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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

No regrets - Capítulo quarenta e dois


* * *

- Justin... Justin... Acorda. Já são onze horas.
- Tá cedo. Deixa eu dormir, vai.
- Não está cedo e nós temos que fazer algumas coisas antes de ir para a faculdade amanhã. Na verdade, eu nem sei que horas é a primeira aula.
- Depois você vê... – Ele disse.
- Você não vai acordar agora? – Perguntei já pensando no que eu faria para acordá-lo.
- Não.
- Então eu vou fazer cosquinha! – Eu disse e me joguei fazendo cosquinhas no ponto fraco dele. Ele se debatia na cama, me fazendo rir da risada gostosa dele. Parei de fazer cócegas nele. – Ainda vai ficar dormindo?
- Não né... Você me acordou... – Ele levantou da cama pelado, me dando a visão daquela bundinha de neném.
- Vai colocar uma roupa, Justin. – Ele se virou enquanto eu arrumava a cama.
- É a minha casa... Eu posso andar pelado por aí. E você adora ver isso aqui. – Ele apertou o colega dele.
- Isso foi grotesco.
- Você me ama. – Ele disse saindo do quarto. Sorri revirando os olhos e continuei arrumando a cama.

* * *

Duas horas da tarde e eu estou esperando a princesa se arrumar há mais ou menos quinze minutos. Como ainda não tem TV e o meu 3G é uma porcaria, eu estava sentada no sofá olhando para a parede e minha única distração e ficar imaginando como o nosso apartamento vai ficar quando estiver com tudo pronto. Com TV, internet e todos os adicionais.

- Justin! Vamos! Eu quero sair logo! – Eu gritei indo da sala até o quarto. Ele estava mechando no cabelo em frente ao espelho.
- Calma. Perfeição exige paciência. – Ele disse ainda mexendo no cabelo.
- Você já está lindo. Vamos.
- Tá... – Ele ajeitou mais uma vez o cabelo.
- Parece uma princesa. Demora mais pra se arrumar do que eu. – Eu disse saindo do quarto e ele vinha atrás de mim.
Tínhamos combinado de andar um pouco pela cidade para ver quais são as coisas que são perto do nosso apartamento, alguns mercadinhos, lojas, essas coisas. Como morávamos perto de lugar nenhum em Stratford, precisávamos de carro para tudo. Aqui em Jersey as coisas são bem mais perto.

Fomos até Starbucks onde eu vou trabalhar é apenas a duas quadras do prédio, então não vou ficar cansada de andar até lá. Pelo menos não até a gente conseguir comprar um carro, mas está muito cedo ainda, já que tem um ônibus direto para Princeton bem perto de onde moramos.

Passamos o dia inteiro na rua e só voltamos para casa oito e alguma coisa da noite, quase nove. Eu estava morrendo. Meus pés estavam me matando e eu cheguei a conclusão que assim que deixássemos toda a nossa nova vida em ordem, alugaríamos ou compraríamos um carro, porque eu não vou aguentar ficar andando a pé por cinco anos de faculdade. Não vai rolar mesmo.

- Amanhã é o primeiro dia de aula... – Falei enquanto deitava na cama.
- É... É sim. Que horas é a sua primeira aula? – Ele deitou-se do meu lado?
- Oito e meia. E a sua?
- Também.
- Tô nervosa.
- Eu sei. Também estou um pouco, mas qual foi a primeira coisa que você me disse quando a gente resolveu que ia vir pra cá?
- Estamos juntos nessa?
- É. E eu ainda estou nessa com você. Por pelo menos cinco anos.
- Tudo bem. Obrigada, Justin.
- Pelo que?
- Sei lá... Por ser você... Por existir...
- De nada. Eu te amo, viu sua chata?
- Também te amo, viad*. – Ele riu e me envolveu com os braços dele e eu dormi enquanto ele fazia carinho no meu braço.

* * *

- Amor... – Sussurrei no ouvido dele e ele soltou um leve sorriso. – Justin... – Ele continuou parado. - Justin. Acorda. – Ele desfez o sorriso. Besta - Já fiz o café. Vamos, a gente tem que ir de ônibus. – Ele grunhiu e se retorceu na cama. – Se eu soubesse que era esse sacrifício pra te acordar todos os dias, teria trago a sua mãe pra fazer isso.

- Eu tô com sono... – Ele resmungou indo até o armário.
- Toma banho que tira o sono.
- Não vou tomar banho às sete da manhã. Não vai rolar, gata.
- Ai, que nojo. – Falei e fui até o armário também. Eu já tinha tomado café, mas estava de pijama ainda. Peguei uma calça jeans, uma blusa preta da banda The Fray e o meu All Star. Minha bolsa com celular, algumas coisas referentes à matricula e o horário das minhas aulas que eu imprimi em casa. Eu imprimi o do Justin também, mas ficou comigo, se não ele ia perder.

* * *

- Meu Deus, isso aqui é enorme. – Eu disse quando pisei dentro de Princeton. Quando entramos, havia um gramado grande e bem cuidado dividido em quadrados por caminhos de concreto. Em cada “esquina” dos caminhos tinha uma árvore que imaginei ficarem lindas no outono. O caminho do meio leva até uma grande construção no final do gramado.

Não sei com o que se parecia àquela construção, mas era bonita e eu tenho que dar os parabéns para o arquiteto que planejou isso. Os detalhes eram bem desenhados e definidos. Era de três andares. Tinha uma escada que levava à porta que era grande e parecia ser de carvalho, adornada por um arco plano. Em cima da construção, havia o que parecia ser a torre de uma igreja portando também um sino. De cada lado da construção havia várias janelas que supus que seriam das salas de aula.

Atrás da construção a vida era dividida em quarenta fraternidades e no final delas, havia a direção e sala dos professores. Ouvi falar que, depois de Yale e Havard, as festas das fraternidades de Princeton são as melhores. Tomara que eu conheça alguém de alguma fraternidade legal para poder ir às festas.

- Hm. Pode me entregar o meu horário? – Justin perguntou.
- Ah, sim... – Peguei o horário dele e o meu na minha bolsa. – Está aqui. Qual é a sua primeira aula?
- Introdução à música. E a sua?
- História do teatro.
- Tudo bem... Então... Vamos lá. – Ele disse, segurou a minha cintura e me deu um beijo. – Boa sorte.
- Pra você também. – Nos despedimos e fomos para as salas indicadas. A maioria das aulas acontecia no anfiteatro, mas as matérias que precisamos escrever aconteciam em salas normais. Coloquei os meus fones de ouvido, mas deixei-os bem baixo na música Wake me up, do Avicii.

Entrei na sala e as pessoas estavam sentadas nas cadeiras ou em cima das mesas. Ninguém realmente prestou atenção quando eu cheguei. Assim como eu, eram calouros, e isso já é um bom começo. Eram cerca de vinte alunos na minha turma. Sentei atrás de uma garota de cabelos vermelhos que estava lendo um livro que eu já havia lido.

Ana Karenina.

Isso me fez lembrar o Austin. Ignorei o pensamento rapidamente. Pessoas de cabelo vermelho me lembram de Brett e eu geralmente gosto delas. Essa menina tem muita cara de ser hippie. Continuei escutando música até um cara, um tanto quanto velho, mas com cara de professor de teatro entrar na sala e as pessoas sentarem-se nos seus lugares.

- Bom dia, pequenos pupilos. – Ele disse sorrindo. Pupilos? – Eu sou o Professor Oliver Stuart e eu vou dar aula de História do Teatro para vocês. Primeiro eu gostaria de saber o nome de vocês, a idade, de onde são, de que escola vocês vieram e por que resolveram cursar artes cênicas. Vamos começar por você. – Ele apontou para uma menina na primeira fileira, na primeira coluna.

Hey, hey heeey! Tudo bem com vocês? Viu, dessa vez eu não demorei pra postar! É assim, quando tem comentário, eu sei que tem gente lendo e posto mais, porque tem gente lendo, entenderam? Emfim, tá aí pra vocês, a minha outra história está com 11.080 palavras pra vocês. Lembrando que eu vou postar a história nova nesse site. Então, beijos, beijos e beijos de caramelo!

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