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terça-feira, 29 de outubro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e cinco

Justin P.O.V.

E quando ela começou a dormir, iniciou-se um dos mais belos fenômenos da natureza: vê-la dormindo.
Aquela expressão angelical que dá vontade de nunca mais parar de olhar. Eu fico observando cada pintinha do rosto dela. O seu peito levanta e abaixa conforme a respiração calma e compassada dela, como a de um bebê no colo da mãe. Bebês que não tem nada com o que se preocupar. A mão delicadamente pousada no queixo, como se estivesse fazendo uma pose me faz querer pintar um quadro dessa cena que eu não me canso nunca de presenciar e me encanto todas as vezes que eu vejo tal imagem perfeita no meu campo de visão. O seu corpo. Deus, o seu corpo! Faz-me pecar apenas olhando e imaginando as mil coisas que eu poderia fazer com ele. O ossinho da cintura se mostrando pra mim para fora da camiseta, como se estivesse gritando “Beije-me”, assim como a sua boca rosada e relaxada num leve sorriso, apenas perceptível pra quem fica olhando durante um bom tempo, assim como eu. Os cabelos desarrumados, porém lindos caídos na almofada. Eu não consigo deixar de reparar nos seus olhos, que mesmo fechados, esbanjam perfeição e me causam arrepios que poderiam ser considerados até mesmo gays. O seu pescoço completamente vulnerável, devido aos cabelos jogados para cima. Faço tudo calmamente ao seu lado, com medo de acordá-la e estragar o perfeito cenário diante de mim.
Peguei-me viadamente sorrindo por estar de frente para uma criatura tão adorável. De repente, me pego perguntando para mim mesmo o porquê de eu estar tão apaixonado.

5 meses depois.
- Amor! Tá em casa? - Gritei quando entrei em casa depois de uma noite cansativa demais na faculdade. Finalmente sexta feira.
- Tô! Aqui no quarto! - Ela respondeu e eu fui até lá. Ela estava deitada na cama lendo um livro.
- Tudo bem? - Perguntei enquanto estava de costas para a cama guardando no armário a roupa que eu tinha acabado de tirar.
- Tudo. 

Giovanna P.O.V.
- Como foi na escola hoje? - Perguntei.
- Bem. - Ele deitou do meu lado e logo estava dormindo profundamente.

Eu detesto admitir isso, mas, às vezes parece que o nosso relacionamento está tão monótono. Eu preciso de alguma coisa pra agitar isso, mas infelizmente eu não sei. Esses dias eu estava em dúvida sobre pedir um tempo ou não, mas depois que depois que a gente transou essa semana e ele disse que me encontrar foi tipo encontrar uma agulha num palheiro, eu meio que desisti de falar alguma coisa.

Sim, eu ainda amo Justin e não tenho dúvidas disso, mas parece que não é mais a mesma coisa do início do relacionamento, sabe?

Na verdade, parece que eu estou perdendo muito coisa enquanto estou namorando e é por isso que eu e Lenorah vamos a alguma boate que preste amanhã. Tem muito tempo mesmo que eu não vou a uma.

E sim, eu já pensei em ficar com o Louis, mas me lembrei de que eu tinha um namorado.

Louis é um caso à parte. Ele, na verdade, tem sido um anjo comigo, educado demais e gentil. Sempre pergunta se eu preciso de ajuda com alguma coisa da faculdade, alguma coisa da casa e essas coisas. Com certeza, ele se tornou um grande amigo.

* * *

- Justin, Lenorah me chamou pra sair com ela. Estou indo, tudo bem? - Eram dez e um pouquinho da noite e ele estava assistindo um jogo de baseball. Tínhamos instalado a TV na parede há três dias e finalmente, a nossa sala estava completa.
- Você vai assim? - Ele me olhou de cima a baixo. Não tinha nada demais. Era um vestido verde, colado no busto e bem soltinho em baixo com um cinto fino preto para marcar a cintura e salto. Ele só era um pouquinho curto, mas nada demais.
- Vou. O que tem de errado?
- Nada. Pode ir. - Ele voltou a olhar para a TV. Abaixei e dei um beijo em sua bochecha.
- Não precisa ficar preocupado não, viu, amor. Relaxa. - Eu disse e saí.

Justin P.O.V.


Se você está querendo saber. Não, eu nunca impedi a minha namorada de fazer absolutamente nada, mas a minha vontade foi de fazer isso agora. E eu tenho sim as minhas dúvidas de que já tenha me traído com alguém.

Ela anda tão distante esses dias, distraída, não faz mais gracinhas como costumava fazer antes. Sei que são só nove meses que estamos namorando, mas parece que está tão desgastado. Eu ainda a amo. Mas tenho sérias dúvidas se ela ainda me ama como antes.

* * *

Giovanna P.O.V.

- Finalmente! - Lenorah disse quando a fila da boate chegou em nós.
- Não sei pra que tanta pressa... - Eu disse.
- É impressão minha ou você não está afim? - A garota baixa de cabelos vermelhos chamada Lenorah perguntou enquanto entrávamos nos espaço cheio de música e com luzes roxas e vermelhas sendo jogadas em todos os lugares. Um monte de gente dançando, conversando e se pegando. Isso me lembrou um pouco as festas da Waverly.

Sorri ao lembrar me da Dayane, Ashley, Bianca e Noah. Eram pessoas legais. O que eles estão fazendo nesse minuto?

- Eu até estava muito afim, mas a cara do Justin logo quando eu saí estava péssima. Parecia que ele... sei lá.
- Cara, eu realmente amo o Justin. Ele é um fofo. Mas eu acho que você está perdendo um pouquinho da sua juventude. A gente já está no meio do primeiro período da faculdade. E você acabou de completar 18 anos. - Ela fala isso porque o namorado dela, Patrick, está longe e não com crise de ciúmes com o melhor amigo.
- Eu gosto muito dele, sempre gostei e tenho certeza que ele me ama, mas às vezes parece que eu nunca correspondo à altura.
- Menina, se eu fosse você aproveitava. Tem um certo inglês de olhos azuis piscina que está muito na sua.
- Quem? O Louis?
- Não. Eu! - Ela disse enquanto sentávamos no bar, para depois pedirmos um copo de uma bebida qualquer. - Claro que é!
- Não sei... Mas eu vim aqui pra me divertir um pouco, o que acha de dançar? - Levantei-me e depois ela fez o mesmo ajeitando o vestido.

* * *

Depois de quase uma hora eu estava sentindo que os meus pés iam cair, então, eu e Lenorah fomos nos sentar no lounge, onde era mais calmo e algumas pessoas conversavam. Sentei num sofá branco enquanto ela foi para o bar. Senti o estofado ao meu lado afundar. Olhei para o lado e me deparei com um cara que eu nunca tinha visto na vida.

- E aí? Tudo bom? - Ele perguntou. Sua voz era rouca e completamente sexy. Ele tinha um forte sotaque britânico que me fez pensar que New Jersey deve ter a maior concentração de britânicos dos Estados Unidos.
- Uhum. Quem é você? - Eu perguntei, tentando fazer pouco caso, o que o fez rir um pouco.
- Sou Harry. E você?
- Giovanna. O que veio fazer aqui, mesmo.
- Gosto da boate. Venho todo sábado. - Ele sorriu.
- Com “aqui”, eu quis dizer do meu lado.
- Te vi dançando. Achei você gata e estava querendo saber se você quer passear...
- E com “passear” você quis dizer transar, certo? - Perguntei surpreendendo-me com o modo que eu fui direta.
- Sim. Exatamente isso. - Fiquei mais surpresa com a firmeza e a certeza que ele respondeu. E ainda sorriu depois.
- E eu estava pensando em como você é realmente direto. E não. Eu não estou a fim de passear com você. - Disse fazendo aspas no passear. - E eu tenho um namorado.
- Então, tudo bem. - Ele se levantou e parou na minha frente com as mãos dentro da skinny preta apertada demais para um cara e com alguns buracos. Não sei porque ele usava um sobretudo preto que não tinha nada haver com o ambiente, mas ficou extremamente... sexy nele. - Você é difícil. Prazer em conhecê-la, Giovanna. - Ele estendeu a mão e eu entendi que era para apertar e quando fui fazê-lo, ele a segurou e puxou-a dando um solavanco e a beijou, sem desviar os olhos verdes e penetrantes de mim e depois saiu. Eu fiquei vendo-o sumir depois disso.

Vou pedir um tempo pra o Justin amanhã.


Oi lindas do meu coração! No regrets está quase no final. É, podem chorar, mas está. Preparei um final que está a minha cara, espero que gostem. Amo vocês. Beijos com açúcar colorido, Gi!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e quatro

* * *

Quando cheguei na escola Hammer, descobri que eu não seria o único professor dentro da sala de aula. Haveria outra pessoa, outra professora, para falar a verdade. O nome dela é Allie, ela deve ter uns 23 anos. Pelo que entendi, do tempo que passamos na sala dos professores e uma coisa que ninguém tinha me explicado antes é que eu vou ser tipo um professor auxiliar. Por exemplo, ela vai ensinar e eu vou ajudar os pequenos a segurar o violão e essas coisas.

Eu não me incomodei com isso porque eu vou ganhar o mesmo salário que ela, o que é bom. Menos trabalho pelo mesmo dinheiro.

- Vamos lá, você vai se sair bem. As crianças dessa idade são como esponjas. Estão absorvendo tudo o que podem. - Allie disse enquanto caminhávamos para a sala. Ela é alta e o cabelo dela é longo e preto. Com esses óculos, a minha namorada que me perdoe, mas ela parece com uma professora de filme pornô.

E se você está se perguntando se eu já vi filme pornô, sim. Eu já vi muitos. Milhares de vezes. Sou um cara, não um anjo.

- Espero que sim. De qualquer forma, obrigada.

Descobri que eu e Allie daríamos aulas pra crianças de sete anos. Não é uma maravilha?

Não. Não é.

Teve um momento que Allie me deixou sozinho na sala de aula porque ela teve que ir ao banheiro e foi desesperador. As crianças não paravam quietas nem por um minuto sequer, ficavam falando o tempo todo, mas quando Allie chegou, parecia uma mãe, era só ela começar a falar que as crianças ficavam quietas.

Ela começou a mostrar como se segura o violão e como se faz o dó. Não pude deixar de reparar que Allie era em amor com as crianças. Parece meio gay dizer isso, mas ela era muito carinhosa com elas. Eu, na verdade, estava com vontade de mandá-las calaram a boca antes de a Allie chegar, mas quando ela finalmente entrou na sala, os fez ficarem quietos.

- Então, quem quer aprender a tocar violão? Garanto que quando terminaram o ano, já estarão tocando guitarra igual a Elvis Presley! - Ela imitou Elvis fazendo gestos com as mãos e com a cabeça.
- Igual ao Jimi Hendrix. - Um garotinho chamado Tyler disse e imitou o Jimi.
- Então, vamos lá? - Allie disse olhando para as crianças e depois, piscando para mim.

Giovanna P.O.V.

Inevitavelmente, eu não quis ir embora quando as aulas da tarde acabaram. Eu realmente queria ficar conversando mais com Louis e Lenorah, mas eu tive quer ir trabalhar. O meu turno é de seis da tarde até dez da noite. É meio período, mas para servir cafés, até que pagam bem.

Cheguei lá e estava bem cheio, já que eu pego o horário das seis, horário do rush. Ótima escolha, hein, Giovanna.

- Oi, você deve ser a Giovanna, certo? - Uma mulher me perguntou.
- Sim. Sou eu. Você é a Sheron, sim? - Perguntei.
- Sim. Sou Sheron, gerente daqui. Vanha por aqui e eu vou lhe explicar o que fazer. - Ela disse e eu a segui para dentro do balcão. - Bom, aqui está o seu avental, com a sua identificação. Você vai ficar no caixa e anotar os pedidos. Só isso. Você vai perguntar o que o cliente quer, vai perguntar o nome dele e vai colocar na nota. Confirme o pedido e encaminha para a outra parte do balcão. Tudo bem? - Sheron falou muito rápido, porém eu entendi. Peguei o avental verde e prendi uma plaquinha pequena e dourada com o meu nome no avental. - Aqui, atende essa moça.

- Oi, boa tarde. O que a senhora deseja? - Perguntei, me esforçando para parecer profissional o suficiente.
- Oi. Eu vou querer um café mocha e um frapuccino de caramelo com base de creme. - Apertei a opção café mocha na tela e depois o frapuccino.
- Qual o tamanho?
- Os dois são do tall.
- Qual é o seu nome?
- Sophie. - Escrevi o nome dela nos copos
- São 15 dólares. Paga no próximo balcão. - Passei os copos para uma menina no outro balcão que parecia ter a minha idade.
- Hey, meu nome é Betty. Você é nova, certo?
- Sou. Me chamo Giovanna.
- Bem, boa sorte, Giovanna. Temos um horário complicado.
- Percebi isso. Você tra... - Percebi que tinham outras pessoas na fila e cortei a frase. - Boa tarde, o que o senhor deseja? - Perguntei, voltando para a minha parte do balcão.
- Eu quero dois cookies lights e um chocolate quente grande.

* * *

- Boa tarde, o que o senhor deseja? - Eu estava exausta, contava os minutos para as dez horas, parei poucos minutos para descansar. Aquele Café não parava nunca.

- Você. - Levantei os olhos do monitor e vi Justin sorrindo na minha frente. - Já está acabando?
- Ainda faltam quinze minutos e depois eu troco de turno.
- É 24 horas? - Ele perguntou.
- Sim, é. Vamos, vai querer o que?
- Só pra você não dizer que eu não comprei nada, vou querer um cappuccino médio. - Ele riu. Peguei um copo médio, escrevi o nome dele e coloquei um coração do lado. Sorri com o que fiz. Quando o pedido ficou pronto e ele pegou, olhei pra ele que sorriu e piscou pra mim.
- Betty, acabei por aqui. Onde você disse que morava, mesmo? - Eu tinha acabado de terminar o meu turno e a próxima mulher pegou o avental que eu usava e colocou. Sinto pensa dela, vai ter que trabalhar durante a madrugada.
- Rua Dickens...
- Ótimo, quer ir conosco? Moramos lá também.
- Tudo bem. Um minuto.

* * *

- Mas em geral foi bem legal lá no trabalho. - Apoiei as pernas em cima dele, que ficou acariciando-as. Na sala, não tinha nada, além de uma brisa agradável vindo da janela aberta.
- E como é essa Allie... - Perguntei bebendo da garrafa de cerveja. Sim, eu passei a consumir essa bosta. Não é boa demais como as pessoas falam, mas você se acostuma.
- Por que, está com ciúmes? - Sim.
- Não. Não estou.
- Eu quem deveria sentir ciúmes daquele Louis... Não sei por que, mas não fui com a cara dele.
- Tá parecendo aquelas meninas de filmes americanos que passam naquele canal ruim.
- Besta. - Ele deu um tapa leve na minha coxa. - Não é isso... Só não queria perder você praquele britânico.
- Para de ser besta. Isso não vai acontecer.
- Tomara mesmo.
- Tô sem sono. - Eu disse.
- Conta carneirinhos.
- Um carneirinho. Dois carneirinhos. Três carn...
- Ta me zoando, né?
- Não... - Olhei para o teto e deixei a garrafa pela metade no chão perto do pé do sofá. - Três carneirinhos. Quatro carneirinhos. - O escutei dando um riso abafado, sorri e continuei contando. Até dormir.


Hey, hey, hey! Gatas, eu tenho um motivo para não ter postado. Eu estava em um acampamento e não tive mesmo como postar, desculpem-me. Anyway, espero que tenham gostado. Amo vocês, beijos com granulado colorido, Gi!

sábado, 12 de outubro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e três

- Meu nome é Donna, eu tenho 18 anos, eu sou de New York e vim da Constance Billard. Eu resolvi cursar artes cênicas porque eu sou apaixonada por teatro desde que eu era uma garotinha. Espero me tornar famosa o suficiente para apresentar o meu próprio musical na Brodway. – E assim as pessoas foram se apresentando. Uma por uma. Amy, Stacy, William, Rose, Stephen, Michael, Evan, Ethan, Julie, Carrie… Até chegar alguém que estava atrás de mim e eu ter que me virar para olhar.

Era um cara alto, com cabelos lisos e bagunçados, sem direção nenhuma. Olhos azuis e um braço malhado e com algumas tatuagens, a blusa de gola V me permitia ver outra tatuagem no peito. Nada mal. Nada mal mesmo.

- Meu nome é Louis, eu tenho 21 anos. – Meu Deus, ele é britânico. O sotaque dele é lindo, a voz dele também é. – Eu nasci em Doncaster, na Inglaterra e me formei na escola Hall Cross. Estava cursando medicina em Oxford, mas descobri que odeio medicina e nasci para o universo artístico e por isso vim pra cá. - Ele se sentou e foi a minha vez de levantar e me apresentar.

- Hm. Meu nome é Giovanna, eu tenho 17 anos, sou do Canadá e me formei na Waverly Academy, de New York. Eu resolvi cursar artes cênicas porque sou apaixonada pelo mundo do teatro desde... sempre, na verdade. - Sorri e me sentei novamente na cadeira. A garota de cabelos vermelhos se levantou e começou a falar.

- Eu me chamo Lenorah. Sou de Washington e me formei na Eastmont School e tenho 18 anos. Decidi cursar Artes Cênicas porque amo estar no palco e interpretar pessoas completamente diferentes de mim mesma. - Ela se sentou logo em seguida. Mais pessoas se apresentaram. Phillip, Joanne, Tiffany...

Quando finalmente conhecemos a turma toda, Oliver deu uma introdução à aula. Ele começou a falar que o teatro surgiu na Grécia antiga e quais eram as técnicas que os usavam para interpretar e que sempre havia uma crítica à alguma coisa implícita nas peças. Eu realmente gostei da aula. Na verdade, sempre goste de história e ouvir sobre a história de uma coisa que eu amo é fascinante.

Acabou a aula, eu peguei a minha bolsa e meu celular e saí da sala. Alguém me cutucou no ombro e eu me virei para trás com o celular em mãos e vi que era Louis, o britânico da minha sala.

- Posso ajudar?
- Hm, claro. Giovanna, né? - Assenti. - Eu poderia saber qual é a sua próxima aula?
- Claro, mas... Por que? - Respondi pegando o papel na minha bolsa.
- Só pra saber. Caso seja a mesma, pra gente por ir junto. Eu, na verdade, odeio ir sozinho para os lugares. E eu vi na sua blusa que você gosta de The Fray.
- Ah, então você curte também?
- Com certeza. Os caras são demais... Então, qual é a sua próxima aula?
- Hm... Aqui diz que eu sou do grupo três então eu tenho Cenografia agora. Você é de qual grupo?
- Três também. Acho que faremos todas as aulas juntos. - Ele sorriu.
- Acho que sim. - Sorri e percebi que terei que tomar cuidado com os olhos dele para na me perder naquela imensidão azul.

* * *

Justin P.O.V.

Estava à caminho do Laboratório de música eletro-acústica quando avistei Giovanna no corredor vindo em minha direção com um cara alto do lado dela. Senti uma pontada de ciúmes, porém fui até ela, que me cumprimentou com um selinho e depois apresentou o cara.

- Justin, essa é o Louis, ele é do mesmo grupo que eu. Louis, esse é o Justin, meu namorado. - O cara apertou a minha mão.
- E aí, cara, baleza?
- Beleza. - Olhei para Giovanna. - Amor, tenho que ir agora, a gente se vê à noite. - Apertei a mão do cara e saí.
Agora, mais do que nunca, eu tenho que cuidar mais da minha mulher para não acabar perdendo pra qualquer um. Quer dizer, o cara é britânico. Qual mulher não se atrairia por alguém da terra da realeza britânica?

Giovanna P.O.V.

Estou no quinto tempo de aula e tenho que admitir: Louis é um cara incrível.

Ele gosta de quase todas as bandas que eu gosto, incluindo The Beatles, Guns’n’Roses, Aerosmith e Nickelback. Ele é hilário demais, todo o tempo que eu passei com ele, Louis conseguiu me fazer rir. Ele não mora aqui em Princeton, alugou um apartamento no final da rua da faculdade.

Descobrimos que Lenorah é do mesmo grupo que eu e Louis. Ela é uma garota interessante e divertida. Ela é ruiva natural e ama o cabelo dela, o que é estranho para uma garota. Ela curte música eletrônica e tem um namorado que estuda em outra faculdade, o nome dele é Patrick. Os pais dela queriam que ela estudasse medicina, mas ela os mandou irem para o inferno e veio estudar artes cênicas, o que eu achei realmente admirável.

Eu estava conversando com Lenorah e Louis e discutindo para onde as pilhas vão depois que são jogadas no lixo, mas decidimos que os estudantes de química orgânica que deveriam saber disso e não nós, meros estudantes de artes cênicas. Justin me mandou uma mensagem.

Estou indo dar aulas de violão para crianças pequenas. Deseje-me sorte.

Justin P.O.V.

Acabaram os meus horários da manhã na faculdade, agora eu estou indo para a Escola Primária Hammer. Até aonde eu sei, é uma escola pública e por isso eles não se importaram de verdade com o fato de eu ter apenas 17 anos. Resolvi mandar uma mensagem para a escola e ela respondeu.

Boa sorte. Te amo. Nos vemos à noite.

Tenho que me acostumar que durante duas partes do dia ela vai estar com o Louis, o que me preocupa um pouco, já que só vou vê-la à noite quando chegarmos em casa. Isso em fez pensar que eu estou vivendo vida de casado mesmo estando com 17 anos de idade.

Hoje, na aula de música eletro-acústica, eu conheci uma menina bem legal. O nome dela é Zoe. Ela tem a minha idade, é loira com as pontas do cabelo azuis e baixa e que a Giovanna não me ouça, mas ela é bem gata. Gata não, ela é gostosa mesmo. Eu tive a leve impressão que ela ficou um tanto quanto decepcionada quando eu mencionei que tinha uma namorada.

Uma coisa que eu percebi é que quando se está na faculdade, ter um relacionamento sério com alguém é algo raro. Mas eu realmente não ligo muito para isso, de verdade. Amo a garota com quem estou e nenhuma Zoe vai me fazer terminar com isso.

Não por enquanto.


Hola, gatitas! Tudo bem com as señoritas? Essa é a minha tentativa frustrada de falar español. Tá, parei. Mas emfim, gostaram? Espero que sim. Alguém mais aqui gosta dos minos? Bom, eu sou doida por eles e o Lou é o meu favorito. Vocês não tem nem noção do que vai rolar. Beijos de brownie, Gi !

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e dois


* * *

- Justin... Justin... Acorda. Já são onze horas.
- Tá cedo. Deixa eu dormir, vai.
- Não está cedo e nós temos que fazer algumas coisas antes de ir para a faculdade amanhã. Na verdade, eu nem sei que horas é a primeira aula.
- Depois você vê... – Ele disse.
- Você não vai acordar agora? – Perguntei já pensando no que eu faria para acordá-lo.
- Não.
- Então eu vou fazer cosquinha! – Eu disse e me joguei fazendo cosquinhas no ponto fraco dele. Ele se debatia na cama, me fazendo rir da risada gostosa dele. Parei de fazer cócegas nele. – Ainda vai ficar dormindo?
- Não né... Você me acordou... – Ele levantou da cama pelado, me dando a visão daquela bundinha de neném.
- Vai colocar uma roupa, Justin. – Ele se virou enquanto eu arrumava a cama.
- É a minha casa... Eu posso andar pelado por aí. E você adora ver isso aqui. – Ele apertou o colega dele.
- Isso foi grotesco.
- Você me ama. – Ele disse saindo do quarto. Sorri revirando os olhos e continuei arrumando a cama.

* * *

Duas horas da tarde e eu estou esperando a princesa se arrumar há mais ou menos quinze minutos. Como ainda não tem TV e o meu 3G é uma porcaria, eu estava sentada no sofá olhando para a parede e minha única distração e ficar imaginando como o nosso apartamento vai ficar quando estiver com tudo pronto. Com TV, internet e todos os adicionais.

- Justin! Vamos! Eu quero sair logo! – Eu gritei indo da sala até o quarto. Ele estava mechando no cabelo em frente ao espelho.
- Calma. Perfeição exige paciência. – Ele disse ainda mexendo no cabelo.
- Você já está lindo. Vamos.
- Tá... – Ele ajeitou mais uma vez o cabelo.
- Parece uma princesa. Demora mais pra se arrumar do que eu. – Eu disse saindo do quarto e ele vinha atrás de mim.
Tínhamos combinado de andar um pouco pela cidade para ver quais são as coisas que são perto do nosso apartamento, alguns mercadinhos, lojas, essas coisas. Como morávamos perto de lugar nenhum em Stratford, precisávamos de carro para tudo. Aqui em Jersey as coisas são bem mais perto.

Fomos até Starbucks onde eu vou trabalhar é apenas a duas quadras do prédio, então não vou ficar cansada de andar até lá. Pelo menos não até a gente conseguir comprar um carro, mas está muito cedo ainda, já que tem um ônibus direto para Princeton bem perto de onde moramos.

Passamos o dia inteiro na rua e só voltamos para casa oito e alguma coisa da noite, quase nove. Eu estava morrendo. Meus pés estavam me matando e eu cheguei a conclusão que assim que deixássemos toda a nossa nova vida em ordem, alugaríamos ou compraríamos um carro, porque eu não vou aguentar ficar andando a pé por cinco anos de faculdade. Não vai rolar mesmo.

- Amanhã é o primeiro dia de aula... – Falei enquanto deitava na cama.
- É... É sim. Que horas é a sua primeira aula? – Ele deitou-se do meu lado?
- Oito e meia. E a sua?
- Também.
- Tô nervosa.
- Eu sei. Também estou um pouco, mas qual foi a primeira coisa que você me disse quando a gente resolveu que ia vir pra cá?
- Estamos juntos nessa?
- É. E eu ainda estou nessa com você. Por pelo menos cinco anos.
- Tudo bem. Obrigada, Justin.
- Pelo que?
- Sei lá... Por ser você... Por existir...
- De nada. Eu te amo, viu sua chata?
- Também te amo, viad*. – Ele riu e me envolveu com os braços dele e eu dormi enquanto ele fazia carinho no meu braço.

* * *

- Amor... – Sussurrei no ouvido dele e ele soltou um leve sorriso. – Justin... – Ele continuou parado. - Justin. Acorda. – Ele desfez o sorriso. Besta - Já fiz o café. Vamos, a gente tem que ir de ônibus. – Ele grunhiu e se retorceu na cama. – Se eu soubesse que era esse sacrifício pra te acordar todos os dias, teria trago a sua mãe pra fazer isso.

- Eu tô com sono... – Ele resmungou indo até o armário.
- Toma banho que tira o sono.
- Não vou tomar banho às sete da manhã. Não vai rolar, gata.
- Ai, que nojo. – Falei e fui até o armário também. Eu já tinha tomado café, mas estava de pijama ainda. Peguei uma calça jeans, uma blusa preta da banda The Fray e o meu All Star. Minha bolsa com celular, algumas coisas referentes à matricula e o horário das minhas aulas que eu imprimi em casa. Eu imprimi o do Justin também, mas ficou comigo, se não ele ia perder.

* * *

- Meu Deus, isso aqui é enorme. – Eu disse quando pisei dentro de Princeton. Quando entramos, havia um gramado grande e bem cuidado dividido em quadrados por caminhos de concreto. Em cada “esquina” dos caminhos tinha uma árvore que imaginei ficarem lindas no outono. O caminho do meio leva até uma grande construção no final do gramado.

Não sei com o que se parecia àquela construção, mas era bonita e eu tenho que dar os parabéns para o arquiteto que planejou isso. Os detalhes eram bem desenhados e definidos. Era de três andares. Tinha uma escada que levava à porta que era grande e parecia ser de carvalho, adornada por um arco plano. Em cima da construção, havia o que parecia ser a torre de uma igreja portando também um sino. De cada lado da construção havia várias janelas que supus que seriam das salas de aula.

Atrás da construção a vida era dividida em quarenta fraternidades e no final delas, havia a direção e sala dos professores. Ouvi falar que, depois de Yale e Havard, as festas das fraternidades de Princeton são as melhores. Tomara que eu conheça alguém de alguma fraternidade legal para poder ir às festas.

- Hm. Pode me entregar o meu horário? – Justin perguntou.
- Ah, sim... – Peguei o horário dele e o meu na minha bolsa. – Está aqui. Qual é a sua primeira aula?
- Introdução à música. E a sua?
- História do teatro.
- Tudo bem... Então... Vamos lá. – Ele disse, segurou a minha cintura e me deu um beijo. – Boa sorte.
- Pra você também. – Nos despedimos e fomos para as salas indicadas. A maioria das aulas acontecia no anfiteatro, mas as matérias que precisamos escrever aconteciam em salas normais. Coloquei os meus fones de ouvido, mas deixei-os bem baixo na música Wake me up, do Avicii.

Entrei na sala e as pessoas estavam sentadas nas cadeiras ou em cima das mesas. Ninguém realmente prestou atenção quando eu cheguei. Assim como eu, eram calouros, e isso já é um bom começo. Eram cerca de vinte alunos na minha turma. Sentei atrás de uma garota de cabelos vermelhos que estava lendo um livro que eu já havia lido.

Ana Karenina.

Isso me fez lembrar o Austin. Ignorei o pensamento rapidamente. Pessoas de cabelo vermelho me lembram de Brett e eu geralmente gosto delas. Essa menina tem muita cara de ser hippie. Continuei escutando música até um cara, um tanto quanto velho, mas com cara de professor de teatro entrar na sala e as pessoas sentarem-se nos seus lugares.

- Bom dia, pequenos pupilos. – Ele disse sorrindo. Pupilos? – Eu sou o Professor Oliver Stuart e eu vou dar aula de História do Teatro para vocês. Primeiro eu gostaria de saber o nome de vocês, a idade, de onde são, de que escola vocês vieram e por que resolveram cursar artes cênicas. Vamos começar por você. – Ele apontou para uma menina na primeira fileira, na primeira coluna.

Hey, hey heeey! Tudo bem com vocês? Viu, dessa vez eu não demorei pra postar! É assim, quando tem comentário, eu sei que tem gente lendo e posto mais, porque tem gente lendo, entenderam? Emfim, tá aí pra vocês, a minha outra história está com 11.080 palavras pra vocês. Lembrando que eu vou postar a história nova nesse site. Então, beijos, beijos e beijos de caramelo!