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domingo, 12 de maio de 2013

No regrets - Capítulo treze

* * * 

Já faz dois meses desde que Dayane e Justin começaram a namorar. Rapidamente, eles se tornaram o casal mais fofo da Wavarly... E pode-se dizer que eu e Noah também estamos nessa categoria. Sim. Eu e Noah estamos namorando. Eu ainda não sei bem o porquê, mas ele tem alguma coisa. Não sei se é o senso do humor negro e peculiar dele, não sei se é o fato dele saber ser fofo e tarado, mas na hora certa. Ou talvez seja uma mistura de tudo, o conjunto da obra. E se você está se perguntando, não, não transamos ainda. Quando eu digo tarado, eu digo... Hm... Saber falar de besteiras de um modo engraçado e excitante e com beijos quentes e selvagens, entendem? Mas, infelizmente, não estava dando certo, ele queria alguém para aplacar as necessidades sexuais dele e então terminou comigo. Justin e Dayane, por outro lado, vivem brigando por que ela fica com ciúmes quando eu estou com ele, mas ainda é a minha amiga, tipo, no nível máster. E eles já transaram. Eu reconheci isso no dia seguinte quando vi a cara dos dois. Dayane fez os comentários sobre “Ai Deus, ele é muito bom de cama” quando estávamos assistindo um filme meloso dos anos 70 no quarto dela. Ela fez questão de me contar cada parte. Argh! Na última briga deles dois, pelo mesmo motivo de sempre, eu fiz ela me prometer que se eles terminassem, ela não ia parar de falar comigo ou me evitar.

Mudando de assunto, eu estou me preparando para ir para o Canadá passar o feriado de Ação de Graças lá. Os dias na Waverly têm sido muito bons, mas eu tenho tantas saudades de lá, quer dizer, é a minha casa. Finalmente vou ver Brett, Beatrice, Chad e Chris, de quem eu estava morrendo de saudades.

- Vamos? O táxi já está lá fora. – Justin bateu na porta.

- Tô indo. - Sentei em cima da mala e fechei.

- Pra que tanta coisa, são só três dias.

- Com licença, sou uma menina... – Ele revirou os olhos. – Já se despediu da Day?

- Sim...

- Ah, estou morrendo de saudades da minha mãe e do meu pai. – Nunca pensei que diria isso.

- Eu digo o mesmo.

* * * 

- Argh. Eu pensei que em New York estaria mais frio. Mas pelo visto, a nossa pequena cidade bateu o recorde. – Reclamei quando coloquei os pés em Stratford.

- Fresca.

- Fresca nada, eu estou congelando. – Estávamos no carro da tia Pattie. Minha mãe pediu para ela me buscar no aeroporto, por que estava ocupada.

Quando cheguei em casa, larguei a minha mala no chão e a minha bolsa na cadeira. Muito mais quentinho aqui dentro. A lareira da sala estava acesa e a casa silenciosa.

- Mãe? – Perguntei olhando em volta e percebi que a minha mãe tinha comprado cortinas novas, não sei como, meu pai amava aquela velharia. – Mãe?! – Perguntei novamente.

- Filha?! – Minha mãe desceu as escadas correndo. – Filha! Que saudade! – Ela me esmagou num abraço. Ai que saudade desse abraço. – Como você está? Como foi na Waverly? Eu quero saber tudo. – Contei as coisas mais importantes pra ela, que parecia atenta a cada palavra. Mas parecia que ela estava adiando alguma coisa. Não queria me contar algo. Apesar de sorrir sempre que eu falava alguma coisa boa, as olheiras em seus olhos eram fundas e tinha uma cara de cansada.

- Mãe? Cadê o papai? – Perguntei. – Já era pra ele estar em casa a esta hora... – Perguntei levantando-me. – Eu disse pra ele que voltaria hoje... Disse até a hora que eu estaria em casa.

- Filha... – Ela mudou o tom de voz, agora mais séria. – Nós pr... – Nessa hora, meu pai irrompeu pela porta e eu pulei em seu pescoço. Minha mãe pareceu surpresa por ele ter aparecido.

- Que saudades pai. – Dei um beijo em sua bochecha. Meu pai tinha a mesma expressão de minha mãe. Um sorriso no rosto, mas olheiras profundas nos olhos. Mas que porr* está rolando? Resolvi não perguntar e deixar passar, talvez não seja nada. Amanhã é o Dia de Ação de Graças e eu não estou afim de me preocupar com nada sério demais. Só eu não comer muito se não eu demoro para emagrecer depois.

* * * 

Estávamos tendo um ótimo feriado. Meu pai não dormiu em casa, o que eu achei estranho. Ele disse que tinha muito trabalho na empresa e que ia dormir num lugar mais perto do trabalho pra poder chegar mais cedo. Era a minha vez de dar graças durante o jantar.

- Então... Eu quero dar graças pela família que nós somos. Quero dar graças por ter pais maravilhosos e que me amam e fazem questão de mostrar isso pra mim. – Meus pais se entreolharam com uma preocupação estranha.

- Você já falou com ela, Stella? – Meu pai perguntou. Stella? Meu pai nunca chama a minha mãe pelo nome.

- F-falar o que? – Perguntei um pouco mais preocupada e gaguejando um pouco.

- Não acha que é você que tinha que falar alguma coisa? - Minha mãe perguntou para o meu pai aumentando um pouco o tom da voz.

- A culpa não foi toda minha! – Meu pai gritou. Eu estava ficando assustada, eles nunca brigaram na minha frente. Nunca.

- Claro que foi! Ou aquela loira oxigenada te ajudou?

- Que loira?! – Perguntei desesperada

- O seu pai me traiu, foi isso filha. – Eu fiquei boquiaberta. Meu pai traiu a minha mãe? Como assim? – ELE É QUE TINHA QUE TE DIZER ISSO.

- JÁ DISSE QUE VOCÊ TAMBÉM TEVE A SUA PARCELA DE CULPA! – Eles estavam berrando.

- AH É? QUAL FOI? NÃO FUI EU QUE TRAÍ O MEU MARIDO.

- E AQUELA PARTE: NAS DIFICULDADES E NAS FACILIDADES?

- NÃO TEM ESSA PARTE! VOCÊ ESTÁ INVENTANDO!

-MAS QUER DIZER ISSO! – Algumas lágrimas caíram dos olhos da minha mãe.

- PAREM DE BRIGAR! POR FAVOR! – Algumas lágrimas caíram dos meus olhos. – Foi só eu ir embora, né?! A culpada sou eu! Se eu não tivesse ido embora para a porcaria de escola interna, isso não aconteceria! Porque eu estaria aqui pra lembrar que vocês são uma porr* de um casal! Parem de brigar! – Apontei pro meu pai. - E você não tinha que ter traído a minha mãe! NÃO ESTÁ VENDO QUE ELA TE AMA, CARALH*? – Levantei-me da minha cadeira e saí de casa. O frio estava terrível, mas eu não conseguia ficar mais nem um segundo lá dentro. Fui para a casa de Brett, que ficava a três quarteirões da minha.

- Brett... Posso ficar na sua outra casa? – Eu sempre ficava lá quando eu estava afim de ficar sozinha ou de pensar em alguma coisa.

- Claro... Mas o que houve? – Expliquei tudo para Brett, que entendeu perfeitamente que eu precisava ficar sozinha. - Tudo bem... Mas se precisar de alguma coisa, me avisa, ok? Tô aqui. – Ela me entregou as chaves e eu fui embora. Como a casa era perto, resolvi ir andando mesmo. Arrependi-me, estava um frio da porr*. Neve pra todo lado.

OPA! Oi gatinhas. Voltei, espero que estejam gostando da minha história. Eu não escrevo só histórias, como textos também, então se vocês quiserem ler os meus textos também, é só ir nesse blog aqui, da minha amiga Larissa, que ela posta um texto por semana na Coluna da Gi. Sim, eu tenho uma coluna num blog. Eu divando. Mas é isso aí, espero que continuem comentando o que vocês acham. Amor vocês. Beijos de mirtilos. Gi!

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