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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

No regrets - Capítulo trinta e oito

16 dias para Princeton – 14 dias para a mudança
Justin P.O.V.

- Mãe, já comprou as passagens?
- Ainda não... Vou comprar amanhã.
- Não esquece.
- E o primeiro depósito da mensalidade?
- Já fiz. Filho, calma. Você está uma pilha de nervos.
- Mãe. Eu vou pra faculdade, eu tenho que estar.
- Calma, filho. A parte mais difícil já passou.
- É verdade... – E disse e me joguei no sofá. Tem algum tempo que eu não faço isso. Esses dias, eu a Giovanna temos corrido para tudo quanto é lugar pra comprar as coisas que faltam para o nosso apartamento. É legal falar isso. Nosso apartamento. Sei lá, nós somos apenas duas crianças apaixonadas e vamos morar sozinhos...
- E você e a sua namorada? – Minha mãe perguntou sentando-se do meu lado.
- Ah, normal, por quê?
- Ah. Só quero saber, mesmo...
- Não. Você quer chegar a algum lugar com isso. Fala...
- Ah, você me conhece bem...
- Fala, mãe...
- Vocês já... – Ela deixou a pergunta no ar.
- Já. Você não sabia? – Isso soou com mais naturalidade do que eu queria que soasse.
- Não... Você não me contou... E como foi... A sua primeira vez?
- Não foi com ela.
- N-não?
- Foi com a Cristie... Você não conhece. Numa festa que ela deu na casa dela.
- Mas você gostava dela?
- Ah, ela era bonita...
- Filho...
- Ah, mãe. Eu tinha 15 anos. Eu gostava da Giovanna, mas a Cristie é muito gostosa e estava me dando mole...
- Meu filho é um galinha...
- Não é galinha. É cara com os hormônios funcionando.
- Entendi. Mas com a Giovanna?
- Ah, ela estava triste e eu fui consolar ela e acabou rolando.
- Você se aproveitou da situação dela, não, né? – Ela perguntou espantada.
- Claro que não. Ela concordou. Não a obriguei a fazer nada que não quisesse. – Não acho que ela precise saber que eu traí a Dayane. Vai me condenar para o resto da vida. Depois da história do Theodore, ela odeia os caras que traem a mulher.
- Acho bom mesmo. – Ela disse e ficou um pouco em silêncio. – Sabe que eu ainda acho loucura vocês irem morar sozinhos?
- Acha?
- Acho. Vocês ainda são duas crianças. Mas eu concordei porque achei que é o certo a fazer. Quer dizer, é pelo futuro de vocês.
- Exatamente. Que bom que você entendeu. Eu quero passar o máximo de segurança para o tio Theodore.
- Verdade. Ele ama demais a filha pra deixar na mão de qualquer um... Se fosse outro menino, eu acho que ele não deixaria. É porque ele te conhece desde que você nasceu. Você e a Giovanna foram criados juntos. – Ficamos conversando por mais um tempo até dar a hora de o meu pai passar aqui em casa pra ele, a minha namorada e eu irmos comprar a geladeira. Não é geladeira exatamente. É um frigobar grande.

Giovanna P.O.V.
14 dias para Princeton – 12 dias para a mudança


- Mãe, já foi pegar o meu passaporte permanente?
- Já, filha. Está na minha bolsa. Deixa lá porque você vai perder e eu vou ter que tirar a segunda via e não vai ter como entregar a tempo. – Ela disse pra mim.
- Entendo o seu ponto de vista. Mas lembra de levar aquela bolsa para o aeroporto.
- Tá bom filha. Ainda faltam 14 dias...
- Eu sei... Já comprou meu material? – Eu perguntei.
- Você comprou ontem comigo, menina. Calma. Você está muito nervosa.
- Claro que eu estou nervosa, mãe. Tem que estar tudo certo. Tem que dar tudo certo. – Eu disse andando na frente da televisão enquanto eu tinha certeza que a minha mãe estava tentando ver o America’s got talent, mas eu estava atrapalhando. – O que eu posso fazer por você?
- Sei lá, mãe.
- Quer ir ao shopping? – Ela perguntou.
- Não...
- Quer comer pizza?
- Não...
- E fondue?
- Seria uma boa... – Já estava frio pra comer fondue.
- Quer ver algum filme?
- Um bem meloso, por favor...
- Tudo bem. – Ela disse e se levantou para fazer o fondue. Ah, a minha mãe sempre sabe o que eu quero. Isso me lembrou de que eu vou ter que aprender a cozinhar alguma coisa se não, eu e Justin vamos morrer de fome.

11 dias para Princeton – 9 dias para a mudança

- Você vai, né? – Brett perguntou.
- Claro...
- Ótimo, estou indo me arrumar. – Brett tinha acabado de me ligar. Era a despedida dela. Amanhã ela já estaria em Havard. Vamos até a casa dela e vai ter uma Pizza Night. Os nossos amigos de infância vão. Chaz, Chad, Justin, Beatrice que finalmente recebeu a resposta de Havard e foi aceita por pouco. Não acredito que a garota de cabelos vermelhos bombeiro vai morar na Inglaterra, casar com um inglês, ter filhos ingleses, tomar chá das cinco e ter sotaque britânico. Logo ela. Toda hippie. Quero ver sobreviver no Reino Unido.
Eu e Justin fomos andando até a casa de Brett conversando sobre como esperamos que seja a nossa vida em New Jersey, terra do Frank Sinatra e Whitney Houston e do incrível Jon Bon Jovi, sem falar dos Jonas Brothers, minha banda preferida quando era mais nova.

- Eu vou pendurar o dreamcatcher que você fez pra mim num prego que você vai colocar em cima da nossa cama, tá?
- Como assim, eu vou colocar?
- É... Eu não sei furar parede. E ia ficar muito bonito. A parede pintada de branco com o dreamchacther colorido nela, como um destaque. – Ele olhou pra frente tentando visualizar a cena.
- Você se daria bem como designer de interiores.
- Também acho. Tenho um senso de decoração apurado. Ainda mais agora, depois que a gente passou os últimos meses visitando casas de construção, de decoração...
- Eu ainda não estou acreditando nisso...
- A gente morando junto?
- É...
- Também não. – Demos alguns passos em silêncio. – É tão louco. Temos só 17 anos e só em fevereiro do ano que vem nós vamos fazer 18 e seremos maiores de idade.
- É verdade. Mas eu acho que estamos preparados para isso. De verdade. É um passo grande e arriscado, mas é uma coisa que tem que correr o risco.
- Entendo. A gente fala de riscos que isso trás... Mas quais são eles, exatamente?
- Se a gente não der certo, se não conseguirmos manter um apartamento, por menor que seja... Essas coisas. – Pensei um pouco no que ele disse. Ele tem razão, mas os riscos estão aí para serem corridos. Nenhuma ideia que não seja louca no começo vale à pena ser executada.

* * *

- Tá, mas eu continuo achando meio impossível alguém fazer uma coisa dessas na maior cara de pau. E depois de te contar isso, o que aconteceu? – Chaz perguntou tomando um gole da sua cerveja. É, cerveja. Eu não gosto muito, mas eu bebo só pra socializar e também porque eu não fico bêbada com cerveja.
- Ah, depois a gente parou de se falar. Eu não fui mais a aula dele e ele se demitiu...
- E ainda é covarde. – Justin complementou.
- Me deixa adivinhar... O Justin ficou morrendo de ciúmes e ficou um bom tempo sem falar com você? – Chaz perguntou
- É... – Franzi a testa – Como você sabe?
- Digamos que eu tenho o dom de adivinhação pela análise de comportament...
- Eu contei pra ele. – Justin interrompeu Chaz.
- Ah. – Eu disse.
- Isso, corte o barato do amigo... – Chaz retrucou e bebeu um gole da sua cerveja.
- Pode falar pra gente, o Justin é o muito brocha, né? – Chad perguntou, de repente.
- Cara, por favor, morre ali rapidão, só pra eu testar uma coisa. – O Justin falou.
- Chad, você é um idiota... – Brett disse. – Então, quer dizer que o casal vai morar junto em New Jersey?
- Exatamente... – Confirmei e Justin passou o braço ao meu redor e eu recostei em seu ombro. Estávamos sentados nos sofás de couro preto em volta da mesinha de centro cheia de garrafas de cerveja vazias e algumas cheias e caixas de pizza quase vazias.
- Eu ainda não acredito que vamos morar sozinhos... Ela nem sabe cozinhar. – Justin disse.
- Eu sei fazer arroz... E brigadeiro.
- Ok, então a nossa dieta vai ser arroz e brigadeiro.
- E você vai trabalhar aonde? – Beatrice perguntou.
- Eu vou trabalhar no Starbucks. E o Justin vai dar aula de violão pra uma escola primária.
- Escola primária? Que gracinha! – Brett disse.
- Deve ser muito fofo mesmo. – Bea disse bebendo mais um gole da cerveja dela. - Não acredito. Cada um seguindo a sua vida num rumo diferente... – Bea bebeu mais um gole. Essa louca vai ficar bêbada.
- Mas nós vamos continuar amigos... Pra sempre, cara. Eu vou fazer piadinhas quando vocês estiverem se casando... – Chaz disse.
- Eu posso imaginar você bêbado no meu casamento dançando em cima da mesa. – Bea disse.
- Não. Porque eu vou estar com a noiva. – Bea cuspiu um pouco da cerveja dela e olhou para o Chaz. Ele disse que se casaria com a Bea?
- Como assim?
- Tá... Não é o momento perfeito pra falar isso, ainda mais agora que você vai para Havard, mas... É, que euamovocê. – Ele disse rápido
- Você me... O que?
- É. Eu te amo. Desculpa a demora falar, mas é essa a verdade. Mas eu sei que você vai seguir um destino totalmente oposto do meu e eu só tinha que dizer isso, antes de você ir embora. Então, eu vou tratar de desencanar. – Todo mundo da sala olhou para Beatrice esperando uma reação escandalosa, já que é a Beatrice. Mas, ao invés disso, ela abaixou a cerveja e beijou o Chaz. Eu pensei que ela o odiasse.
- É o que eu posso te dar agora.


* * *

Hey gatas! Desculpa, eu sei que demorei, estava enrolada com algumas coisas da escola. Mas, eu estou de volta, vocês n]ao vão conseguir se livrar de mim. Para me redimir, vou falar outra coisa sobre a nova IB, Scars: Quem é Lovatic e Directioner além de ser Beliebers vai adorar porque vai ter deles na história. Estou planejando o máximo para que fique perfeita e vocês gostem mais que essa. Tem um ar mais pesado e trata de coisas mais sérias, nada como um suspense. Mas emfim, espero que tenham gostado do capítulo, beijinhos de chocolate, Gi!

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