas ele ficou alterado. Disse que ele sempre me amou mais do que eu amei ele. Quando eu estava saindo, ele m segurou com força e ficou essa marca. E-eu fiquei com medo de acontecer alguma coisa mais grave e ele estava se controlando e me pediu pra sair. E foi exatamente isso que eu fiz. - Ela disse chorando enquanto olhava para o braço. Nasceu uma ira tão grande em mim que eu não consigo nem explicar. 

- Eu vou matar o Justin! Vou cortar o pau dele fora!
- Lou, calma... Eu vim pra cá pra fugir de estresse. Já está tudo bem... Só preciso passar a noite aqui hoje. Só isso.
- Posso te perguntar uma coisa?
- Claro. - Ela disse calmamente fingindo um sorriso que saiu triste.
- Ela já te bateu?
- O Justin? - Ela perguntou incrédula enquanto se levantava e começava a andar de um lado para o outro na sala. - O Justin nunca foi capaz nem de relar um dedo numa mosca... Mas hoje... - Ela parou de lado para mim na minha frente olhando para a janela. - Hoje ele estava irreconhecível. - Vi uma lágrima cair do olho dela e contornar sua bochecha grande e rosada. Resolvi tentar acalmá-la.
- Hm... Não sei exatamente o que dizer, mas meus instintos dizem par eu falar pra você que tudo vai ficar bem... - Eu abracei ela, que continuava parada abraçando os próprios braços e com a cabeça encostada no meu peito. Ela parecia ainda mais frágil daquele jeito. Dei um beijo em sua cabeça e me afastei um pouco. - Vem, dorme lá na cama que eu durmo aqui na sala. - Ela hesitou, mas antes de ela dizer alguma coisa em protesto, eu insisti. - Nem pense nisso. Dorme lá na cama que eu durmo na sala.

Giovanna P.O.V.

Por mais que Louis esteja endo absurdamente fofo comigo, é estranho você ter acabado de terminar com o seu namorado e ir dormir na casa de outro cara.

* * *

- Aqui... - Ele esticou uma xícara de chocolate quente.
- Não precisava, Louis.
- Precisava sim. Segundo a regra de convivência, sempre que uma visista estiver pra baixo, você tem que dá-la uma bebida quente.
- Não sabia que você via The Big Bang Theory. - Eu disse rindo lembrando-me do personagem Sheldon. Justin o adora. Meu semblante ficou triste novamente ao lembrar-me dele. O jeito que ele me segurou veio a minha mente e causou um pouco de arrepios.
- O que houve? - Louis perguntou sentando no pé da cama.
- Nada... Eu só... Tive tanto medo.
- Ei... Calma, você está aqui agora. Não vai acontecer nada. - Ele disse indo mais pra perto de mim e me abraçando. - Vai ficar tudo bem. - Ele me deu um beijo na testa. - Mas bebe o chocolate e vai dormir. Nós dois amanhã temos aula cedo.
- Sei disso... Boa nite.
- Boa noite, Gi.
- Obrigada, Louis. - Eu disse enquanto ele ia pra peto da porta.
- Não foi nada. - Ele sorriu, apagou a luz, deixando que só a do abajur perto da cama iluminasse o quarto e depois saiu.

* * *


Heyyyy! Como ficou o capítulo? Eu achei que ficou grandão, mas é de presente, já que está quase acabando - já podem chorar. Emfim, espero que tenham gostado, mesmo que vocês shippem Giovanna e Justin, uma história de amor não é uma história de amor sem algumas reviravoltas, certo? Beijinhos com glitter comestível, Gi!

3 comentários:

  1. MEU DEUS ! Eu preciso saber de mais coisas cara continuaaaa

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  2. aaaaaaaaa perfeito....continua logo amore s2

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  3. Nhac o loueh é tao mordível *-* e vc posta logo o proximo sua pota

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