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terça-feira, 11 de junho de 2013

No regrets - Capítulo dezoito

- Não quero chegar lá e ver que os meus pais não estão juntos. – Falei pra Justin quando entramos no avião. - Passar o Natal com pais separados deve ser uma droga.

- Fica calma. Vai dar tudo certo.

- Justin, todo esse seu otimismo é muito legal, mas não é bem assim. Nem tudo acontece da forma que a gente quer...

- Mas não custa nada pensar mais pro lado positivo... O que for pra ser, será. – Tá, ele só tentou ajudar, vamos perdoar, mas as piores coisas para se dizer quando o amigo está triste são: “vai ficar tudo bem”; “siga o seu coração”; “calma, tudo passa, até uva passa”. Mas ao invés de falar alguma coisa, encostei a cabeça no seu ombro e acabei dormindo.

* * *

- Oi mãããe! – A abracei quando cheguei em casa. Tivemos que fazer um pouso de emergência no aeroporto de Toronto por causa da neve e atrasou, então eu cheguei em casa um pouco tarde , tipo quinze pra meia-noite.

- Oi filha! Tudo bem? Fiquei com saudades! – Minha mãe disse me abraçando. Foi assim que ela fez quando eu voltei da última vez.

- Tudo. Tudo bem... Cadê o meu pai? Ele vai passar o Natal aqui?

- Filha...

- Mãe, eu queria que você perdoasse o meu pai... Eu não ia suportar ficar indo e vindo de casa em casa todo mês, ou semana.

- Filha, eu ia te dizer que nós conversamos e resolvemos tentar novamente. Foi muito difícil, mas eu cedi. Eu amo demais o seu pai...

- Ainda bem, mãe! Eu ficaria maluca. – Um alívio enorme percorreu todas as minhas partes do corpo. Só de imaginar que eu não vou ter que ficar mudando de casa o tempo todo ou passar cada feriado com um ou até mesmo vê-los brigando por causa da minha guarda até eu completar 18 anos e ir para a faculdade. – Cadê ele?

- Está dormindo. Eu disse que você ia chegar, mas ele tinha trabalhado o dia inteiro e resolveu ir dormir.

- Tudo bem, eu também estou muito cansada, vou pro quarto, mãe. – Dei um beijo em sua bochecha e subi. Tive a impressão de que ela ficou me olhando até não me ver mais enquanto eu subia as escadas. Minha mãe perdoou uma traição só para eu não sofrer? Tenho a melhor mãe do mundo. Resolvi mandar uma mensagem para Justin:

Está tudo bem, eles se resolveram =]

Coloquei o meu pijama e fui ler um livro. Não estava com tanto sono assim e queria esperar a mensagem dele. Eu estava lendo Ana Karenina, é um livro muito interessante que fala sobre o comportamento das famílias, na verdade, comecei a lê-lo agora. Austin me emprestou e disse que seria uma boa eu ler por causa da situação dos meus pais. A frase que começa o livro é muito interessante, é: todas as famílias felizes são iguais, mas as famílias infelizes são infelizes de sua própria maneira. Não consegui prestar atenção na explicação de Austin sobre o livro porque eu estava imersa pensando como ele pode ser tão inteligente. Fui interrompida na página 25 pelo som de mensagem.

Eu sabia que tudo daria certo. Seja otimista.

Realmente ser otimista às vezes ajuda, mas outras, você se decepciona se as coisas não acontecem do jeito que queremos. Li mais algumas páginas e fui dormir. Que bom que os meus pais voltaram, juro que não saberia o que fazer se eles se separassem de verdade.

* * *

- Giovanna! Filha! Me ajuda aqui!– Minha mãe gritou da cozinha. Fui até lá ajuda-la. Eu sou uma das pessoas que mais odeia cozinha, em geral. Não gosto de lavar louça e sou péssima cozinhando. – Coloca isso aqui na geladeira - Minha mãe apontou com a cabeça para o refratário de sobremesa. Passei um dedo na cobertura de chocolate e coloquei na boca, sem a minha mãe ver.

- Filha, você não perde essa mania de meter o dedo na comida, né? Já disse que é nojento, as pessoas vão comer isso.

- O que não mata, engorda mãe. Vocês estão muito magrinhos. – Ri da minha piada sem graça

- Ai, ai... – Minha mãe deve estar pensando “Criei uma placenta e joguei fora a filha, só pode”. Tanto faz. - Você pode colocar a mesa e depois ir tomar banho e se vestir para a ceia? – Minha mãe perguntou enquanto decorava o peru com aquelas frutas secas que os adultos gostam, mas que eu não suporto.

- Tudo bem... – Peguei as coisas dentro da dispensa, coloquei a mesa e fui tomar banho. Justin e a família dele sempre passam o natal conosco. Quando éramos pequenos, nós íamos pra sala brincar com os brinquedos novos quanto eles ficavam conversando. Era muito bom, era tudo tão inocente e... legal. Era tudo tão simples. Agora é tudo ao mesmo tempo, briga com a melhor amiga, pais brigando num relacionamento estável, transa com o melhor amigo, professor lindo de história, colégio interno, preocupações com a universidade, que não é barata. Argh!

Fui tomar um banho quente, por que nesse frio, nem rola tomar banho morno. Demorei meia hora tomando banho. Enrolei-me na toalha correndo para o quarto e encontrei Justin subindo as escadas.

- Eita. – Ele fechou os olhos. – Sua mãe disse que você estava aqui em cima e que já tinha terminado de tomar banho e que eu podia subir. – Ele disse ainda de olhos fechados.

- Até parece que você nunca me viu pelada. – Eu disse arqueando as sobrancelhas quando ele abriu os olhos percebendo que eu estava certa.

- Verdade. – Ele entrou no meu quarto e eu coloquei a minha roupa. Tá, ainda é um pouco estranho me trocar na frente dele, mas depois daquela noite, eu teria que me acostumar. Não me arrumo muito pro natal, então coloquei essa aqui:


* * *

Oi bebês! Tudo bem? Então, eu postei mais um aí pra vocês. Já tenho até um final para essa história, comentem aqui o que vocês acham que vai acontecer e tal... Beijinhos de caramelo com chocolate pra vocês. Gi!

2 comentários:

  1. hsuauhsuasuhasus anciosa pro proximo cap. haha =D Ta otimoo Tia Gi. (acho q posso te chamar de Tia Gi nééeh husashauhsua)Continuaa por favor!-Lays

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  2. Hahahah .. ta mto boom, continuuua !!
    ( quero q eles namorem logo )
    heheh '

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